22º
Capítulo - Fernanda e Mayra vivem horas perigosas!
Fernanda
está com febre e geme de dor no sofá. Gilberto, que foi pescar com Aimée e
Iury, deixa os jovens em frente a casa enquanto vai ao mercado. Aimée, ao
entrar, encontra a irmã agonizando.
-Paaai...
-Fernanda.
O que houve? – Aimée se dirige até o sofá
-Eu vou
morrer.
-O que
você tem, Fernanda? Fala pra gente, por favor. – Aimée está desesperada com a
reação da irmã
-Eu vou
morrer. – Fernanda fala mais alto
-O que a
gente faz, Iury? O que a gente faz?
Iury,
instintivamente médico, solicita a ajuda de Aimée e ambos conduzem Fernanda até
o hospital mais próximo, a 5 quadras da residência, onde se encontram com
Emília e Naira também dando entrada com Mayra desacordada.
Gilberto volta
para casa com algumas sacolas e já percebe algo de anormal quando encontra a
porta principal escancarada e ninguém presente, por mais que chame.
-Alguma
coisa não está certa. Cadê todo mundo?
Gilberto
coloca as sacolas em cima da mesa da sala de jantar onde avista o tapewere
aberto com o bolo de chocolate e sorri pensando que se trate de mais uma das
aventuras culinárias de Fernanda.
-Fernanda,
Fernanda... Não tem jeito essa menina.
Ao
utilizar a faca para cortar um pedaço, é indescritível a reação de Gilberto ao
constatar veneno de rato no quitute. Algo realmente está muito errado.
Som de suspense...
Milene gargalha loucamente em seu quarto
lembrando-se da dose letal de veneno de rato que colocou no bolo de chocolate
que preparou especialmente para matar Aimée. Pressionou Grazielle a furtar do trabalho uma
substância que se ingeridas por humanos, pode levar a morte. Estava tudo se
encaixando.
-Eu sou PERFEITA! Eu sou PERFEITA.
Milene imagina Aimée comendo o bolo e ri tanto
que preocupa Amado a ponto de ele parar em frente à porta do dormitório e
averiguar a razão de tanta diversão.
-Tudo bem, filha?
-Não poderia estar melhor, papai.
-Rindo tanto só pode estar feliz.
Milene corre ao encontro do pai.
-E estou mesmo...
Som de suspense...
Emília e Gilberto
estão desesperados no PS. Fernanda e Mayra estão sendo examinadas. Em um dia
normal teriam de esperar o dobro para serem atendidas, tratando-se de um
hospital público, entretanto, por se tratarem de um caso grave o qual iminente
é o risco da vida, as adolescentes são prioridade.
Naira chora e reza
muito pela irmãzinha. Aimée, abraçada a Iury, chora muito. Apesar de não amar a
namorada, o jovem a ampara, afinal, também se comove com o drama das famílias
Sanches e Gallardo.
Gabriel foi informado
acerca do estado de saúde de Fernanda e está indignado, ainda sem compreender a
notícia.
-Bolo envenenado? Como
assim? - Biel levanta a questão
-Eu
encontrei a substância no bolo que Fernanda preparou.
-Fernanda estava com vontade de comer
bolo, mas estávamos sem achocolatado e ela resolveu não fazer nada. Estou sem
entender...
-Fernanda não estava pensando em morrer, estava? - indaga
Gilberto
-Fernanda AMA a vida, pai. Morte nem passa pela sua cabeça.
-Tem certeza? Ela não tem agido de forma estranha nos
últimos dias nem nada? Mas também, vocês jovens quando dão pra ficar de
segredinhos é um problema. - Gilberto discursa
-De quem diabos era esse bolo? - Emília investiga
-Talvez o
pastor tenha mandado entregar. A Fer e a May são amigas das filhas dele... -
Naira sugere
-E um
pastor seria capaz de uma atrocidade dessas? - retruca Aimée
-Nunca se
sabe... - Gabriel sacode os ombros
-Agora só
nos resta rezar e torcer para que nossas filhas resistam. - D. Emília
choraminga
-Continuaremos
rezando, mãe. Não rezo apenas pelas garotas, mas para tocar o coração dessa
pessoa perversa que envenenou os bolos.
Naira se
lembra do selinho que deu em Nilton e se sente culpada pelo que fez, embora não
demonstre para ninguém.
-Espero
que Mayra não pague com a vida por causa de um erro meu.
Som: Olhos certos – Detonautas.
Milene tem sangue frio percorrendo pelas veias. Enquanto o pai lê sentado na poltrona da sala, a adolescente,
para disfarçar a ansiedade, interrompe a leitura do pai sentando-se em seu
colo.
-Algum
problema, Milene?
Adotando
os trejeitos da criança inocente existente apenas para Amado e Laly, Milene
acaricia o peitoral do pai, de forma leve, repetitiva, de modo que faz o homem
entender que deve realizar os desejos da filha.
-Papai, o que acha de jantarmos fora hoje?
-Você quer mesmo, querida? Depende só de você...
-Hoje estou particularmente feliz e quero celebrar.
-Que assim seja, anjo.
Som: Flores (acústico) – Titãs &
Marisa Monte.
Gustavo, ansioso, conversa com Edílson ao telefone.
-Se Laly não aparecer nas próximas 24 horas, aciono a
polícia.
-Já deveria ter feito. - reclama Edílson
-Eu tenho em minhas convicções que seu irmão Abílio está a
escondendo em sua casa...
-Abílio é um pateta intrometido. Aproveitarei o Natal para
conversar com ele.
Som: Dove – Moony.
Tia Conceição nem
mesmo esperou passar o vestibular para conversar comigo.
Assim que terminamos
de jantar, Dani e Tio Abílio se responsabilizaram pela louça enquanto Tia
Conceição e eu subimos até o quarto de Dani e resolvemos conversar a portas
fechadas.
-Lalinha,
eu sei que esse não é o momento mais adequado para conversar sobre isso, mas
acredito que está na hora de esclarecer alguns pontos de interrogação que não
só eu, mas o Abílio também está...
-Do que
fala, tia?
-Lalinha,
eu não sou boba.
-Eu estou
bem...
-Sei que
está nervosa por causa do vestibular e lhe peço desculpas por deixar mais
ansiosa, mas não posso mais deixar essa conversa pra depois.
Estava tão óbvio até
para um cego!
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