quinta-feira, 22 de março de 2012

Confissões de Laly Cap 125 - Revelações e consequências! (IMPERDÍVEL!)



Revelações e consequências! (IMPERDÍVEL!)

Nem Abel esperava ser flagrado porque durante a vida sempre conseguiu manter seus diversos relacionamentos sem que as parceiras precisassem saber da existência uma da outra.

-Como você pode fazer isso comigo, Lalinha?

-Fe- Fernanda?

-SOU EU. – para Abel – Você não vale nada mesmo.

Abel, vestindo-se às pressas, tenta se explicar, embora nada do que diga venha a aplacar a decepção de Fernanda.

-Minha miss, isso foi um mal entendido.

-Não foi um mal entendido. Eu vi o que já desconfiava. – berra – Vocês me traíram. Vocês me traíram.

Abel tenta alcançar Fernanda que desce as escadas apressadamente e por muito pouco não se machuca.

-Fernanda, minha miss, não se exalte. – leva uma bofetada – Ora, ora, Fernanda. Por que tanto desprezo? Podemos conversar?

-Nem mesmo um discurso de 10 folhas justificaria sua falta de respeito comigo e daquela lá. – sugere – Por que não voltam a ficar juntinhos, hein? É gostoso se divertir com a melhor amiga da amante enquanto ela não se decide. Pronto! Brincou comigo, mas eu já descobri a trairagem e não quero explicações. Me poupe de encenações e trejeitos porque eu já passei da fase de acreditar em fábulas, Abel. Se nunca me amou nem queria ficar comigo, não me iludisse. Para você pode ter sido uma ficada, mas eu estava levando nosso relacionamento a sério. Lamento que você, apesar de já ter passado dos 30, ainda aja com um genuíno moleque.

Som: Flores (acústico) – Titãs & Marisa Monte.

Enquanto isso, Gustavo mentaliza tudo que pretende fazer para que seus planos malévolos continuem obtendo sucesso e até liga a tv para ver o que está passando.

-Edilson é um velhote sem um pingo de noção do perigo. Também irá para o inferno, mas um de cada vez, Gustavo. Um de cada vez. Todos terão sua hora.

Um programa similar ao Fantástico dá as notícias de última hora. Um repórter parado em frente ao hospital em que Gilberto está internado repassa aos espectadores o estado de saúde de Gilberto:

-O estado de saúde de Gilberto Gallardo, 57 anos, é estável. Segundo os médicos...

As imagens do avô de Lilian sendo esfaqueado por Gus deixam o vilão orgulhoso de sua performance a ponto de ele rir escandalosamente do seu ato e não sentir um pingo de remorso.

Som: Dove – Moony.

Abel saiu de casa deixando Fernanda e Laly sozinhas. Lalinha, mesmo sabendo que Fer não quer negociar, senta-se ao lado dela na mesa da cozinha e revoltada, a filha de Gilberto lhe dá as costas.

-Fernanda, escute.

-Se possível, não dirija mais a palavra comigo.

-Por causa dele, Fer?

-Por causa dele SIM, Laly. Só porque seu casamento foi um desastre não tem o direito de roubar meu namorado.

-Que era MEU também.

-Você escolheu o Iury e o Abel escolheu a mim. Ao menos tivesse a decência de aceitar isso.

-E quem disse que Abel te escolheu? Quem te garante que ele te ama, hein? Abel me amou por muitos anos...

-Te enganou por muitos anos e quem lhe estendeu a mão quando ele te abandonou? Fui eu, Laly. Fui eu. Abri a porta da minha casa para você, te dei meu ombro, minha família, amizade, consideração e você me retribui tirando de mim a única esperança.

-Você ta exagerando, Fernanda. Trocando sua amiga por uma ficada.

-Se você fosse digna de ser chamada de amiga eu até concordaria, mas...

-Mas o que? – Laly se levanta da cadeira – Nem mesmo tem coragem de me olhar nos olhos.

-E você muito menos... Saindo com meu namorado e usando a cama de Lílian para consumar a traição. Se pelo menos não tem respeito por mim, lembre-se de que Lílian a estima profundamente. Magoar os sentimentos de uma criança não é um carma desejável.

-Que se dane você, Fernanda. Por toda a vida eu me preocupei com o que diriam ou fariam comigo, me anulei tantas vezes, deixei o amor ir em duas ocasiões, mas não vou acreditar nesse discursinho para ocasionar remorso. Gostem ou não, aprovem ou não, eu vou lutar por Abel porque o amo, não importa o que digam ou façam.

-Então saiba que você acabou de perder sua melhor amiga.

-Se é que você foi amiga...

Algum tempo depois, no salão de D. Emília, Mayra tenta aconselhar Fernanda.

-Você sabia que a Laly nunca esqueceu o Abel e estava bem ciente de que o safado ainda a procurava.

-Está dando a razão para ela?

-Sinceramente, nenhuma das duas tem a razão.

-Mas Mayra...

-Só porque sou sua amiga não tenho obrigação de concordar com tudo que você e Laly fazem. Quer ouvir minha opinião, não quer? É o que eu penso. Não acho que vocês duas deveriam entrar em atrito por um homem que não merece o amor nem de uma, nem da outra, apesar de que ao menos Abel mostrou, ontem, que apesar da safadeza, tem caráter.

-Mau caráter.

-Fernanda, você ama tanto assim o Abel?

-Amo... ou acho que amo... Não sei... Desde que Laly me descreveu Abel, sempre senti uma pontinha de inveja da sorte grande de Lalinha em encontrar esse cara descolado, divertido, atencioso, bom de cama, cujo defeito consistia em já estar compromissado não só com Laly, mas outras mulheres também.

-Por que não se entende com Laly?

-Nem pensar.

Mayra tenta negociar com Laly que também não quer mais conversar com Fernanda e pretende ir embora da cidade.

-Lalinha, não seja rancorosa.

-Quem não quiser aceitar que eu o amo Abel não precisa mais falar comigo.

-Eu vou continuar falando com você independentemente do que acontecer. Sou sua melhor amiga e quando prometi lá na infância que não iria te abandonar é porque tenho a honra de cumprir meu juramento até o final. – abraça Laly – Não tenha raiva de mim. Eu não te fiz nada.

-Mas está do lado de Fernanda.

-Como disse à Fernanda: não estou defendendo ninguém, mas procurando ser justa o bastante para ouvir as duas versões.

Som: Take a bow – Madonna.

Passei a dormir em uma pousada porque não quis envolver ninguém em minha briga com Fernanda, assim como também não me pronunciei a respeito do que houve nem mesmo com Abel que insistentemente indagou acerca do ocorrido naquela tensa noite.

-Fernanda e eu precisamos de um tempo.

-Implica dizer que vocês brigaram.

-Nos desentendemos, mas pretendemos dialogar novamente quando estivermos mais calmas.

O que, obviamente, não era verdade. Nem Fernanda nem eu tínhamos a intenção de nos ver enquanto vivêssemos. Ambas escolhemos o amor do mesmo homem, talvez um grande erro com irreversíveis consequências.

Abel e eu ainda estávamos fazendo amor todas as noites, ou melhor, naquelas duas últimas conturbadas noites.

A diretoria-geral da revista marcou uma reunião comigo para o fim do mês, que por sinal estava próximo e muitos curiosos me visitavam a fim de sanar a dúvida a respeito da enigmática Judy Pankekinha. A equipe da Toda Poderosa estava me contatando para que participasse de um programa da casa.

-Você deveria ir, Lalinha.

-Não posso te deixar, Abel. – o abracei – Não quero mais ficar longe de você nem mesmo por um minuto.

-Se você for para SP ainda voltará para cá algum dia?

-Nada mais me prende aqui. – pressionei – Se quiser meu amor, terá de vir comigo.

-Laly, essa é um opção infundada. Já criei raízes aqui. Não posso abandonar tudo repentinamente e sem explicação.

-Pode sim. Eu fiz isso por você e faria novamente.

-As circunstâncias eram diferentes.

-Não eram. Apenas invertiam-se os papeis.

-Laly, eu te amo sim, muito, mas não considera arriscado demais o que está fazendo?

-Creio que já esperei por mais para lutar por minha felicidade. Não aguardo nem mais um minuto.

Som: Yesterday once more – The Carpenters.

O estado de saúde de Gilberto progrediu bastante, o que animou aos médicos, sobretudo Iury, que acompanha o avô de Lílian diariamente e o visita de 3 a 4 vezes como procedimento, até para saber do próprio paciente como caminha a evolução do diagnóstico. Nessa ocasião Lilian está conversando com Gilberto:

-Cybele foi comprar o material escolar comigo. – deslumbrada – Sabia que nesse ano eu vou ter um monte de professores? – segurando nas mãos do avô – O senhor vai ficar bom até o primeiro dia, não vai?

-Se seu avô for mesmo esse guerreiro que presumo ser, ele sai daqui a uma semana. – Iury entra no recinto

-É melhor eu ir, né?

Lílian se levanta da cadeira em que estava sentada ao lado de Gilberto, mas o próprio a segura pelo braço.

-É melhor que fique.

-Vocês vão conversar coisas de adultos. Eu vou ficar por fora. Melhor ir.

-Seu avô tem razão. É melhor que fique. – Iury, para ter privacidade, fecha a porta do quarto

-Por que tudo isso? – a menina se senta novamente – Não to entendendo.

-Nós temos algo a dizer.

-Vovô vai precisar ficar mais tempo aqui, não é mesmo? – desapontamento – Se for isso, tudo bem. Estamos rezando muito para que meu vô melhore logo.

-Nós queremos falar sobre você, Lilian. – Gilberto é direto ao assunto

-Sobre... mim?

-Exatamente. – Gilberto assente com a cabeça

-Vou mudar de colégio?

-Creio que já está na hora de saber de uma coisa, Lilian. – encaixa suas mãos por entre as da criança – Eu escondi isso de você por mais de 10 anos e não vejo mais motivos para isentá-la de seu passado...

-Que passado? Meus pais já estão mortos.

-Não, Lilian. Seu pai não está morto.

-Que mentira! É claro que está, vovô. O senhor mesmo me disse isso a vida toda.

-Acontece que seu avô errou. Todas as pessoas ao longo da vida costumam falhar e mentir.

-O senhor me disse que não se deve mentir.

Iury não sabe exatamente qual será a reação de Lilian, portanto continua parado em frente ao leito de Gilberto com as mãos dentro do bolso de seu jaleco branco.

-Eu disse, Lilian. Eu disse.

-Mas mentiu pra mim... – Lilian está arrasada – Meu pai está vivo? É isso?

-Sim. E ele está muito mais perto de você do que pode imaginar.

-Está?

- Eu sou o seu verdadeiro pai, criança. – Iury avisa emocionado

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