Laly tenta o suicídio por causa de Abel! (IMPERDÍVEL!)
Som: Ordinary world (acoustic) – Duran Duran.
Após o acerto de contas, Laly faz uma profunda reflexão de sua vida, constatando obviamente que foi enganada durante 6 anos e então se questiona quanto a decisão que tomou baseada na paixão, incentivada pelas promessas de Abel.
Envergonhada até mesmo para chorar pitangas com as amigas, por ouvir seus colegas de trabalho a chacoteando na redação, pensa no futuro e se desespera, chega à conclusão de que nada de melhor a espera e pensa que talvez seja uma grande tolice escrever um livro sobre sua própria vida, até porque sua história de amor não terminou com um final feliz.
Chorando, a protagonista se senta em frente ao laptop, abre um documento e começa a escrever o que vem à mente.
-DE MIM PARA MIM MESMA...
Som: Fields of gold – Sting.
Fernanda e Mayra conversam bastante ao telefone.
-Você deveria vir mais vezes pra cá, May. Assim numa dessas vezes a gente pode fazer um programa entre amigas sem nossos ‘namorados’ nos patrulharem.
-Eu queria voltar, mas o Nilton não quer.
-Ele nunca quer nada, May. Você se importa demais com a opinião dele...
-E devo. Ele é meu marido.
-Depois você ainda me pergunta por que não penso em me casar.
-E a Laly, como vai?Ela nem ligou esse fim de semana nem nada.
-Ela ta com uns problemas no trabalho, mas nada demais.
Por respeito à amiga, Fernanda não escancara a humilhação de Laly e até muda de assunto sem que Mayra perceba.
Som: Coming around again – Carly Simon.
Abel se lembra das lágrimas de Laly ao abraçá-lo e mesmo sabendo que a enganou durante todos esses anos, também não deixa de admitir que apesar de não ter um ‘relacionamento sério’ com ela, a ama muito e tenta telefonar. Ninguém o atende.
-Sei que você pode estar chateada agora, Lalinha, mas me entenda. Eu preciso de um tempo pra pensar em nós dois...
Som: At night – Shakedown.
Lílian é muito antenada em atualidades porque costuma ler as revistas que Gilberto é assinante. Ela está deitada debruço no chão da sala lendo a revista a qual Laly contribui com reportagens e a famosa coluna.
-Ele tem medo de relacionamentos sérios...
Lílian ri alto. Gilberto, que está preparando o café, pergunta:
-Do que ta rindo, Lílian?
-Já leu essa revista, vô?
-Qual delas?São tantas...
Lílian vai até a cozinha mostrar a crônica ao avô.
-Olha que legal esse texto.
Gilberto passa os olhos para o que a neta está lhe mostrando e apesar de gostar muito da técnica de Laly, fecha o exemplar.
-Isso não é pra gente da sua idade.
-Ta tão legal, vô. Me deixa ler.
-Quando você crescer mais eu deixo.
-Por quê?
-Porque o linguajar utilizado ainda não é adequado a sua faixa etária, meu bem. - afaga a cabeça da neta - Por que não vai ler um gibi?Já saiu alguma edição nova?
Lílian espera o avô virar as costas e rouba a revista a escondendo debaixo do estrado da cama.
-Assim ele não descobre onde está.
-Você que pensa.
Gilberto está parado em frente à porta do quarto de Lílian.
-Vô?
-Quero essa revista na minha mão AGORA.
-É só uma revista, vô. Eu quero ler.
-Acontece que a linguagem usada não é pra sua idade. Não tem nada para criança.
-As meninas queriam ler.
-A revista ou fica de castigo. Onde está?
-Eu não sei.
-Não seja mentirosa, Lílian. Eu vi você escondê-la embaixo do colchão.
Lílian, emburrada, ergue o colchão, mas demora a entregar a revista nas mãos de Gilberto.
-Ta... Toma...
-É desse jeito que você fala com seu avô?
-Desculpe.
-Já estamos atrasados para o analista.
-Não sei por que insiste nesse negócio chato. Se for pra brincar, faço isso em casa.
-Isso é para o seu bem, Lílian.
-Ele fica só me fazendo umas perguntas chatas e anotações numa cadernetinha, poxa. Ele fica vendo coisa onde não tem.
-Ele é um psicólogo e pode muito bem te ajudar.
-Eu não preciso de ajuda.
-Se realmente não precisasse, a Tia Naira não teria chamado sua atenção no colégio.
-Tia Naira é uma chata intrometida.
-Não é desse modo que deve se referir a uma pessoa mais velha e muito menos aquela que está a educando.
-Ela não vai com a minha cara mesmo.
-Claro que vai, Lílian.
-Não ta lá na escola pra saber como ela é chata e fica pegando no meu pé o tempo todo.
-Pega no pé porque se você se esforçasse um pouquinho mais já estaria aprovada.
-Daqui a pouco vai começar um filme que gosto muito...
-Sem chance.
Lílian dá um muxoxo.
-Espero que compreenda. Não quero que perca o ano por causa do show de talentos.
-Perco, mas não me apresento. – Lílian protesta
-Pois EU não irei admitir repetente aqui em casa. – Gilberto ergue a voz
-Fernanda repetiu três vezes de ano e você não fez nada.
-Por isso mesmo Fernanda não consegue fazer nada na vida. Se tivesse torcido o pepino quando era pequena, Fernanda não viveria tanto no mundo da lua e agora vamos porque já estamos muito atrasados pra sessão.
Som: Carolyna – Mel C.
Laly relembra todos os momentos difíceis passados desde o nascimento como a perda da mãe, o reinado de Eleonora, a indiferença de Edílson, o traumático primeiro beijo com Gustavo, a primeira vez forçada, o noivado contra a vontade, as traições de Iury e Milene, toda a humilhação na cidade grande até conseguir se consagrar como Judy Pankekinha e até mesmo a dor de nunca poder ter sido Lalinha de verdade, pois os homens desejavam a épica e polêmica personagem Judy. Não Lalinha.
"Amor e ódio dividem o mesmo palco em um incompreensível monólogo pessoal. Enfim sou a protagonista, mas as luzes não estão sobre mim. Não há ninguém na platéia para me aplaudir nem por trás das cortinas soprando as falas que porventura eu venha a me esquecer. No improviso de uma amadora, tentei manter a calma que nunca cheguei a ter.
Se odeio esse desastre que chamo de vida, odeio mais ainda a inútil tentativa de transformá-la em poesia.
E quem disse que sou interessante o bastante para ter uma história intrigante que cative ao público do início ao fim?
Todos gostam de finais felizes e eu não tenho condições de oferecer isso.
Minha vida sempre foi ridícula!
Será que só agora eu fui me dar conta disso?
Sinto repulsa de mim por transcrever minhas desventuras como se fosse uma heroína digna de admiração..."
Som: One last breath – Creed.
Nilton relata a Iury sobre os dias passados em São Paulo ao lado de Mayra e vive dando indiretas a respeito de Lalinha.
-Eu não cheguei a ver esse tal de Abel Santiago, mas as moças vivem falando que ele é o tal, que a Laly cai de joelhos por ele. Até então eu não posso dizer como ele é...
-Pra Laly amá-lo com tanta certeza, alguma coisa ele tem.
-Ou dinheiro ou um bom desempenho... Se é que me entende...
-Ele deve ser tudo aquilo que eu não fui e nunca serei.
-Te esquecer ela não esqueceu. Mulheres são todas cheias de guardarem segredinhos. Acho que assim que te ver, ela relembra tudo e volta a te procurar.
-Não depois de tudo que nos separou, Nilton. Não foi pouca coisa. Você mesmo se lembra...
Ênfase total ao final de Ordinary world (acoustic) – Duran Duran.
Laly, ainda abalada, termina sua ‘carta de despedida’.
-Minha estrela sempre esteve apagada. Foi minha imaginação que a manteve acesa por um bom tempo, mas a medida que envelheço vou perdendo a paciência e a vontade de continuar com esse faz de conta imbecil. Está ficando muito tarde e eu ainda queria poder acreditar, por pelo menos uma fração de segundo, que tudo vale a pena...
Laly prepara um coquetel suicida e o ingere, apaga a luz de seu quarto e se deita na cama...
Será o fim da linha para nossa protagonista?
One Last Breath *--*
ResponderExcluirLinda essa música. A propósito também adoro os Chili Peppers. *-*
ResponderExcluirrsrs RHCP é a minha banda preferida *--*
ResponderExcluirVocê tem bom gosto. :)
ResponderExcluirE você também kk A trilha sonora da sua web eh ótima XD
ResponderExcluirObrigada!!! *__*
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