quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Confissões de Laly Cap 53: O desfecho da tragédia! (IMPERDÍVEL!)



53º Capítulo – O desfecho da tragédia!

A polícia invade o salão de beleza e encontra Iury, Laly e Milene desacordados.

Ao final do noticiário, destaque para o desfecho do sequestro. Um repórter cobre o fato em tempo real pelo telefone.

-As primeiras informações que chegam até a nossa central de jornalismo é que há mortos no local. Repetimos: há mortos no local.

Os olhos de Eleonora brilham, pois a megera pensa que Laly morreu.

-E a vagabundinha enfim teve o que merecia. A justiça é tarda, mas não falha. Deus é mesmo perfeito. – pensa a madrasta de Laly

Edílson parece não acreditar muito no que está acontecendo. Gustavo muito menos.

Aimée, Fernanda e Gabriel choram muito e as notícias que chegam são muito confusas e não esclarecem nada.

-O IURY MORREU... NÃO FOI?

Aimée se ajoelha no meio da rua interditada pelo GATE. Fernanda e Gabriel ajudam a irmã a se levantar e tentam confortá-la.

-São só especulações, maninha. Sabe que é fofoca de beata. Ninguém ainda sabe de nada. Pode ser que tenha sido só um tiro de raspão que acertou a parede, sei lá. Temos de ser otimistas. – Fernanda mente para si mesma
-Alguém morreu sim. Olhe lá... – Gabriel comenta

E os olhos de todos se voltam para a maca que sai do salão de D. Emília com uma pessoa coberta pelo tecido branco e ao mesmo tempo fúnebre o bastante para desesperar mais ainda quem aguarda por uma notícia convincente, mesmo que seja a pior possível.

- O PAI DO MEU FILHO MORREU... O PAI DO MEU FILHO MORREU...

Aimée se ajoelha novamente no asfalto e esganiça tanto que Gilberto, que chega ao local da tragédia para procurar os filhos e saber de mais informações, leva a filha para longe.

Mayra acha que Laly morreu e cai no choro, abraçando Emília.

-Por que eles não querem falar, mãe? Por quê? É porque a Lalinha morreu, não é?
-Ainda não sabemos quem morreu.
-Mas morreu alguém, certo?

Amado, ainda incrédulo, procura por Milene e encontra Edílson. Ambos estão consternados.

-Até agora não creio que Milene tenha sido capaz disso. Mili parecia gostar tanto de Lalinha e Laly de Mili. – Amado comenta com o irmão
-Lembre-se de que nos últimos dias elas estavam em pé de guerra.
-Implicância de adolescentes. Coisa que passa... Laly e Milene praticamente nasceram e cresceram juntas, sempre se amaram muito e eu tinha e na verdade ainda tenho certeza de que o atrito que elas tiveram será passageiro e tão logo elas estarão interagindo e lembrando com saudade desses tempos de mocidade. Paixões vêm e vão. A amizade não.
-Lembre-se de que tudo isso está acontecendo por causa de um garoto.
-Queira Deus que nossas filhas não estejam entre os mortos.
-Queira Deus. Se bem que quando vir Laly darei uma boa surra nela por me envergonhar diante da cidade toda. Com um noivo maravilhoso, casamento marcado, foi se meter numa encrenca dessas, desonrando o meu nome perante todo mundo. Com que cara me apresentarei diante dos Figueira Antares depois do incidente de hoje? Parece mesmo que Laly não pensa nem um pouco em mim. Puxou mesmo aquela raça maldita da Ingrid.

Independente de sua posição quanto ao caso e a relação com os três envolvidos no drama passional que mobilizou a cidade, todos estão em frente aos televisores ou mesmo no local da tragédia aguardando por qualquer nova informação que não seja especulação, pois há diversos urubus dizendo que os três jovens estão mortos ou supondo fatos mais absurdos ainda.

Como ninguém pode desmentir, cada um pensa o que quiser, porém quando um plantão interrompe a novela, a expressão do repórter é de apavorar qualquer um, até quem domina por completo os sentimentos.

-Interrompemos nossa programação normal...

Eleonora comenta com a amiga.

-Coisa boa não deve ser.
-A jovem Milene Moraes, de apenas 14 anos, está morta! Repito: Milene Moraes está morta! Ainda não se sabe se a adolescente atirou contra a própria cabeça ou se um dos reféns a assassinou. – anuncia o repórter

Amado, pai de Milene, sofreu uma carga muito forte de emoção e faleceu ao saber que a filha está morta.

MINUTOS ANTES...

-Milene, por que você não se rende e vai se tratar? - sugeriu Laly, ainda com piedade da prima
-EU JÁ DISSE QUE NÃO SOU LOUCA! - berrou Milene, completamente louca
-LIBERTA A GENTE, MILENE, POR FAVOR!NÃO CRIE MAIS PROBLEMAS PRA VOCÊ. - implorou Iury
-A ÚNICA CRIADORA DE PROBLEMAS AQUI É SUA NAMORADINHA E JÁ QUE VOCÊS ESTÃO ME FAZENDO SOFRER, POR QUE NÃO FACILITAR?

Milene atira em Laly e Iury salta na frente da protagonista. A polícia escuta os disparos e os policiais à paisana, já preparados para lidar com esse tipo de operação, invadem o salão.

A REPERCUSSÃO...

A bala atingiu o braço direito de Laly. Iury foi acertado de raspão no ombro.

Laly está em estado de choque e evita dar qualquer versão sobre o incidente. Na verdade a jovem está em estado de negação e sob efeito de sedativos.

Milene e seu pai são enterrados. Eleonora vai fazer a varredura da casa e encontra diários de Milene que logo vão parar nas mãos da mídia e se tornam assuntos para fofoca entre os moradores da cidade.

Nesses diários, datados de quatro anos antes, Milene descreve seu amor por Iury e ao que se entende ela acreditava que Iury também a amava.

-A pobrezinha sempre gostou dele... - suspira Eleonora
-Então quer dizer que a Laly sabia do amor da prima e a magoou de propósito? - comenta uma fofoqueira enquanto bebe chimarrão
-Que tristeza! Seu Amado e Milene morreram. Ela, tão linda, tão jovem, com um futuro lindo pela frente...
-É lamentável...

De impiedosa sequestradora, Milene passa a ser a menininha apaixonada, enquanto Laly passa a ser a megera que roubou Iury da prima.

Iury, quatro anos antes, não sabia que Milene existia. Iury conheceu Laly por primeiro e só então foi apresentado a Milene, com 11 anos na ocasião.

Milene passou a ter obsessão por Iury a partir dos 13 anos, mas só escancarou seu desejo de possuí-lo quando Gustavo e Laly noivaram.

Quem conhece Mili sabe que essa história é mentira. Mayra, que é fiel amiga de Laly, parece ser a única com sensatez por ali porque por conhecer Milene de verdade, sabe que a garota era mesmo capaz de tudo...

-Não acredito que tem gente acreditando nessa historinha de menininha apaixonada. A guria era doente e não é só porque ela está morta que eu vou ser hipócrita. Convenhamos: a Milene sempre deixou declarado que ODIAVA a Laly.
-Eu acho que lembro disso... - Gabriel comenta
-A Laly foi traída. Você acreditar que uma pessoa gosta de você e depois descobrir que ela te odeia e quer seu mal... Como você ficaria? E que eu me recorde, Milene seguiu nosso professor de geografia até o homem não agüentar mais e pedir pra sair do colégio. Não lembra, Grazi?
-Não... - Grazielle responde
-Lembra sim, Grazi.
-Eu lembro, mas ela ta morta agora...
-Daí só porque morreu virou santa? Lembro muito bem quando a Laly e o Iury começaram a namorar, que minha mãe eu e sabíamos da relação e não contamos ao Sr. Edílson porque a Lalinha tinha medo de apanhar... A Milene parecia não se importar com o Iury e nem escrevia diário nenhum...
-Talvez você não via. - interveio Gabriel
-Eu dormia muito na casa da Milene e conhecia cada centímetro daquele quarto. Minha memória pode não ser 100%, mas eu lembro nitidamente que a Milene era boa em matemática e odiava ler.
-Por que você não fala a verdade? - sugere Fernanda
-Todo mundo ta muito comovidinho com a história e a Milene virou mocinha. Até agora to pasma, custando a acreditar nisso...
-E eu então...

Som: Flores (acústico) – Titãs & Marisa Monte.

Mesmo sabendo que Laly acabou de sofrer um grande trauma, Gustavo continua firme e forte com os planos de casamento e antes mesmo de Laly recuperar-se plenamente do tiro e do trauma de ser feita refém, da perda da prima, Figueira Antares com sua influência consegue acesso ao quarto onde a noiva está e para em frente à porta.

-Essa foi por pouco... – Gustavo está com as duas mãos dentro do bolso da calça de tergal
-Não pensei que viesse.
-E por que não deveria?
-Nós não iremos nos casar. – Laly com esforço se senta em seu leito
-Dê-me uma boa razão para isso. – Gustavo com grosseria encosta a porta do aposento
-Eu não te amo, nunca te amei e nunca irei amar.
-Assim que você tiver alta, iremos nos casar.
-Ah Gustavo! Não sei se esse é o melhor momento pra isso.
-Mas é claro que é, Lalinha. Depois de um momento de tristeza, vamos reunir a cidade para uma ocasião alegre... Eu disse e já está dito! Assim que você receber alta, nem Deus impede nosso casamento.

Som: Will you still love me - Chicago.

Aimée está muito feliz por saber que Iury escapou ileso das garras de Milene. O jovem ainda está confuso com toda repercussão do sequestro e não deixa de se sentir culpado pelo que houve, lamentando principalmente pelo sofrimento de Laly na história.

-Eu não posso ir para Florianópolis sem me entender com a Lalinha. Meu filho, seu pai te pede perdão, mas eu não acho justo que você segure esse casamento de fachada que não irá acontecer. Não mesmo. Eu não vou me enganar por nem mais um segundo.

Iury se dirige ao hospital em que Laly está internada e não poderia estar com mais sorte: o horário de visitas chegou e Lalinha está sozinha. A protagonista não estava esperando ninguém e se emociona ao ver Iury parado em frente a porta, como se temesse entrar e ser inconveniente ou até mesmo de ser expulso por Laly, sobretudo depois de tudo que aconteceu entre eles nos últimos meses.

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