segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Fórmula do Amor: Cap. 68 - Obrigado Guns N' Roses (Últimos Capítulos)




Diário do Rafa


Franz Ferdinand - Walk Alway 


Acordei bem cedo, mas ainda caindo de sono. Depois daquela aventura gastronômica, não consegui dormir muito bem.


Tomei meu café, e corri para o supermercado. Seria lá a entrevista.


Havia mais algumas pessoas lá, de todas as idades, mas na maioria eram jovens à procura de estágio. Eu sabia que alguns cursos contavam muito, e eu tinha um ótimo de informática no meu currículo. Só bastava o entrevistador (ou sei lá como se chama) me aprovar.





Havia dado uma olhada na net sobre algumas dicas para entrevista e estava guardado tudo na minha mente. A secretária me chamou:


- Senhor Rafael Monteiro?


- Sou eu.


- Por aqui.


O homem que me entrevistaria era um senhor bem apessoado, mas com aquela cara de rígido que algumas pessoas adoram impor.


- Bom dia. - falei, estendendo a mão. Achei que ele não ia apertar, mas depois de olhar bastante tempo pra minha cara, apertou. Quem assistiu “O Diabo Veste Prada", pode comparar aquela mulher,a chefona de cabelo branco, com ele.


Detalhe: eu não conseguia segurar meu nervosismo.


- Boa tarde. - Ele percebeu que eu estava nervoso - Calma garoto. Primeiro emprego, não é?


- Sim. Foi mal, eu nunca enfrentei uma parada dessas.


Ele olhou pra mim mais uma vez e sorriu. Achei que ele não tinha resistido e rido da minha cara. Pensei logo que aquilo não passaria de uma entrevista frustrada.


E quando eu achei que aquilo poderia ficar pior, eis que toca meu celular. Sweet child o`mine. Nunca aquela música do Guns N` Roses me apavorou tanto. Nunca eu odiei tanto ter posto aquela música como toque de chamada no meu telefone.


- Desculpa... - falei mais uma vez desligando o telefone. - Quem sabe nós não podemos começar de novo e...


- Você gosta de Guns? - Ele perguntou, espantado.


- Sou muito fã.


- Não mais do que eu! É estranho um garoto da sua idade gostar de uma banda tão antiga ...





Rock? Ah, não? Dali o papo fluiu. Esqueci foi de tudo. Na verdade, nós dois esquecemos que aquilo ali era uma entrevista de emprego.





Diário da Andreza


- Rafa, que cara é essa? - Perguntei. O coitadinho parecia estar triste, decepcionado.


- Eu consegui! - Ele gritou, mudando totalmente de face. - Eu tô empregado porra !!!


O safado tinha me enganado! Que bom que estava dando tudo certo. Ele me contou das trabalhadas da primeira entrevista dele, e por causa de um simples toque de celular conseguiu um cargo muito melhor do que ele queria. De carregador de caixas à caixa de supermercado já era um grande avanço. Quem sabe dali a um tempo ele não se tornaria gerente?





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