quarta-feira, 7 de março de 2012

Confissões de Laly Cap 114: Sustos, planejamentos, diversões e arapucas!


Sustos, planejamentos, diversões e arapucas!

-Eu armo uma arapuca e mando esse velho pro inferno em dois toques.

-50 mil. – Eleonora, sorrindo maliciosamente, avisa


-É meio pouco. Não queria sujar minha mão por mixaria.

-Mixaria?Você é fominha... Com 50 mil pilas eu faço meu pé de meia numa cidadezinha do interior, meu filho.

-Você não pode ser minha comparsa. Pensa pequeno demais.

-Ah é, lembrei que estou falando com o ricaço que ficou pobre.

-Eu tenho um jeito melhor de conseguir dinheiro sem precisar me sujar com sangue de pobre...

-Qual, senhor sabichão?

-Se você abrir essa matraca, aí sim eu sujo as mãos de sangue.

-Então é sério...

-Só pra quem entende...

Som: Best friends – Sclub7.

Gilberto leva Lílian a uma loja de brinquedos e permite a garota escolher todos os brinquedos que ela sempre quis e nunca pode comprar. Comovida com Pepo, Lílian compra alguns presentes a ele e seus amiguinhos. Saindo da loja com muitas sacolas e os funcionários os bajulando, Gilberto pergunta a Lílian:

-Pode pedir o que quiser...

-Você deixa?

-Me diga que eu darei.

-Eu quero um cachorro igualzinho ao Bolinha.

E eles vão até a casa da criadora. Por sorte há uma yorkshire da ninhada que não foi adotada. Lílian olha a cachorrinha faceira e diz:

-É você, Chiquinha!

-Chiquinha? – pergunta Gilberto

A cachorrinha atende pelo nome de Chiquinha e Lílian a coloca no colo:

-Sou sua mamãe agora, Chiquinha.

Gilberto convida Laly e May para um lanche em uma sorveteria. Lílian está tão encantada com Chiquinha que prefere ficar sentada em frente ao estabelecimento afagando o bichinho.

-Lilian queria tanto um cachorrinho. – Laly comenta

-É uma graça. Pepo também adorou o dele.

-E aí, Mayra?Como foi a conversa com o dr. Celso? – Gilberto pergunta

-Não acredito que ainda existam tantas boas pessoas no mundo. Ele disse que irá me ajudar sem cobrar um centavo, mas isso me deixa tão envergonhada. Com meu salário lá no salão nunca poderei pagá-lo.

-Por que não pediu minha ajuda, querida?

-Não posso, seu Gilberto. Imagine...

-Eu faço questão de custear essa causa, Mayra. Lembre-se de que você e Lalinha são como minhas filhas.

-O senhor também é como um pai pra nós.

Gilberto entra em contato com Biel e o rapaz até chora quando o pai avisa que doará uma significativa quantia para salvar o abrigo de animais que Grazi mantém em Campinas.

-Poxa, pai... É verdade?

-Se quiserem, podemos morar todos juntos. Eu pretendo ampliar a casa, que era algo que sempre quis fazer, mas nunca sobrou dinheiro pra isso.

-Somos felizes aqui, pai.

-E podem ser aqui também.

-Pensaremos com calma sobre esse assunto. Grazi e eu temos nossa vida por aqui e não podemos abandonar tudo sem explicação.

Som: One last breath – Creed.

Nilton já voltou para Guaratuba com Pepo e trancou Naira em casa com Pepo para não correr o risco de ser desobedecido. Se encontra com Iury na orla e eles conversam como sempre fazem:

-Comigo mulher apanha, mas obedece.

-Credo, Nilton. Que machismo!Não é pra tanto.

-Se aquela desgraçada chegar a um palmo do Pepo, não respondo por mim.

-Pois deveria mudar o discurso. May contratou um advogado fera...

-Grande coisa... – Nilton, sem camisa, sacode os ombros – Ela já perdeu.

Nilton, tomando água de coco, tenta se exibir para as jovens turistas de biquínis minúsculos.

-E aí, Iury?Continua vivendo de passado?

-Eu amo Lalinha e pretendo me casar com ela.

-Essa coisa de passado já foi. Naira, Mayra, meu filho... já era.

-Mas a Naira gosta muito de você.

-Problema dela. – sacode os ombros novamente – Entendeu coisas por demais.

-Você ta se transformando demais, Nilton. Não é o mesmo Nilton de antes.

-Todo mundo muda, não?

Pepo, deprimido, continua conversando com a mãe pelo celular.

-Ele trancou a gente em casa. Estamos com fome e ele não chega nunca.

-Eu vou te tirar daí.

-Tem que ser logo, mãe. Não aguento mais.

-Eu sei. Eu imagino que você e a Naira estão sofrendo, mas você sabe que se eu aparecer aí, ele é capaz de te machucar e eu não quero isso.

-Me machuca mais ficar com fome.

-Posso falar com ele? – Gilberto pergunta e May entrega o celular – Alô?Pepo?

-Fala, vô.

Naira, desesperada, vigia a janela.

-Aquele parque aquático?Claro que quero ir, vô. Amanhã?

-Não, Pepo.

-Por que não, Naira?

-Seu pai não vai deixar.

Som: In the music – Deep Swing.

Foi difícil convencer Nilton a deixar Pepo e Naira irem ao parque aquático com Gilberto, mas fomos e nos divertimos muito, começando 2003 como nenhum outro ano e então eu percebi que tinha a família que sempre sonhei e o amor que por eles nutria era, enfim, correspondido.

Descemos no tobogã, comemos muitos frutos do mar, tiramos fotos, cantarolamos ida e volta enquanto Fernanda, Gilberto e Lílian planejavam a reforma da casa a partir do dia 15, pois levaria um tempo até a prefeitura liberar a permissão para demolir a residência e ampliá-la.

Enquanto a casa estivesse em reformas, todos dormiríamos na casa de Cybele, apesar de que em fevereiro, inevitavelmente, eu teria de ir embora. Eu não pensava nisso para não me entristecer. Por mais perigoso que fosse, eu estava amando morar em Guaratuba novamente e contava os minutos para tirar aquele gesso maldito do braço, embora adorasse ver o gesso todo colorido e assinado pelas pessoinhas que tanto amava.

Enquanto isso, na casa de Eleonora...

Edílson não se sente a vontade sabendo que Gustavo passa o dia com Eleonora e cobra satisfações da esposa:

-Pois saiba que já estou me irritando com Gustavo.

-Você é louco, Edilson?Acha que eu veria Gustavo desse jeito?

-Não gosto dessa intimidade.

-Gustavo é o filho que não tive. Será que não vê isso?Será que só vê o que quer ver?Está tentando fazer com que eu me sinta um nada por causa desse seu ciuminho ridículo e infundado. Gus é o filho que não tive e apenas quero ampará-lo, aumentar sua autoestima para suportar as calúnias que ele está sofrendo por ter sido solto.

-Que seja, mas aqui vocês não se encontram mais.

-Que?

-É isso mesmo... Aqui vocês não se encontram mais.

Caminhando pela rua, Eleonora distorce as palavras de Edílson para deixar Gustavo com mais ódio do pai de Laly.

-Ele quase tentou me bater, falou que vai te expulsar caso você vá lá nos visitar.

-Esse velho que toque um dedo em mim pra ver o que eu faço.

-Você precisa me ajudar com isso, Gus. Se ele sumir, se é que me entende, posso pegar esses 50 mil num instante e ir embora.

-E você pensa que é assim tão fácil?Caso te ajude, quero 50% do montante e a garantia de que você não ciscará para trás depois do plano.

-Acredita em mim?

-Não.

-Não?

-Nem em mim eu confio, quanto mais em você.

-Por que não pensa com calma?

-Calmo eu já estou. Recomendo a você que se acalme. Tentando se livrar do que considera um problema, pode arranjar um pior ainda e bem difícil de se safar.

-Veja só os Gallardo... Nunca mais pararam em casa... Todo dia chegam cheios de sacola, saem cedo e só voltam a noite. Será que ganharam na loteria?

-Possivelmente. E eu sei um jeito de descobrir...

Som: Tarzan boy – Baltimora.

Com muitas novidades, passou-se o fim de semana e chegou a segunda-feira. Gilberto foi para Curitiba novamente e eu, como acordei com cólica, fiquei mofando esparramada no sofá vendo desenhos animados com Lílian, comendo cereal matinal com iogurte, rindo e jogando conversa fora.

Já convivia com notícias o tempo todo, então não me deslumbrava tão facilmente. Sei quem presta no meu ramo e quem é fruto podre, quem quer sucesso e quem vive pra notícia, porém naquele início de tarde eu resolvi ar uma fuçadinha no jornaleco local e quase tive um treco. Abel estava na bancada.

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