terça-feira, 1 de novembro de 2011

Confissões de Laly Cap 31: Grazi assume a autoria dos envenenamentos e é EXECRADA na cidade!



31º capítulo – Grazi é solta!

A liberdade de Grazielle e Sabrina é decretada e as extenuantes imagens da prisão da envenenadora são mostradas centenas de vezes pelos veículos de comunicação.

Rindo, Milene e Gustavo transam em um motel e comemoram o êxito dos planos enquanto dividem vinho tinto de safra antiga e uma saborosa pizza de mozzarella.

-Um brinde a nós. - propõe Milene
-Um brinde a nós.

Milene vê o pai sendo algemado em rede nacional e gargalha loucamente com o amante.

-Somos uma dupla IMBATÍVEL.
-EU sou IMBATÍVEL. Você é uma OTÁRIA.
-OTÁRIA?OLHA LÁ COMO FALA COMIGO...
-Se você fosse tão imbatível como diz, poderia ter agido sem precisar de seu anjo da guarda.

Uma criada de Gustavo coincidentemente semelhante a Milene foi subornada para confessar a autoria no envenenamento e encerrar o caso.

-E a cada hora o caso do envenenamento choca e gera mais reviravoltas. Milene deixa de ser suspeita e não passará a noite na prisão. Uma terceira pessoa acabou de se apresentar na DP responsável em investigar o caso e foi indiciada como a verdadeira mentora do crime. Como se já não bastasse, Karine dos Santos, de 19 anos, era procurada pela justiça há pelo menos 3 anos acusada dos crimes de latrocínio, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Karine já foi encaminhada para o presídio de Piraquara onde aguardará julgamento...

Gustavo é realmente um psicopata ardiloso e antes que a polícia interditasse a casa de Milene, contratou capangas para destruírem a residência para dar a entender que houve assalto e a substância venenosa foi parar lá por engano, aliás, com as impressões digitais da criada.

Para garantir que ninguém destrua sua reputação, Gus contrata pistoleiros para matar seus capangas e enterrá-los como indigentes.

-E o caso enfim está encerrado. - suspira Gustavo como se fosse o dono da verdade
-Você que pensa...
-Se eu fosse você, esperava um pouco mais para agir. Muita coisa em pouco espaço de tempo pode prejudicar todo meu empenho em salvá-la.
-Eu sei... Eu sei... Mas não vejo a hora de me livrar da cabelo de fogo e das mortas de fome.
-Cada coisa de uma vez...

D. Emília e Mayra não conseguem dormir pelo remorso de ter injustiçado Grazi.

-Deus, me perdoe se disse coisas ruins da Grazi. Não era essa minha intenção. - Mayra reza

Gabriel também não dorme, mas é por ainda se lembrar com carinho dos bons momentos vividos ao lado de Grazielle e a mesma cidade que a humilhou agora se mobiliza para recebê-la de braços abertos, tanto que pela manhã, alguns vizinhos pintam os muros pichados, consertam os vidros quebrados e varrem a residência deixando tudo pronto para o triunfal retorno de mãe e filha.

-Julgamos muito mal a garota. - Aimée confessa
-Você ainda gosta dela. Não gosta, Biel? - especula Fernanda

O silêncio de Gabriel já é a resposta.

Milene é tão cínica que compra um cachorrinho de pelúcia para Grazi e vai até a casa dela esperá-la. Amado, orgulhoso, a idolatra.

-Milene é mesmo uma menina de ouro. Caráter igual e coração tão puro não há.
-Obrigada, papai.

Fernanda e Mayra não se convenceram com o encerramento do caso e ao verem Milene pagando de santa perante a comunidade, não deixam de se sentirem ameaçadas.

-Nem sempre o bem triunfa. Olha ela ali... Que cínica desgraçada... Se eu pudesse, a puxava pelos cabelos e a fazia confessar tudo... - esbraveja Fernanda
-Ela vai ter o que merece.
-O problema é que às vezes a justiça demora muito pra ser feita.
-Mas sempre é feita. Deus nunca falha!
-Enquanto isso estamos a mercê da psicopata. - ironiza Aimée juntando-se as jovens
-Vê se fica bem de olho no Iury porque a vadiazinha é louquinha por ele. - Fernanda alerta a irmã
-Ela que mande um olharzinho malicioso pra ver se não a coloco em seu lugar. Comigo o buraco é mais embaixo.

A mesma mídia que crucificou Grazielle, agora a trata como santa e cobre sua chegada ao litoral como se ela tivesse vencido a Copa do Mundo.

-Uma multidão aguarda pela chegada de Grazielle Rodrigues. A jovem passou por uma semana conturbada e agora curtirá suas férias ao lado da amada mãe Sabrina e dos inúmeros amigos que ovacionam sua inocência provada após depoimentos bombásticos e uma inesperada reviravolta no caso...

Laly fica contente por Grazielle, mas tece duras críticas à dúbia conduta midiática.

-Antes de sair julgando os outros, que pelo menos tenha provas. Agora é tarde pra reparar o erro...
-Você vai ser uma jornalista bem polêmica. Fala o que pensa, não se deixa manipular e não leva desaforo pra casa. - Dorminhoco comenta olhando para o formato dos seios da moça
-Acho que meu problema por vezes é ser sincera demais. Acabo ganhando alguns inimigos por isso.
-E muitos admiradores. - Fuinha dá uma piscadela tentando seduzir Lalinha
-Mais inimigos que admiradores. - reforça Laly
-Poxa, galera, vamos sair, tomar um ar, curtir as férias. Ficar em frente à TV é perda de tempo em um dia tão lindo que nem esse. - intervém Dani segurando uma bola de vôlei em mãos
-Sabe que você tem razão? Logo tenho de voltar ao trabalho, a mesma rotina chata de sempre... Quero mais é desencanar de tudo e me divertir.

Som: Just like you do – Carly Simon.

Quando Grazielle reconhece Gabriel na multidão segurando uma rosa vermelha, seus olhos se enchem de lágrimas. Como pode ser amar tanto alguém desse jeito? E mais do que isso: esse sentimento continuar inabalável mesmo depois de tudo que aconteceu. Será que ele ainda sentiria o mesmo?

Os olhos de Gabriel se encharcam ao ver Grazielle. Eles param de frente para o outro, se olham por algum tempo e se abraçam. Biel olha bem dentro dos olhos da amada e ela pode sentir o quanto as lágrimas que não fazem questão de esconder são realmente sinceras.

-Biel...

Gabriel brinca carinhosamente com um dos cachos de Grazielle e ainda tímido, levanta a questão.

-Como é que nós ficamos?
-Como sempre estivemos. - responde Grazielle

Som: Como devia estar – Capital Inicial.

Diferente da rotina da minha cidade em que acordava cedo, arrumava a casa, passava o dia trabalhando e ia dormir cedo, em Curitiba eu podia me dar ao luxo de despertar bem mais tarde, assistir desenhos com Dani e Tulio, não arrumar a casa (era visita e não precisava fazer nada a não ser curtir minhas férias), almoçar e passear com Dani, Dorminhoco, Everton, Fuinha e uma galerinha simpática.

Fomos ao Parque Barigui jogar vôlei uma centena de vezes, cansamos de dançar nas discotecas da vida e mais do que nunca o Natal se aproximava. Com ele também o fim das férias e o recomeço da tortura. Era como aquela novela em que o vilão só adormeceu e a qualquer momento vai abrir as garras da mocinha novamente, apesar de eu fugir do estigma de santinha e perfeitinha. Aliás, odeio diminutivos.

Tio Abílio e Tia Conceição adoravam o Natal e decoravam a casa para Jesus, já ensinando ao pequeno Túlio o verdadeiro significado do nascimento de Cristo.

Até 1988, toda a família subia a serra para passar as festas de fim de ano com a vó Jocasta, no entanto, no ano seguinte ela faleceu e cada tio criou sua própria tradição. Meu pai e Tio Amado ceavam juntos enquanto Mili e eu ficávamos conversando, assistindo TV e aguardando nossos presentes, apesar de Papai Noel não ir muito com a minha cara.

Tio Abílio e Tia Conceição celebravam o Natal com os vizinhos, pois os parentes da tia moravam em São Paulo. Eles normalmente vinham para virar o ano em Curitiba.

-Lalinha, o que acha de convidarmos seu pai, Eleonora, Amado e Milene para passarem o Natal conosco?

-O senhor é que sabe, tio. Por mim tudo bem...

Fazia questão do Tio Amado e da Mili, afinal, tínhamos tanto assunto para colocar em dia. Se meu pai e Eleonora viessem, Gus era capaz de abandonar a tradição dos Figueira Antares e acabar com o espírito natalino.

Natal é realmente uma época de milagres. Eu que o diga! Na última hora meu pai e Eleonora resolveram não participar da festa natalina com Tio Abílio.

-Lamento muito, Lalinha. Eleonora está indisposta e não poderá comparecer. Sendo assim, Edilson ficará na cidade para tomar conta dela... - avisava Tia Conceição

Meus tios me deixavam telefonar para May e Mili. Lá no salão o movimento não poderia estar maior, tanto que minha amiguinha estava fazendo hora extra.

Mili, por sua vez, irradiava uma imensa alegria em sua voz e como não poderia deixar de ser, queria reparti-la comigo.

-Priminha do céu, se eu te contar essa novidade, você acredita?
-Claro que acredito, Mili! Qual é a novidade?
-TO NAMORANDO.

Mili estava mesmo namorando e eu era a primeira a saber. Que honra!

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