quinta-feira, 5 de abril de 2012

Confissões de Laly Cap 135 - Correndo contra o tempo! (IMPERDÍVEL!)


Correndo contra o tempo! (IMPERDÍVEL!)

-Está me ameaçando?

-Entenda como quiser.

-Bom mesmo que preze por sua vida.

-Digo-lhe exatamente o mesmo, cara Leka.


-Leka é para os íntimos. Você é apenas um serviçal, um qualquer, portanto, para você sou senhora Eleonora.

-Quem te viu, quem te vê, esfomeada. Só ganhou notoriedade porque o chefão morreu.

-Olha o respeito com sua chefe, mascaradinho. Quem dá as ordens por aqui sou eu...

A discussão está ganhando tensão a cada suspiro.

-Ele é muito ágil. – desabafa o bandido encapuzado também ao celular

-Você é mesmo um incompetente. Vai morrer no lugar dele...

-Podemos tentar novamente.

-Não sabe nem mesmo atender a uma encomenda. Está querendo ditar as ordens por aqui? Bom mesmo que agilize o trabalho. O chefe não gosta de esperar...

-Precisamos convocar uma reunião de emergência.

-Está bem, está bem. Nos reuniremos todos às 17:00. Se não der certo, quem vira presunto é você.

Som: Clocks – Coldplay.

Abel participa ao vivo do jornal matinal local para informar acerca do atentado que quase o matou.

-A Toda Poderosa paga o preço por lutar pela verdade. Eu, Abel Santiago, mensageiro da justiça, ontem à noite sofri um atentado ao sair das imediações da emissora...

Nilton sempre assiste ao noticiário antes de sair para trabalhar.

-Isso aí não foi atentado não. Foi mulher querendo se vingar, cara. – debocha

-Atentado? – Naira pergunta – Por causa do Caso do Gustavo?

-Que nada... O cara sai com tanta mulher que deve ter pegado uma vingativa. Todo mundo sabe que o salafrário não vale nada, Naira. Esse caso aí daqui a um mês ninguém nem lembra mais...

-Quem também não anda valendo muito é você, Nilton.

-Poxa, Naira... Por quê? – afaga os cabelos de Naira ainda na cama

-Pelo jeito como trata Mayra.

-Hoje mesmo eu resolverei isso.

-Vê lá o que você vai fazer, hein? Se for maldade, não conte comigo.

Som: Never can say goodbye – Jackson 5.

-Se importaria se Abel morasse conosco por algum tempo?

-Temos espaço para mais alguém? – questiona Cybele

-Temos espaço para quem mais precisar... – Gilberto e Cybele se beijam

Lílian, que acordou sozinha, desceu as escadas e não deixou de ouvir a conversa dos adultos.

-Abel vai virar morar aqui?

-Já acordou, Lílian? – o beijo acaba e Gilberto pergunta

-O Abel vem mesmo morar aqui? – Lílian apanha a caixinha de iogurte na geladeira, um copo e se senta à mesa

-Por um tempo. – responde Cybele

-Ele foi despejado?

-É um assunto bastante delicado, Lílian. No momento ele pediu para que ninguém de nós comentasse a respeito.

Som: Missing – Mariana Kupfer.

Mayra está saindo da academia. Nilton está parado com os braços cruzados em frente ao ginásio. May o ignora e continua caminhando. O gordinho tenta abordá-la:

-Ei, May...

-Ei nada, sai pra lá.

-Vim em missão de paz.

-E só sabe fazer guerra.

-To falando sério, Mayra. – tenta fita-la diretamente

-Nós não temos mais nada a tratar. Quem faz o que você fez não merece atenção.

-Eu me exaltei.

-Acontece que não é a primeira vez que você fez isso, Nilton.

-E foi a última.

-Quem garante? – May encara Nilton

-De coração, May. Ontem eu percebi que nós devemos parar com isso.

-Nós uma ova. Você.

-É... Eu sei... – a tristeza nos olhos de Nilton faz May se emocionar

-Você ta falando sério?

-Pelo nosso filho, May. Pepo não merece isso.

-Se você estiver mesmo disposto a encontrar a paz, saiba que estou de pleno acordo, Nilton. A única coisa que quero é ter o direito de ver meu filho. Não se lembra de que as aulinhas dele começam na segunda-feira?

-Já?

-Não me diga que você nem sequer comprou o material escolar dele? – May coloca as mãos em volta da cintura – Você não tem jeito mesmo, né, Nilton?

-Isso quer dizer que estamos em paz?

-Depende de você. – May e Nilton se abraçam e a moça relata isso à mãe, que desconfia da bondade de Nilton

-Depois do que fez ficou tudo bem?

-Ele pediu desculpas, mãe.

-Como se depois que pedisse desculpas anulasse todo seu sofrimento...

-A senhora mesmo disse que a gente precisa aprender a perdoar.

-Uma coisa é perdoar e outra é ser feita de boba, Mayra. São totalmente diferentes.

-Desde que possa estar com Pepo, suporto tudo.

Som: Every man must have a dream – Liverpool Express.

Iury está em seu consultório terminando de conferir o prontuário do próximo paciente e quando olha para o porta-retrato onde está uma foto de Laly, se lembra dos momentos vividos ao lado da protagonista. Algo parece preocupa-lo.

Iury pode ouvir os pacientes na sala de espera comentando acerca do reality show e do namoro entre Laly e Flavio.

-O casalzinho se pegou ontem à noite. Uma pena que cortaram a melhor parte. – comenta uma senhora

-Acho que ali é tudo armado para o casal ganhar. – um senhor critica

-Até eu traçava a Judy... – um garoto comenta – Isso é, se eu tivesse chance...

Iury se lembra de que Laly tentou salvar o relacionamento e ele não conseguiu perdoá-la, o que o faz suspirar e encarnar o impassível médico.

Som de suspense...

Abel recebe mensagens ofensivas pelo celular:

-De ontem você escapou, anãozinho. Da próxima não...

Abel mostra as mensagens à polícia, que tenta rastrear o número tido como ‘privado’.

-Bem típico de uma facção muito bem organizada.

-Represália dos Figueira Antares.

-Acompanha séries de investigação?

-Nem precisaria...

Abel sai escoltado da emissora para morar na residência dos Gallardo até que as ameaças cessem, embora isso também implique em perigo para Gilberto e seus entes queridos. Ainda assim, a família acolhe o jornalista.

-Espero que dessa vez o propósito do mal chegue ao fim. – Fernanda prepara o sofá cama para Abel

-Com minha miss, não tenho motivos para me preocupar. – Abel tenta agarrar Fernanda

-Sem chance. – Fer se afasta – Meu pai não merece isso.

-Não merece um genro a minha altura?

-Nem sonha com isso.

-Pensei que estivéssemos juntos.

-Da minha parte nós estávamos, mas parece que nem mesmo quando está próximo de perder a vida a leva mais a sério.

-Isso é ruim?

-Você já deveria saber.

Som de suspense novamente...

Eleonora, mesmo não estando reunida com a facção criada por Gustavo na prisão, dá as ordens:

-O cara não vai ser burro. Ele vai tentar se proteger, se esconder, tentar nos apanhar, mas precisamos ser mais espertos...

-Eu posso descobrir onde ele está. – avisa o mascarado

Os comparsas de Gus debocham do assassino desastrado e Eleonora coloca ordem no recinto:

-Quem der mais um pio ta ferrado. Quem dá as ordens por aqui sou eu.

-Imitação barata do chefão.

-Menos palavras, mais ação. Bando de palermas. – grita – Gustavo tinha razão quando dizia não confiar em ninguém.

Gustavo detestava Eleonora, desconfiava de que algum dia poderia vir a ser traído pela madrasta de Laly, porém foi esperto o bastante para apresentá-la a sua facção e fazer dela mais uma integrante do eixo do mal.

-Aqui é cada um por si. Um vacilo e seu mundo acabou. Somos intolerantes a fracassos. Encomenda bem-feita é encomenda pronta.

Eleonora sempre fingiu ser burra para poder tirar proveito de todas as situações, então decorou todas as senhas utilizadas por Gustavo, os dialetos usados pelos bandidos e mesmo sendo um pouco rejeitada pelos presidiários, é a melhor substituta a frieza do vilão por ser duas vezes mais perigosa que o falecido chefão.

As últimas informações que chegam até os ouvidos de Eleonora são de que Abel ‘mudou-se’ de residência.

-Quero o paradeiro de Abel em 3 dias ou todos estão mortos.

-3 dias é pouco tempo.

-Como é que é? Eu deveria solicitar o favor em 3 horas, seus vagabundos incompetentes. Dou colher de chá e vocês ainda me fazem essa desfeita? Ora, ora, seus preguiçosos. Vão trabalhar... – Eleonora estala os dedos – O plano que tenho para Abel é muito grandioso. – sorri diabolicamente

Som: Já é – Lulu Santos.

Laly e Flávio curtem o breve romance enquanto podem, pois no domingo é provável que o go go boy deixe a casa.

May e Nilton vivem em aparente paz, o que anima o pequeno Pepo, que poderá ir à aula acompanhado da mãe.

Abel está mesmo morando com os Gallardo e tenta assediar Fernanda, que o ignora de todas as formas. Justificável ou não, também manifesta ciúme ao ver Laly aos beijos com Flávio.

-Esse aí tem que sair da casa...

-O Flávio é legal. Que saia o Jefferson... – Lilian retruca

-O Flávio é um cafajeste. Onde já se viu traçar a mulher dos outros? Não se tem mais respeito pelos relacionamentos?

-Olha quem fala... E o que você mais faz? – Gilberto se contrapõe ao jornalista

-Esse cafajeste está manipulando a opinião alheia...

-Ao menos ele se interessa em demonstrar o que sente. – May se inteira do assunto

-Todo cafajeste sai como bonzinho. Eles têm o poder da retórica.

-O senhor que o diga... – brinca Pablo

May e Pablo foram visitar Gilberto que pediu pizzas para todos.

-Mais cafajeste é quem diz. Cafajeste é pato que já nasce com os dedos colados pra não usar aliança. Eu sou um cara legal e o povo é que fala mal. Safado é esse aí que se aproveita de uma bela moça como a leoa aí (Lalinha) para fazer estrago.

-Mais do que você fez, impossível. – Fernanda situa Abel

-EU?

-O senhor, sim, senhor.

-Mas só pode estar havendo um engano... Eu sou um cara legal, poxa. Qual é?

A Toda Poderosa, por estratégia de marketing, sempre corta a melhor parte do reality para aumentarem as assinaturas do pay per view. Os Gallardo já mudam de canal para acompanhar a movimentação da casa sem cortes.

-Esse cafajeste sai da casa ou eu não me chamo mais Abel.

-Melhor procurar outro nome, então. – brinca Lílian

O riso toma conta do ambiente, assim como o cheirinho de pizza quente, refrigerante aberto e as colônias de alguns personagens. Tudo isso até uma enorme pedra trespassar a janela e estilhaçar o vidro.

E CONTINUA...

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