Diário da Andreza
Minha mãe caiu, desmaiada enquanto meu pai se levantou com ódio.
- O quê?!
- Pai, foi.. foi.. - eu mal sabia o que dizer.
- Pai, foi.. foi.. - eu mal sabia o que dizer.
O olhar do meu pai foi direto para Rafa. Muitos ficariam com medo do meu pai, mas ele não, ele o encarou, firme e forte.
- Eu não vou abandonar sua filha Sr. Araújo.
- Eu quero que os dois se fodam longe daqui!
- Não pai! - interveio Berg. - O senhor não pode abandonar minha irmã. Ela precisa da gente.
Eu fiquei tonta, acho que de medo, sei lá. Rafa me ajudou a sentar.
- Tá vendo, pai? - Continuou Berg. - Todo mundo faz besteira nessa vida, cara! O senhor, nunca fez?! Por favor, deixa ela ficar, ela precisa do nosso apoio.
Depois de toda aquela confusão, eu seria muito grata ao Berg por ter feito aquilo. Meu pai até aceitou, mas do jeito dele. Bom, com aquilo, eu aprendi que nós não devemos deixar as coisas pra última hora. Quanto mais tarde, pior.
Diário da Ludi
A vida no Rio de Janeiro estava às mil maravilhas. A parte ruim era que Valentina,a única pessoa conhecida , estava internada, tentando se recuperar.
A escola onde eu estudava era super legal. De manhã era aula e à tarde era aula de teatro, minha paixão. Lá também servia como uma espécie de colégio interno. Eu dormia lá, porém, eu podia sair quando eu quisesse.
Cada cena que eu interpretava, era uma esperança. Demorei muito para fazer amigos lá, até que conheci melhor a Sara. Nós dormíamos no mesmo quarto. De vez em quando eu a ajudava a escapar para fugir para o quarto do namorado. Fazer Deus sabe o quê lá.
Ela e o namorado também faziam teatro.
O professor, Hélio, gostou muito de mim, disse que eu tinha potencial. As outras pessoas não, diziam que eu "me achava" por eu ter entrado lá por causa do Murilo Rosa. Nada a ver.
Verdade, mas o sr. Araújo vai aceitar a filha aos poucos. Logo a Débora nasce e vai ser a alegria da família (:
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