quarta-feira, 21 de março de 2012

Confissões de Laly Cap 124 - Laly e Abel se entregam totalmente ao AMOR! (IMPERDÍVEL!)



Laly e Abel se entregam totalmente ao AMOR! (IMPERDÍVEL!)

Som: Take a bow – Madonna.

Amor confessado por entre os pingos da passageira chuva de verão. Cena final de um filme que merecidamente teria uma continuação. Abel deixava subentendido que também me amava.

Ambos, assustados com a ideia do ‘até que a morte nos separe’, evadimos uma grande certeza. Ele por não saber lidar com a responsabilidade de escolher estar comigo sem precisar de mais ninguém. Eu porque ainda idealizava um Iury á parte, um adolescente que na verdade me impedia de ser mulher. Por inteiro.

Abel me abraçava como se fosse me perder a qualquer instante e segurando-me pela cintura me impediria de voltar a SP, como planejava. Dizer lhe soava impossível e era tudo que mais me satisfaria.

-Eu te amo, Abel.

Abaixei a cabeça. Abel, com delicadeza, ergueu meu queixo, pois sussurrei em um pensamento verbalizado. Admitir em voz alta que ainda o amava não era exatamente vergonhoso, porém complicado, essencial.

-Eu te amo. – os olhos enchiam-se de lágrimas – Mesmo sabendo que já é tarde para qualquer coisa, eu te digo. Eu te amo.

-Eu também te amo, Laly. – admitiu tentando não desabar na minha frente

-Não ama. Eu sei que não. Você já está com a Fernanda.

-Estou. Ela é uma moça incrível, divertida, carinhosa, com tantas virtudes a detalhar, mas é com você o tempo todo que eu quero estar.

-E poderia estar.

-Pode me perdoar?

-Nem ao menos sei se está sendo sincero comigo.

-Estou. – ajoelhou-se beijando meu antebraço até se levantar e beijar meus lábios – Pode acreditar em mim, meu amor?

-Você sabe que eu tentei fugir, vir pra cá pensando que poderia te esquecer, encontrar outro amor e tudo só me leva de volta a você, mas parece que nós dois somos um sonho não destinado a dar certo porque toda vez que estamos felizes algo nos destrói.

-Eu sei que deveria ter te dito muitas verdades e me arrependo por tê-la enganado durante algum tempo, não sendo o namorado que você merecia ter, não priorizando nossa relação como você tanto reivindicava, mas foi depois daquele noivado fracassado que me dei conta do quanto ajo como um tolo, um moleque inconsequente, justo com a mulher que merecia um marido íntegro, virtuoso, sensível. Não que eu não seja, mas... – emocionou-se – É a primeira vez na vida que bastaria dizer eu te amo e não consigo.

-Se me ama não tenha medo de dizer, de se permitir sentir. Você sabe que meu coração é e sempre será seu. Eu tentei fugir do amor e acabei enrolada em seus braços novamente. – com a voz embargada, confessava – Eu ainda estava presa á adolescência cultuando idealizações de garotinhos colegiais perfeitos por demais e agora percebo que além de ninguém ser perfeito e mesmo tudo entre nós tendo acabado, é com você que eu quero ficar, mas já não é mais possível.

-É e nós ainda podemos fazer acontecer. Prova disso é estarmos aqui.

-Você não entende...

-Laly, eu te quero. Isso lhe basta? – sorriu porque não se sentia apto a chorar comigo

-Eu também quero você, Abel. É você que eu amo. – o abracei completamente arrebatada pelo amor bandido ou não mais tão salteador assim

-Não quero que minha leoa fique gripada em pleno verão.

-Meu sagui... – acariciei as maçãs de seu rostinho com as mãos em concha

-Minha leoa. Minha leoa mais linda. – trouxe minha mão e a colocou em seu peitoral constatando que seu coração batia tão apressado quanto o meu

Segurando-me pelas mãos, conduziu-me até em casa. Cheirando a cachorro molhado, encostamo-nos ao vão da porta principal já fechada e beijando Abel com gosto de primeira vez, tirei sua camisa branca ensopada e ele, mesmo baixinho, tinha força o bastante para me carregar até o 2º andar onde nos deitamos em minha cama e nos amamos como se aquela fosse nossa última noite juntos.

Som: Flores (acústico) – Titãs.

Edilson estranha o fato de Eleonora ainda não ter chegado de seu trabalho e se dirigindo até a cozinha para preparar pão com ovo, escuta a porta ser arrombada. Trata-se de Gus e Eleonora.

-Edílson, Edílson...

Edilson caminha até a sala, encontra a esposa chorando copiosamente e a abraça. Gustavo, mais cínico, permanece parado em frente a porta.

-O que está havendo? O que está havendo?

-Você tem que nos ajudar, Edilson.

-Sim, eu os ajudarei.  – apanha uma toalha e oferece a Gus e Eleonora – Mas antes preciso saber do que se trata.

-A polícia está atrás de nós, Edilson.

Som: Yesterday once more – The Carpenters.

Gilberto está sedado, mas fora de perigo. Todos resolvem permanecer no hospital até o patriarca da família Gallardo poder receber visitas.

Preocupado com May, Pablo a leva para caminhar pelos arredores do pronto-socorro a fim de fazer com que a amada se alimente.

-Não é por maldade, Pablo. Não consigo sequer colocar nada na boca.

-Não deve ter comido nada o dia todo. Me preocupo. – beija a testa de May – Pelo menos já estão atrás dos bandidos que arruinaram a festa e provocaram todo esse estrago.

-Estou preocupada com Lalinha. Ninguém sabe onde ela está.

-Eu descobrirei pra você.

-Me promete?

Som: Never knew love like this before – Stephanie Mills.

Nilton volta para casa e ao invés de encontrar a mesa do jantar arrumada, se depara com Naira, de robe, sentada em seu lugar.

-Tudo bem, Naira?

Naira está cabisbaixa. Nilton estranha o comportamento de Naira e lentamente se aproxima da mesa de jantar.

-Cadê o jantar? E Pepo?

-Pepo foi dormir na casa de um amiguinho. – Naira se levanta e abre o robe de seda – Estamos só nós dois.

-Pepo foi dormir na casa do tal Rafael?

-Melhor ainda. Estamos a sós.

-Não era para ter permitido, Naira. Veja só o que está acontecendo.

-Sim, eu sei. – o abraça – Mas Gilberto não corre risco de vida. Se seu organismo reagir bem ao tratamento, terá alta em alguns dias.

-Estou faminto, Naira.

-Eu também. – Naira sussurra por entre os ouvidos do namorado

-Então prepara alguma coisa para comermos.

-Estou com fome de você, meu amor.– Naira beija o pescoço de Nilton – Quero novamente. Me possua novamente.

Nilton não resiste ao charme de Naira. Estar nua e apenas coberta pelo robe atiçam a ereção do gordinho.

Som: Flores (acústico) – Titãs & Marisa Monte.

-Eles vão nos descobrir, Gustavo. Será que não pensa?

-Quem não pensa é você, sua cabeça de minhoca. Foi colocar o velhote na história.

Edilson preparou pão com ovo para Gustavo. O vilão e Eleonora estão sussurrando no sofá da sala.

-Por que falam tão baixo? Há alguma coisa que não possa ser ouvida?

-Não, meu bem. – Eleonora vai abraçar o marido – Gustavo está revoltado com a perseguição dos moradores dessa cidade.

-Estão loucos. – concorda Edilson

-Eu precisarei fugir, mas... – coloca as mãos no bolso – Não tenho sequer para onde ir, Edilson.

-Ficará aqui. – Edilson encerra a conversa

-Mas aqui ele não pode ficar, Edilson. A polícia está atrás dele...

-Pelo menos essa noite. – Edilson força a barra

-Essa noite eu aceito, senhor Edilson. Nem sequer dinheiro eu tenho para pagar a pensão onde estou morando. – dissimulado – O dono irá jogar na rua o pouco que conquistei.

-Posso negociar pessoalmente com ele. Infelizmente não tenho dinheiro para ajuda-lo, mas conheço o homem e posso pedir-lhe um pouco de calma até tudo se estabilizar.

-Eu já tentei, mas ele só aceita dinheiro. – inventa – Não tem tempo nem vontade de conversar comigo. – chora – Quem diria que eu, Gustavo Figueira Antares, filho do mais próspero empresário, me tornaria esse farrapo que hoje sou? Sem amor, carinho, teto, respeito. Sou um mendigo. – aponta para si mesmo – Sou um nada, um qualquer nesse mundo. Passei 5 anos na faculdade, fui preso injustamente pagando por crimes que nem sequer cometi e todo o respeito que minha família e eu tínhamos nessa cidade, tudo que contribuímos não valeu de nada.

Edilson se emociona com o discurso de Gustavo.

-A voz dos fracos é sempre inaudível nesse mundo. Nós pobres somos tratados como nada. – abraça Gustavo e Eleonora faz o mesmo do outro lado – Mas você é da minha família agora, Gustavo. Você é o filho que eu não pude ter. Quem mexer com você terá de se ver comigo, ouviu bem?

-Obrigado, senhor Edilson. – a convicção com que ‘chora’ faz com que derrame lágrimas também – Muito obrigado pelo apoio. – esganiça – Mas eu já estou acostumado a receber os tantos golpes consumados pela vida...

Som: Ainda lembro – Marisa Monte & Ed Motta.

Laly e Abel estão deitados na cama. Com a cabeça inclinada no peitoral de Abel, Laly dá alguns selinhos dele. Ambos estão exaustos de fazer amor e ainda assim não se cansam de trocar carícias e alguns beijos.

-Você iria mesmo se casar com ele?

-Iria. – suspira – Sentiu ciúmes?

Abel não sabe lidar com os sentimentos que tem tomado conta de corpo e pensamentos. Seu silêncio sugere distintas alternativas a serem cogitadas.

-Como nos velhos tempos... – Abel faz cafunés em Laly, ciente da realidade

-Velhos tempos que chegaram ao fim.

-Não diga que nada acabou, meu amor. – apanha o braço direito de Laly e beija diversas vezes – Tudo ainda está no início.

Laly deita em cima de Abel e o beija selvagemente. Eles iriam fazer amor novamente se não fossem flagrados por Fernanda, que acendeu a luz e flagrou o casal nu, apenas coberto pelos edredons de Lilian.

-POSSO SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI.

Laly, imediatamente, cobre os seios.

-Fernanda?

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