Episódio 7 – “Dom Casmurro”, romance de Machado de Assis
O casal de namorados mais popular do colégio, Dalila e João Felipe, separa-se, gerando uma onda de boatos. De uma hora para outra, eles nem se cumprimentam mais, suscitando versões sobre a infidelidade dos dois. Deixando vir à tona discretamente um possível interesse romântico seu por João, Thereza o apoia. Mas também percebe uma mudança física em Dalila - ela não está tão exuberante como antes, seu olhar é distante, um olhar triste. Thereza o compara ao de Capitu, de “Dom Casmurro”, um olhar de mar ressacado. Mas contrapondo-se ao romance de Machado de Assis, narrado pelo ponto de vista do homem, Thereza decide conhecer a versão de Dalila, a versão de Capitu.
Sobre a obra :
Dom Casmurro é um
romance escrito por Machado de Assis em 1899 e publicado pela Livraria Garnier. Seu personagem principal é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira
pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida", ou seja, unir relatos desde sua
mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos
Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se
torna o enredo central da trama. Ambientado
no Rio de Janeiro do Segundo Império, se
inicia com um episódio que seria recente em que o narrador recebe a alcunha de
"Dom Casmurro", daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando
ferramentas literárias como a ironia e uma intertextualidade que
alcança Schopenhauer e
sobretudo a peçaOtelo de Shakespeare.
Ao longo dos anos, Dom Casmurro, com seus temas
como o ciúme, a ambiguidade de Capitu, o retrato moral da época e o caráter do narrador,
recebeu inúmeros estudos, adaptações para outras mídias e sofreu inúmeras
interpretações, desde psicológicas e psicanalíticas na crítica literária dos anos 30 e dos anos 40, passando
pelo feminismona
década de 1970 até sociológicas da década de 1980, e adiante. Creditado como um
precursor do Modernismo e de
ideias posteriormente escritas por Sigmund Freud, o livro influenciou os escritores John Barth, Graciliano Ramos e Dalton Trevisan e
é considerado por alguns a obra-prima de
Machado. Além de ter sido traduzido para outras
línguas, continua a ser um de seus livros mais famosos e é considerado um dos
mais fundamentais de toda a literatura brasileira.
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