Abel escapa da morte e pede refúgio aos Gallardo! (IMPERDÍVEL!)
- Era só o que me faltava...
-O filho da mãe é ligeiro. – Abel se abaixa no banco a tempo de ser alvejado – Mas eu muito mais. – a munição acaba - Assaltante insistente...
O homem se atira em cima do carro para tentar estrangular Abel, mas o jornalista pisa no acelerador e faz uma curva, atirando para longe o capanga suspeito.
-E depois duvidam da capacidade dos baixinhos.
Abel acaba perdendo o controle da direção e o automóvel capota em um matagal.
As aulas de defesa pessoal anos antes o salvam, pois ele consegue pular para fora do automóvel, porém o sujeito continua o seguindo e o repórter age instintivamente para poder sobreviver.
As aulas de defesa pessoal anos antes o salvam, pois ele consegue pular para fora do automóvel, porém o sujeito continua o seguindo e o repórter age instintivamente para poder sobreviver.
Som: One last breath – Creed.
Nilton foi à casa de Gilberto para tentar recuperar Pepo, mas antes de qualquer coisa precisa enfrentar o chefe da casa. Ambos estão conversando de pé na sala.
-Mayra passou dos limites dessa vez, Gilberto. O senhor viu.
-Para princípio de conversa, Mayra não tem conhecimento do que está acontecendo e em segundo lugar, nós precisamos ter uma conversa muito séria.
-Vim só para buscar Pepo.
-Não o levará.
-Está me impedindo de ver meu próprio filho?
-Agora entende como Mayra se sente com tudo isso?
-Mayra vacilou muito...
-Quem vacilou, Nilton, foi você. Desde a separação você a está tratando de modo desumano e cruel. Em algum momento, nem que seja raro, você se colocou por um minuto no lugar dela?
-Por favor, Gilberto...
-Esse não é o Nilton que eu conheci. Eu sei que você não é uma má pessoa e que sabe dialogar, negociar, ceder...
Fernanda, Cybele e as crianças estão ouvindo a conversa no andar de cima.
-Quero ver se com meu pai ele engrossa... – avisa Fernanda – Aí eu desço e ele vai ter de me enfrentar e eu não tenho medo. Onde já se viu isso? Pensa que batendo e gritando com mulher será mais homem...
-E eu vou com você... – Lílian ergue a manguinha da blusa
-Até parece que você aguenta um tapa, sardentinha... – Rafael debocha
-E já começo com você, ameba.
-Vocês dois, por favor. – Cybele repreende as crianças que continuam se provocando através da leitura labial
Gilberto é paciente o bastante para conversar com Nilton sem que seja necessário o uso da força física.
-Pepo é quem mais sai ferido nessa história. O garoto está se sentindo abandonado, culpado, está alimentando valores errados e sentimentos que posteriormente contribuirão para que torne-se um adulto frustrado e infeliz. É isso que você quer para alguém que ama? Quer ver um pedacinho de você com a autoestima baixa, sem vontade de viver, brincar, estudar? Seu orgulho está destruindo a família, matando todos aos poucos, especialmente a May. Hoje o relacionamento de vocês não daria mais certo, mas você não pode negar que algum dia a amou, que ela te deu o maior presente que é Pepo; que juntos vocês compartilharam experiências, cresceram e precisam aprender a perdoar, por mais que pareça difícil e insensato. O perdão vai anular a força do rancor.
Som: Carolyna – Mel C.
A casa era uma miniatura muito bem desenhada do mundo real e eu sabia que não agradaria a todos, ainda mais quando resolvi me render a Flavio e tentar viver um romance, ainda que durasse apenas três noites e nunca mais nem sequer chegássemos a nos ver novamente. A duras penas eu aprendi a viver o agora e não exigir nada dos fatos porque passei a vida toda querendo ser surpreendida e hoje apenas quero viver em paz.
Fizeram-me crer que uma mulher inteligente não poderia ser bela, controverso conceito que me seguiu desde a infância. Como eu não fui exatamente uma criança bonita, estudava para compensar a ‘feiura’ e tentava me conformar com o fato de nunca encontrar alguém que fosse gostar de mim pelo que sou. Até encontrar Iury, que ao contrário dos garotos do colégio, me considerava a menina mais linda de seu mundo e eu poderia ser apenas outra jovem desengonçada tentando se encontrar.
Quando ingressei no mundo da pornografia e era tida como deusa, em frente as câmeras encarnava a mulher perfeita que se amava, embora sempre soubesse que quando estava de cara lavada ao acordar não era nem de longe a figura mítica que deixava marmanjos e tiozões babando nas madrugadas.
Formada em jornalismo, pensava em não exercer a profissão. Jamais aceitariam Judy Pankekinha como uma séria jornalista redigindo crônicas, noticiando, formando opiniões. Abel me mostrou com seu amor que ao lado dele eu não precisava ter medo de quem eu era. Ele era meu baixinho lindinho, amor e melhor amigo, mas sabia viver sem mim e eu precisava fazer o mesmo.
Dentro da casa estavam me julgando, pensando que eu estava fazendo tipinho ao dizer que gosto de ler e curto roupas mais comportadas que exaltem minha feminilidade e não me vulgarizem.
Flávio me compreendia porque os estereótipos também o perseguiam. Por ser lindo, acreditavam que ele poderia ser homossexual e burro, interesseiro, falso, fútil. Se alguém se habilitava a conhece-lo? Muito poucos...
-Eu não to nem aí para o que falam. Eu sou o que sou, sei quem sou, minha história, minhas lutas e não devo satisfações a mais ninguém além de mim. Não sou perfeito e não aceito palpites de quem só quer atrapalhar.
Não foi à toa que conheci Flávio. Já acreditei muito mais no que muitos chamam de destino, mas sabia sim que algumas pessoas se encontram quando precisam estar juntas, quando uma tem algo a ensinar a outra, seja o que for, quando for e Flavio poderia não ser meu anjo da guarda, porém juntos estávamos trocando confissões e experiências que nos deixavam muito mais próximos.
Apego sempre foi um persistente erro em minha vida e eu continuava vivendo dentro de um mesmo ciclo onde sempre me encontrava por baixo. Eu sofreria por Flávio mesmo já sendo mulher demais para que os outros me vissem chorar.
-Se eu sair você me promete que não vai chorar?
-E desde quando eu choro? – retruquei abraçada a seu peitoral
-Você está muito fragilizada e aqui na casa as emoções são sentidas o dobro de quando estamos lá fora... Você vai chorar porque eu sei que irei embora e vou te deixar aqui sozinha...
-Eu sou sozinha. Sempre fui.
-E se sente sozinha...
Todos se sentem sozinhos. Sempre falta algo. A perfeição é outra escravidão. Mata e enlouquece, mas jamais se alcança.
Som: Tarzan boy – Baltimora.
Abel fez um BO contra o misterioso atirador e o atentado será investigado. Como o jornalista corre risco de vida, terá de andar escoltado e por medo de sofrer outra emboscada, resolve pedir abrigo aos Gallardo.
Abel tenta entrar pela janela, mas Chiquinha e Bolinha (os yorkshires) escutam ruídos do lado de fora da residência e correm latir insistentemente em direção a janela da sala. A família inteira acorda com o barulho e Gilberto desce as escadas para ver o que está acontecendo:
-Que deu nesses cachorros hoje?
Os cães latem e Abel cai no gramado quando Gilberto abre a janela:
-Abel?
Fernanda, Cybele e as crianças chegam à sala.
-Que foi isso? Ladrão? – Lílian coloca Chiquinha no colo
-Isso não é hora de cachorro estar brincando... – reclama Cybele, ainda com sono
Gilberto, de pijama, sai de casa e vai atender Abel.
-Deixasse pra visitar Fernanda durante o dia.
-Posso dormir aqui essa noite? – Abel, ofegante, implora
-Aqui não é pensionato não, Abel Santiago. Não vou deixar que chegue a um centímetro de Fernanda se não tem a mínima intenção de firmar algo sério com minha filha.
-Só essa noite, senhor Gilberto. Prometo que não faço barulho.
Todos, na janela, assistem a cena sem nada compreender.
-Fernanda, ele tava pretendendo fazer uma serenata... – Lílian provoca Fer
-Serenata? – nem Fernanda acredita no que ouviu
Gilberto não consegue negar favor a Abel.
-O sofá é confortável. Aliás, é um sofá-cama.
-Eu sou compacto, senhor Gilberto. Durmo quietinho...
Abel e Gilberto entram em casa.
-Abel passará o resto da noite conosco. – Gilberto informa
-Foi despejado? – Lílian pergunta
-Mais respeito com Abel, Lílian.
-Você não tem casa, não?
Os cães vão farejar os pés de Abel, que faz graça.
-Os pimpolhinhos não mordem, né? – se agacha para afagar os cachorrinhos
Abel dorme na sala, mas vai embora antes que todos acordassem. Mais tarde, já de dia, Cybele, sem entender a visita de Abel, conversa com Gilberto.
-Que deu nele de vir dormir aqui?
-Ele me disse que não poderia contar, mas precisava de ajuda.
-Que tipo de ajuda?
Som de suspense...
O homem misterioso que tentou matar Abel está usando um orelhão público próximo a praia. Ainda faz uso do capuz que impede ao público de ver seu rosto.
-E aí?
-Não deu.
-Não temos tempo para brincadeiras.
-Como se eu estivesse brincando...
-Não conseguiu acertar o desgraçado? – a voz feminina berra ao telefone e seu rosto não é mostrado
-Eu quase consegui, mas ele escapou no último instante, Leka. Você não me disse que o cara era difícil.
-Difícil porque você é um burro. BURRO. INCOMPETENTE. NÃO VALE NEM MESMO OS POUCOS CENTAVOS QUE RECEBE.
-POIS SE NÃO RECEBER, ELEONORA MORAES, EU REVELO ALGUNS SEGREDINHOS DO SEU PASSADO QUE PODEM MUITO BEM COMPROMETER TODO O MISTÉRIO SOBRE SEU DESAPARECIMENTO...





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