Valentina se agarrava em mim, na esperança de que eu pudesse protegê-la. E eu faria o possível e o impossível para isso.
Rafa, que era o mais cabeça no lugar, tentou algum diálogo com o tio e a avó dela, mas eles estavam irredutíveis. Determinados a arrastá-la de qualquer jeito para o fim de mundo onde moravam.
O tio dela, Eudes, entrou na minha casa e a puxou pelo meu braço. Eu tentava brigar com aquele cara com quase o dobro da minha altura.
- Solta a minha sobrinha ou eu chamo a polícia!
- Vai chamar polícia porra nenhuma. Eu vou chamar por ter entrado na minha casa sem permissão.
- Vai chamar polícia porra nenhuma. Eu vou chamar por ter entrado na minha casa sem permissão.
Até que ele conseguiu pegar a Valentina de mim. Ela se debatia nos braços do tio, e eu tentava fazer com que ele a soltasse, mas sem sucesso.
- Solta minha namorada seu filho da mãe!
- Solto é porra! Valentina é muito nova pra ter namorado, ainda mais juntos na mesma casa.
- Solto é porra! Valentina é muito nova pra ter namorado, ainda mais juntos na mesma casa.
- Eu amo sua sobrinha!
Eudes fez de conta que não me ouviu. Colocou Valentina dentro do carro como se ela fosse um vagabundo no camburão da polícia, depois abriu a porta da frente do para a avó.
Minha menina batia no vidro traseiro do carro enquanto ele seguia para o seu destino. Eu corri o máximo que pude para poder alcançá-lo. Ela me olhava, seus olhos brilhavam e eu queria muito estar perto dela. Isso me dava forças para correr atrás do veículo. Eu não tinha muito fôlego, e quando não aguentei mais, parei e me ajoelhei, vendo Valentina indo embora, chorando, precisando de mim.
Meus amigo, Rafa e Ludi, vieram e me abraçaram, compartilhamos minha dor naquele momento.
Eu não tinha mais forças pra continuar a viver sem a Valentina, não, não!
O que fazer? Me suicidar? Ou arranjar um jeito de trazê-la de volta?
Façam a alegria do autor: comentem! (:
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