CENA 1 - APARTAMENTO DE VALÉRIA - SALA - INT. -NOITE.
O TELEFONE TOCOU
INSISTENTEMENTE. ALFREDINHO ATENDEU. ERA ODETE.
ODETE - Alfredinho, como vai? Aqui é Odete,
mãe do Julinho. Preciso falar com ele, com urgência.
ALFREDINHO - A senhora deu sorte, D. Odete. A
gente estava saindo nesse instante....
JULIO BIRUTA ATENDEU. ODETE
FALOU, MUITO NERVOSA.
ODETE - Filho, estou ligando pra te alertar!
Teu pai está indo aí pra te prender! Ele acha que você tá envolvido em roubo de
carros, com esse Alfredinho. Pelo amor de Deus, diz que isso não é verdade,
Julinho! Eu não acreditei quando ele veio com essa conversa...
JULIO BIRUTA - Ele vem pra cá? Agora?
ODETE - Deve estar chegando aí a qualquer
momento! Cuidado, filho! Ele está muito nervoso!
JULIO BIRUTA - Valeu, mãe! Obrigado! (desligou
e olhou para Alfredinho, aturdido) Velho, vamos sair daqui agora! Meu pai tá
vindo aí pra me prender! O negócio dos carros sujou. Pior é que ele acha que
você também tá envolvido!
ALFREDINHO - (seco) Tá vendo, seu otário? Eu
te falei pra não entrar nessa roubada com aquele nó cego do Pé de Anjo! Vou me
mandar com você porque não ia deixar um amigo na mão, mas era isso que tu
merecia! Devia deixar tu se ferrar, porque, nessa eu tou limpo!
JULIO BIRUTA - Que isso, bróder! Tu sabe que
eu faria o mesmo por você!
ALFREDINHO - É por isso mesmo que tou te dando
essa moral! E agora vamo deixá de conversa mole e meter o pé, senão teu velho
chega e pega a gente aqui!
JULIO BIRUTA - Vamo, vamo!
SAÍRAM, APRESSADOS.
CORTA PARA:
CENA 2 - PRÉDIO DO APARTAMENTO DE VALÉRIA -EXTERIOR – DIA
ALGUNS MINUTOS DEPOIS, O CARRO
DO DELEGADO NOGUEIRA PAROU EM FRENTE AO PRÉDIO. O PORTEIRO INFORMOU QUE
ALFREDINHO E JULIO BIRUTA TINHAM ACABADO DE SAIR. NOGUEIRA ENTROU NO CARRO E
DEU PARTIDA.
CORTA PARA:
CENA 3 - TERESÓPOLIS - SÍTIO DE MONTEIRO PRADO -EXTERIOR - DIA.
MALU ENTROU NO QUARTO COM UMA
BANDEJA DE CAFÉ DA MANHÃ, APROXIMOU-SE DA CAMA E BEIJOU O MARIDO NO ROSTO.
MARCOS ACORDOU, ESPREGUIÇANDO-SE.
MALU - Bom dia, dorminhoco!
MARCOS - Hum... (examinando a bandeja) Que
bonito! Que esposa prendada eu fui arrumar! Queijo, frutas, torradas, café,
suco, bolo de fubá.... Isso parece delicioso...
MALU - Tive umas aulinhas básicas com
Senhorinha, pra fazer bonito diante do meu marido! E então? Tou me saindo bem?
MARCOS - (mordendo uma maçã) Maravilhosamente
bem! Desse jeito vou ficar mal acostumado!
MALU SENTOU-SE A SEU LADO, NA
CAMA, E TOMARAM CAFÉ JUNTOS, FELIZES.
CORTA PARA:
CENA 4 - TERESÓPOLIS - SÍTIO DE MONTEIRO PRADO -EXT. - DIA.
ERA UM BELO DIA DE SOL. MARCOS
E MALU CONTORNARAM A BELA MANSÃO E CHEGARAM AO ESTÁBULO, ONDE O CASEIRO JÁ OS
AGUARDAVA COM DOIS CAVALOS DEVIDAMENTE SELADOS. MONTARAM E SAÍRAM CAVALGANDO
PELOS CAMPOS VERDES NOS ARREDORES DO SÍTIO. ALGUM TEMPO DEPOIS, DESMONTARAM SOB
UMA FRONDOSA AROEIRA. MALU DEITOU-SE NA RELVA. MARCOS JUNTOU-SE A ELA. ROLARAM NA
GRAMA E BEIJARAM-SE APAIXONADAMENTE.
MALU - Sabe, eu não lembro de ter sido tão
feliz em toda minha vida!
MARCOS - É o que eu mais quero, Malu... te
fazer muito feliz!
MALU - Eu te amo muito, Marcos.
MARCOS - Eu estou aprendendo a te amar. Te
conhecendo a cada dia... e tá sendo muito bom! Você é uma mulher linda. Linda, inteligente,
voluntariosa... enfim, cheia de predicados....
MALU - (cortou) Você quer dizer, geniosa
também, pavio curto, não é?
MARCOS - Também! Mas uma mulher geniosa pode
ser muito interessante... desde que haja equilíbrio (beijou-a novamente. De
repente, pareceu lembrar-se de algo) Malu... nós vamos morar no apartamento do
seu pai,não é?
MALU - Bem, isso seria uma
surpresa na nossa volta ao Rio, mas como você perguntou... Eu tenho um
apartamento, na Barão da Torre, próximo ao do meu pai. Mandei arrumar pra nossa
volta. Ficou uma gracinha! Você vai gostar!
MARCOS - Por enquanto, eu concordo, mas não
quero ficar dependendo do seu dinheiro e do seu pai. O emprego de professor numa
escola em Copacabana está quase acertado. Vou me sentir muito melhor quando
puder sustentar minha mulher.
MALU - Como você quiser, senhor meu marido.
Agora, me beija, vai!
CORTA PARA:
CENA 5 - HOSPITAL - QUARTO DE D. SOLEDAD - INT. -DIA.
ALGUNS DIAS DEPOIS... CECÉU
ENTROU NO QUARTO DE D. SOLEDAD E APROXIMOUSE DO LEITO DA VELHA SENHORA.
CECÉU - Estou aqui, D. Soledad... mandou me
chamar?
D. SOLEDAD - (estendeu-lhe a mão, trêmula)
Cecelito... necesito hablar con usted...
CECÉU - Fale... mas procure não se cansar. A enfermeira recomendou...
D.
SOLEDAD - Io tengo que hablar... es muy importante!... Cecéu... sólo tengo seis
meses de vida... No quiero morir solo. Después, no tiene a quien dejar mi
fortuna, mi bienes... Cecelito...quieres casarte conmigo?
CECÉU - (piscou, nervosamente) Eu... não sei o
que dizer...
D. SOLEDAD - Pense,
Cecelito... pense em mi proposta... Mas non se demore... o puede ser demasiado
tarde...
CORTA PARA:
CENA 6 – APARTAMENTO DE MARCELÃO - SALA - INT. -NOITE.
MARCELÃO DEU UMA GARGALHADA E
ERGUEU AS MÃOS PARA CECÉU, QUE ESTAVA ALI SENTADO FAZIA HORAS.
MARCELÃO - Então, a velha te pediu em
casamento! Como é que você tá se sentindo como noiva, donzela, prometida?
CECÉU - Tô suando frio!
MARCELÃO - Calma, minha querida, isto é
natural. É a emoção... depois passa.
CECÉU - Marcelão, você já esteve numa situação
dessas? Não? Então é por isso que você acha graça. Estou vivendo o maior drama
da minha vida e você aí, insensível, fazendo gracinhas!
MARCELÃO - Maior drama por quê? Você ainda não
deu o “sim”?
CECÉU - Não, eu pedi 48 horas pra pensar.
MARCELÃO - Pra pensar? Mas a velha tem 200
milhões de dólares e você ainda quer pensar? Decididamente, você está louco!
CECÉU - Eu penso em Tatiana... como vai reagir
quando souber que a velha me pediu em casamento? Poxa, ela não tem para quem
deixar sua herança, seus bens... Talvez, se Tatiana quisesse cooperar...
Afinal, D. Soledad só tem seis meses de vida! Não podemos perder uma chance
dessas! A sorte bateu na nossa porta... ela tem que entender isso!
MARCELÃO - Nem tem o que pensar, meu velho! O
negócio é partir pro abraço! Casa com a velha e pronto! E não pensa muito, hem!
Vai que ela morre antes... Aí, babau, você dança!
CORTA PARA:
CENA 7 - PRÉDIO DO APARTAMENTO DE MALU - FRENTE -EXTERNA - DIA.
MARCOS E MALU RETORNARAM AO
RIO. O AUTOMÓVEL ESTACIONOU EM FRENTE AO PRÉDIO DA BARÃO DA TORRE E OS
RECÉM-CASADOS RETIRARAM ALGUMAS MALAS DO VEÍCULO. O PORTEIRO AJUDOU-OS A LEVAR
A BAGAGEM PARA O ELEVADOR.
CORTA PARA;
CENA 8 - APARTAMENTO DE MALU - CORREDOR - INT. -DIA.
AO SAIR DO ELEVADOR, A JOVEM
GIROU A CHAVE NA FECHADURA. MARCOS, SEM DIZER PALAVRA, TOMOU-A NOS BRAÇOS E
EMPURROU A PORTA COM O PÉ.
MARCOS - A tradição não manda o noivo entrar
pela primeira vez em casa com a noiva nos braços?
MALU - (aninhou-se em seus braços) Que pecado,
amor, eu ia esquecendo.... Que bom que você lembrou a tempo!
MARCOS GIROU COM A JOVEM NOS
BRAÇOS. BEIJARAM-SE. SÓ ENTÃO, MALU LEVOU-O PARA CONHECER A NOVA CASA.
MALU - E então, o que você acha? Gostou?
MARCOS - Muito. Muito bom. Claro, arejado,
simples, sem ostentação. Para o início de um casamento, está perfeito!
MALU - Eu sabia que você ia gostar! Achei a
sua cara! (puxou-o pela mão) Vem, vem conhecer o nosso quarto!
CORTA PARA:
CENA 9 - PRAÇA GENERAL OSÓRIO - EXTERNA - NOITE.
CECÉU E TATIANA CAMINHAVAM
PELA PRAÇA. CONVERSAVAM.
CECÉU - Tatiana, você não confia em mim?
TATIANA - (sorriu, irônica) Depois de tantas
trapalhadas, quer mesmo que eu responda?
CECÉU - Meu amor, dessa vez não tem como dar
errado! A velhota tá com os dias contados, tem apenas seis meses de vida! É podre
de rica. Quer casar comigo porque não tem herdeiros...A sorte está batendo
outra vez na nossa porta. Você acha que podemos desperdiçar? Tatiana, daqui a
seis meses, estaremos milionários! Vamos passar nossa lua de mel no Caribe! Vou
comprar pra você uma mansão na Barra da Tijuca, com piscina! Vou te transformar
numa dondoca emergente das colunas sociais!
TATIANA - (desconfiada) Cecéu, quando você vem
com essas ideias malucas, me dá até urticária! Alguma coisa sempre dá errado!
CECÉU - Não tem como dar errado, amor! Dessa
vez não tem erro!
TATIANA - E... quando seria o casamento? Onde?
CECÉU - Marcelão tá me ajudando. Vai ser no
hospital mesmo. Vai ser tudo às pressas. Numa situação dessas, chama-se casamento
“In extremis”. Tudo porque a velhota tá com o pé na cova! Pensa, meu amor,
pensa! Logo vamos estar ricos! Milionários!
TATIANA - Ai, Cecéu, não sei, não...
CECÉU - Confia em mim, só mais essa vez, vai!
CORTA PARA: CENA 10 - “FOLHA DO RIO” - SALA DE DANTE - INT. - DIA.
MARCOS VENTURA ESTAVA SENTADO
DIANTE DE DANTE GURGEL NA REDAÇÃO DA “FOLHA DO RIO”. CONVERSAVAM.
DANTE - Como você sabe, Marcos, passei a me
interessar pelo caso de Diana Molina, apesar de já ter largado a história quando
o diretor do jornal resolveu partir pra grossura. Tenho pensado no caso dia e
noite, e fiquei com uma idéia fixa: desvendar o mistério. Há pelo menos meia
dúzia de pessoas que podem ter matado Diana. E o instinto profissional me diz
que Valéria França está inocente! Estou agindo desinteressadamente, só para
livrar uma inocente da cadeia.
MARCOS - Entendo, Dante. Uma das minhas
prioridades nesta vida é descobrir por quê fizeram isso com Diana... Mas por que
mandou me chamar?
DANTE - Consegui o depoimento de um garçom do Castelinho,
o qual não consta nos autos, mas é muito importante. Chama-se Manolo. Ele
contou que Diana esteve no bar, mais ou menos uma hora antes de ser
assassinada...
MARCOS - (interessado) Sim, e então?...
DANTE - Ele disse que ela não estava só, mas acompanhada
de uma moça com quem discutiu muito e depois as duas saíram. Era uma moça
morena e de olhos grandes.
MARCOS MAL DISFARÇOU O
EMBARAÇO. PENSOU NA ESPOSA. MORENA E DE OLHOS GRANDES. GRANDE AMIGA DE DIANA.
MAS NÃO...
MARCOS - E onde está esse “Manolo”?
DANTE - Se quiser, posso levá-lo até o
Castelinho para falar com ele... Mas essa informação, de cara, já elimina
Valéria França, que é loura. Por isso é que preciso da sua ajuda.
MARCOS - Ajudar, como?
DANTE - Identificando a pessoa que esteve com
Diana poucos minutos antes.
MARCOS - Não, não estou de acordo. Desejo,
claro, saber por que aquilo aconteceu com Diana. A razão das coisas sempre foi
minha maior preocupação.
Quanto a descobrir quem a matou, isso é com a Polícia, e não me parece o mais
importante. Deus se encarregará de punir o verdadeiro culpado.
DANTE - OK, mas peço só a sua ajuda, pois o
garçom seria capaz de reconhecer a pessoa que estava com Diana... Se você suspeitar
de alguém, poderia levar ao Castelinho. Assim o garçom veria essa pessoa e
diria se é a mesma...
MARCOS - (levantou-se) Está bem, prometo
voltar a falar com você, caso lembre de alguém. Bem, agora tenho que ir. Tenho umas
coisas a fazer...
MARCOS SAIU. O JORNALISTA
FICOU ALGUM TEMPO PARADO.
DANTE - (coçou a cabeça) Ele percebeu que
desconfio de Malu. Bem.... está lançada a isca!
CORTA PARA:
CENA 11 - HOSPITAL - QUARTO DE D. SOLEDAD - INT. -DIA.
COM A INTERVENÇÃO DE MARCELÃO,
UM PADRE FOI CHAMADO ÀS PRESSAS, PARA REALIZAR O CASAMENTO NO HOSPITAL. NA
PRESENÇA DE ALGUMAS ENFERMEIRAS, QUE SERVIRAM DE TESTEMUNHA, O PADRE ABENÇOOU
OS NOIVOS. D. SOLEDAD NO LEITO, AR ABATIDO, SEGURANDO UM BUQUÊ DE FLORES, E DE
PÉ, AO SEU LADO, UM CONSTRANGIDO CECÉU.
PADRE - ... em nome de Deus, eu os declaro
marido e mulher.
MARCELÃO - (com uma ponta de ironia na voz)
Pode beijar a noiva, Cecéu.
CECÉU FITOU-O, COM RAIVA.
OLHOU PARA OS PRESENTES, QUE AGUARDAVAM SUA REAÇÃO. SEM SAÍDA, BEIJOU D. SOLEDAD
NA TESTA.
D. SOLEDAD - Cecelito... ahora puedo morir en paz...
ENFERMEIRA
- Agora quero pedir-lhes que deixem D. Soledad sozinha. Ela precisa descansar.
TODOS SE RETIRARAM DO QUARTO.
CECÉU VOLTOU-SE AO
OUVIR A VOZ DA ESPOSA.
D.
SOLEDAD - Cecelito... mi esposo querido!
CORTA PARA:
CENA 12 - APARTAMENTO DE MARCELÃO - SALA DE JANTAR - INTERIOR - DIA.
NO DIA SEGUINTE, FAZIA UM BELO
DIA DE SOL. MARCELÃOTOMOU UM CAFÉ E PREPARAVA-SE PARA IR À PRAIA, QUANDO CECÉU
SURGIU NA SALA, AINDA SONOLENTO.
MARCELÃO - Acordando a essa hora, meu velho?
São quase 11 da manhã! Tem que mudar esses hábitos... afinal, você, agora, é um
homem casado!
CECÉU - (servindo-se de uma xícara de café)
Você tem prazer em me atormentar, não é mesmo, Marcelão? Poxa, nem dormi
direito essa noite, pensando, pensando...
O TELEFONE TOCOU. VOSKOPOULUS
ATENDEU E DIRIGIU-SE A CECÉU.
VOSKOPOULUS - Seu Cecéu, é pro senhor! É do
hospital!
CECÉU FICOU PARALISADO.
ENCAROU MARCELÃO,
APREENSIVO.
CECÉU - Nossa! Será que...
MARCELÃO - (cortou) Atende logo, pô!
CECÉU TOMOU O APARELHO, AS
MÃOS TRÊMULAS.
CECÉU - Alô! Sim, sim, é ele! Aconteceu alguma
coisa?... Sei, sei... entendi. Pra ir com urgência?... Tá bem... Estou indo!
Até logo!
SOB O OLHAR DE CURIOSIDADE DE
MARCELÃO E DO MORDOMO, CECÉU DESLIGOU E FITOU-OS, ANSIOSO.
MARCELÃO - E então... não vá me dizer que a
velha bateu as botas um dia depois do casamento!
CECÉU - (os olhos brilhando, mal conseguia
disfarçar a emoção) Cara... eles querem que eu vá pra lá com a maior urgência!
(sem se conter, abraçou Marcelão) Velho! Deu tudo certo! Tudo indica... que teu
amigo tá milionário! Milionário, Marcelão! (e abraçou o mordomo) Voskô! Eu tou
rico, Voskô! Tou rico! Rico!
CORTA PARA:
CENA 13 - HOSPITAL - CORREDOR - INT. - DIA.
CECÉU DIRIGIU-SE AO HOSPITAL,
COM O CORAÇÃO AOS PULOS. CAMINHOU PELO LONGOCORREDOR, ESFORÇANDOSE PARA ESCONDER
A ALEGRIAQUE O DOMINAVA POR DENTRO.
CECÉU - (murmurava) É bom demais para ser verdade!
Será que ela bateu as botas tão depressa? Calma, Cecéu, tem que fazer cara de
tristeza... Caramba, só de pensar em cadáver, me dá um frio na barriga....
Coragem, Cecéu! Isso logo vai passar. Vai dar tudo certo! Depois, é só alegria!
PAROU DIANTE DA PORTA DO
QUARTO, RESPIROU FUNDO, FEZ CARA DE ENTÊRRO E ENTROU.
CORTA PARA:
CENA 14 - HOSPITAL - QUARTO DE D. SOLEDAD - INT. -DIA.
CECÉU ENTROU E ESTACOU,
EMPALIDECENDO. NÃO QUERIA ACREDITAR NO QUE SEUS OLHOS VIAM: SENTADA NUMA POLTRONA,
COM A AJUDA DE UMA ENFERMEIRA, D. SOLEDAD FAZIA UM COQUE NOS CABELOS. AO VÊ-LO,
SORRIU, FELIZ.
D. SOLEDAD - Cecelito, mi amor! Usted me devolvió la vida! Nunca me
senti tan bien como ahora! El doctor dijo que puedo volver a hotel!
FIM DO CAPÍTULO 40
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