segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Confissões de Laly Cap 11: Iury e Laly resolvem fugir para ficarem sempre juntos!



11º Capítulo – Iury e Laly resolvem fugir para ficarem juntos! (IMPERDÍVEL!)

Iury abraça Laly como se quisesse protegê-la de toda dor do mundo. É como se nada que os separou tivesse acontecido. Um momento que ambos pensaram que jamais voltariam a ter. Mágico, celestial, perfeito. Inigualavelmente doce, contagiante como o amor que ainda os reúne.

-Meu amor... 
-Eu fujo com você, Iury. Fujo com você pra onde for. Fujo hoje mesmo se for o caso...
-Então você ainda me ama?
-Você tinha alguma dúvida sobre o meu amor por você?

Iury e Laly acertam detalhes da fuga e marcam de se encontrar ao anoitecer, fato que Laly relata a Mayra no salão de beleza.

-Se quiser, já traz as malas e diz que vai pousar lá em casa. 
-Acho que eu vou fazer isso mesmo...

O que Laly não sabe é que Milene está fazendo a unha e escutando toda a conversa.

-É tão romântico, Lalinha. Depois você vem me dizer que sou sonhadora...
-Nunca pensei que levaríamos isso tão ao extremo, mas ele me garantiu que terminou com ela e quer ficar só comigo.
-É o que veremos... - pensa Milene
-E aí, Milene? O que acha disso? - Mayra pergunta - É ou não é a maior demonstração de amor que um garoto pode fazer?
-Amor? - Milene e seu cinismo convencem
-Lê essa carta, Mili. Vê se não dá vontade de chorar e largar tudo?  Ai, quando eu encontrar meu amor quero receber muitas cartas assim e mais: quero que ele chegue montado em uma moto dessas bem equipadas, tire o capacete, lance aquele sorriso e me convide a sentar na garupa com ele. Quero assistir ao pôr-do-sol de mãos dadas, com a cabecinha nos ombros largos dele, másculo, lindo, com um sorriso que vai fazer meu coração disparar e ai, quando ele me beijar... Ah... Vai ser tão bom, tão mágico, tão emocionante.
-Nem sonha porque isso nunca vai acontecer. - debocha Milene em pensamento

Som: Uma carta - LS Jack.

Aimée está chorando deitada no sofá. Fernanda está saindo para ir à praia quando se dá conta de que há algo de errado com a irmã.

-Aimée... Que foi, hein? – se senta onde estão os pés de Aimée
-Ele terminou comigo.
-Mas já?
-Por causa da ex. Voltou com ela. – suspira abafando os soluços – E o pior é que mesmo em pouco tempo eu já estou muito apaixonada por ele, Fer. Me diz o que tem de errado comigo...
-Nada, Aimée.
-Aimée, ficar com quem já gosta de outra é sofrer duas vezes. Menino por aqui é o que mais tem.
-Mas não como ele...
-Muito melhores.

Som: Never knew love like this before - Stephanie Mills.

Naira passa boa parte de seus dias na igreja, mas por ser amiga de Nilton, sempre se encontra com ele na praia e eles fazem uma caminhada juntos.

-Iury e Laly irão se desgarrar do caminho da fé. Alguém precisa impedi-los. - Naira está desesperada
-Impedir que se amem? - Nilton quase debocha da amiga
-Impedir a proliferação do pecado... 
-Eu não acho que amar seja pecado.
-É o pior de todos! Afasta o homem de Deus.
-Eu diria que é ao contrário. É quando você aprende o idioma de Deus, que nada mais é do que o amor puro e verdadeiro.
-Você só pode ter enlouquecido.
-Eu e boa parte do mundo.

Som: Flores (acústico) - Titãs & Marisa Monte.

Gustavo e Milene trocam informações sigilosas e por isso mesmo o rapaz resolve jantar na casa de Laly.

-É impressão minha ou Gustavo está aqui em frente?
-Edílson e seus devaneios. – Eleonora debocha do marido enquanto apronta a mesa para o jantar
-Pois se não acredita, então venha ver.

Laly não disfarça a decepção e pensa enquanto reconhece o noivo.

-Isso só pode ser tramoia do inimigo. Ele nunca vem jantar conosco, nunca colocaria os pés aqui. Algo de muito errado ta acontecendo.
-Não disse que havia chamado Gus para jantar conosco.
-E não chamei. – Laly reforça a verdade
-Ainda bem que eu preparei aquela macarronada que ele tanto gosta. Até parece que eu adivinhei.
-Ei, eu também gosto de macarronada, Eleonora. Minha opinião não vale nada nessa casa? – Edilson acena para Gus da janela; o mauricinho está parado em frente à caminhonete que tanto ostenta – E quanto a você, Laly? É assim que se prepara para seu noivo?
-Eu não imaginava que ele viesse...
-Mas deveria... – Eleonora aproveita a bronca de Edílson para humilhar Laly - Vestindo esses trapos...
-Não são trapos. – refere-se à mini blusa e calça jeans surrada – Eu gosto do meu estilo.
-Pois saiba que assim se porta como uma meretriz. A noiva de Gustavo Figueira Antares deve vestir-se de acordo. – Edílson aponta para a porta – Vá recebê-lo. Figueira Antares não é um homem que goste de esperar.

Desapontada, Laly caminha até a porta para ir até o portão e recepcionar Gustavo que é tratado com honras de herói pelos pais da protagonista.

-Eleonora preparou uma saborosa macarronada, Gustavo. Espero que não esteja com pressa. - Edílson reverencia o genro
-Ao contrário! Vim para passar um tempo com Lalinha e compensar a ausência dos últimos dias...
-Isso só pode ser uma piada. E uma piada bem sem graça. – pensa Laly enquanto fecha a porta do quarto para trocar de roupa – Gustavo só pode ter pacto com o diabo. Não é possível. Que ele não tome conhecimento da fuga, aliás, que ele nem sequer saiba disso.
-LALINHA. – Eleonora chama Laly – LALINHA. VENHA JANTAR.

Diante de Gustavo, Edílson banca o bom pai e até coloca o braço sobre os ombros da filha na sala.

-Deixe de timidez, Lalinha! Gustavo é seu noivo e é muito bem-vindo na nossa casa. Somos simples, mas temos amor de sobra por aqui. 
-E isso eu percebo só de olhar. - completa Gustavo
-Estou preparando uma deliciosa macarronada para nós, querido genro... - Eleonora bajula Gustavo

Som: Head over heels - Tears for Fears.

Enquanto isso, Iury arruma as malas e junta suas economias. Dario e Estela, seus pais, nem imaginam que o garoto pretende fugir com Laly.

-Iury não vem jantar hoje? - pergunta Dario
-Foi pousar na casa de Nilton. - responde Estela

Nilton ajuda Iury com uma quantia significativa em dinheiro e o deseja felicidades ao lado de Lalinha. 

-Vai procurar tua felicidade, primo. O amor é sagrado e devemos lutar por ele até que não tenhamos mais forças.
-Obrigado pelo apoio, Nilton. É sério... – os primos se abraçam – Eu nunca vou conseguir te retribuir a altura.
-Me convide a ser um dos padrinhos do casório e eu já estarei satisfeito.
-Eu queria fazer uma surpresa a ela, mas to com medo.
-Medo, rapaz? – Nilton cruza os braços
-Fala mais baixo, Nilton. – Iury tira de dentro da mochila uma pasta organizadora onde estão os papeis do cartório
-Vão mesmo se casar? – Nilton ri alto de alegria
-Peço ou não?
-Já devia ter feito isso.
-Tenho medo que ela me ache precipitado demais.
-Antes precipitado que molenga.

Som: Como devia estar - Capital Inicial.

Gustavo e Edílson jogam conversa fora em frente à casa enquanto bebem chimarrão...

-Espero que Laly me dê um filho para continuar o sobrenome Figueira Antares. 
-Serei o avô mais orgulhoso do mundo. Mal espero por isso. - Edílson devaneia

Laly, desesperada, mal vê a hora que Gustavo vá embora e quando isso acontece, respira aliviada, aguarda Edílson recolher-se com Eleonora e foge discretamente, pois já deixou as mochilas com Mayra. Edílson e Eleonora costumam deitar-se muito cedo, o que Laly considera um ponto importante para o sucesso da fuga.

Antes de partir em definitivo, visita Mayra e ambas do lado de fora do lar que também é onde fica localizado o salão de D. Emília, as amigas sussurram, pois um flagra de Naira pode colocar por água abaixo todo o planejamento.

-Amiga, to rezando e até acendi uma vela pra dar tudo certo. 
-Eu acho que é mesmo pra ser. Mal vejo a hora de ficar só com ele...

Mayra está chorosa, mas Laly a abraça.

-Eu volto pra ver você, mas quando tudo se acalmar... 
-Volta mesmo?
-Não vou me esquecer de você...

Mayra usa um colar com o pingente de uma estrela, mas o tira e o coloca em Laly.

-Assim você não se esquece de mim nunca.

As amigas se abraçam e Laly segue rumo à rodoviária onde Iury a aguarda. Eles se cumprimentam com um beijo e conferem as passagens. Introdução de Will you still love me - Chicago.

-Não ta arrependida? - pergunta Iury segurando Laly pela cintura
-Jamais. - responde uma Laly apaixonada e crente de que viverá um novo capítulo de sua história de amor
-Tem certeza?
-Preciso repetir, meu amor? É claro...
-É que antes de ir eu tenho uma proposta a te fazer e só quero saber se não estou me arriscando demais ou talvez a assustando, mas, enfim...  Quer casar comigo?
-Você ainda acha que não?
-Casaria no cartório e tudo o mais?
-Casaria agora mesmo.
-Então apanhe a caneta.

Iury e Laly se sentam em um banco de madeira enquanto aguardam o ônibus da meia-noite.

-Qual foi sua grande ideia dessa vez, hein, amor? – Laly ri, até adivinhando o que se trate
-Nós já temos mais de 18 anos, pela lei somos responsáveis por nossos atos, temos energia e desejo suficiente de vencer, podemos começar com muito pouco, mas juntos nós podemos muito mais, juntos nós podemos não apenas sonhar como também realizar. Eu te amo, você também me ama; então por que continuarmos aqui a mercê de arapucas se podemos muito bem recomeçar, ser verdadeiramente felizes? Com muito pouco, talvez, mas juntos, como sempre queremos e devemos estar... – Iury coloca sua mão esquerda sobre a de Laly – Aceita se casar comigo?
-Claro que aceito, amor. – os olhos de Laly transbordam emoção
-Aceita ser minha amada na alegria, na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe?
-Mas é claro, meu amor.

Iury tira os papeis de dentro da mochila e o casal assina, selando a ‘união’ com um beijo longo e apaixonado, seguido de um abraço, interrompido apenas pela insistente voz que anuncia as chegadas e partidas.

-Parece que chegou a hora. – Iury afaga os cabelos de Laly
-É um final feliz inusitado, mas o melhor que eu poderia querer.
-Vamos ficar juntos pra sempre. Dessa vez nada nem ninguém separa a gente.

Iury e Laly caminham até a porta do ônibus já de mãos dadas e dão como certa a vitória. Tickets validados, poltronas apenas a espera, o que poderia dar errado?

Edílson reconhece a filha em meio aos passageiros do embarque, cerra os punhos, apressa os passos e antes mesmo que Lalinha faça menção de subir para o ônibus, puxa seus cabelos, fazendo com que a jovem perca o equilíbrio e tropece para trás.

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