sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A FÓRMULA DO AMOR: CAP. 94 - NA MIRA (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)




Dois góticos tiraram-nos da parte detrás do carro.

- Vocês podem pegar o carro e  dar uma volta por aí. Me encontrem daqui a meia hora nesse mesmo lugar. – Disse Madalena a Richard e aos dois góticos.

Eles a obedeceram, e logo eu e Valentina estávamos a sós com uma maluca apontando uma arma para nossas costas.

O local era deserto: matos e mais matos para onde quer que nós olhássemos. Minhas pernas tremiam e ainda mais quando a maluca ordenou que nós caminhássemos para frente e de costas viradas pra ela.

- Já era, Valentina. Ela vai matar a gente.

- Fica frio Berg. Confia em mim.

- O que você vai fazer?

Ela ficou em silêncio. Continuamos caminhando devagarzinho até que de repente Valentina virou e correu em direção à Madalena. A gótica surpreendeu-se e quando menos vi as duas estavam brigando feio segurando no tal revólver. Valentina tentava tirar a arma das mãos dela, mas não conseguia.

- Corre cara! Faz o que a gente combinou!

Som de um tiro. Sangue espalhando-se pelo chão. Logo um corpo caindo. Sirenes policiais logo depois.

- VALENTINAAAAAAAAAA!!! – gritei. Era o fim.

Madalena abaixou o braço onde estava o revólver, e com uma cara perplexa olhava para mim, que estava tentando salvar Valentina. Foi um tiro no estômago.

- B..B...Berg ...

- Fica calma, meu amor. A polícia tá por aí.

- Eu não vou resistir.

- Vai sim, vai sim! – levantei a cabeça e olhei para Madalena - Tá feliz sua vadia doente!?

A polícia chegou. Eles agiram rápido e logo estavam algemando a garota. Outro policial solicitou uma ambulância.

*

Logo eu estava em casa. Mas depois eu, meu pai e Ludi fomos até o hospital.

Tudo dera errado!Além de não conseguirmos resgatar Débora, Valentina estava entre a vida e a morte dentro da sala de cirurgias.

- Ela precisa de uma transfusão. – disse o médico. – Temos que entrar em contato com alguém da família dela urgentemente.

- A gente tem que falar com a mãe dela!

- Vai ser difícil hein. – disse Ludi.

- Vamos conseguir sim. Pai leva a gente de carro até lá. – implorei.


Diário da Ludi


Embora fosse difícil, Berg quase se ajoelhou nos pés da mãe da Valentina.

- Eu só peço isso. Por favor. Ela precisa da ajuda da senhora.

- Aquela menina matou o pai dela.

- É A SUA FILHA! ELA ESTÁ CURADA DAQUELE VÍCIO FILHO DA PUTA! PARA DE JULGAR SUA FILHA E AGE!

Silêncio.

- Eu vou. Mas que fique claro: pra mim ela é uma estranha.



Diário de um Nerd

Depois de algumas horas, da transfusão dos comentários idiotas da mãe da Valentina e da minha mãe por telefone, o médico chegou pra dar a notícia.

Coração na boca. Minha menina tinha de sobreviver, tinha sim. Tinha sim!

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