terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Confissões de Laly Cap.88 - Abel volta a cidade para procurar Laly! (IMPERDÍVEL!)


Abel volta a cidade para procurar Laly! (IMPERDÍVEL!)

Fernanda quase se afogou com a pipoca e como alguém que custa a acreditar no que acabou de ouvir, fez um pequeno silêncio para se certificar de não ter escutado nada além da conta. Enfim, perguntou:

-Como é que é, amiga?

-Judy Pankekinha sou eu!

Outra pausa. Perturbação. Quebra de confiança.

Contaria nos ponteiros do relógio os segundos para ser escorraçada do honrado lar dos Gallardo.

Salva pela gargalhada ainda incrédula e ao mesmo tempo, talvez um alívio, mesmo falso. Minha vida toda foi uma grande mentira.

-Não brinca?

-Eu estou falando sério.

-Caraca, se for mesmo sério, é um grande fato, amiga.

-Isso tem que ficar só entre nós.

-Meu Deus! – rindo, colocou as mãos na boca – Você é uma diva!Você é Judy Pankekinha, a rainha dos doidos, depravados, notívagos, bizarros e incomuns. Não, não dá pra acreditar!Você com essa carinha de anjo... Como nunca percebi?

Ótimo! Iria perder minha melhor amiga...

-Por que parou?

-Parei porque conheci Abel. Quer dizer, não parei exatamente quando conheci Abel, mas quando nos apaixonamos.

-Eita traste dos infernos. Acabou com a tua vida.

-Você ta brincando, não ta?

-Do jeito que as coisas estão hoje, um programa na TV você teria. Mais: algum diretor bem doidão se interessaria em rodar um filme sobre sua vida. Já pensou que show?

Fernanda, definitivamente, não era normal. Só podia mesmo ser minha melhor amiga.

-Parou por quê?Só porque o traste disse a frase com A?

-Parei porque consegui um emprego de verdade.

-Você tinha um emprego. Podia ser obscuro e refutado pelo resto do mundo, mas você fazia um bom trabalho. Até hoje ninguém te superou. Vira e mexe alguém sempre fala de você, quer saber por que você sumiu do mapa. Você é uma lenda!

-Fer, fama e juventude são passageiras. Além do mais, uma hora ou outra ainda corro o sério risco de ser reconhecida por alguém. Já pensou que desastre?

-Desastre?Você chama isso de ‘desastre’?Queria eu ter conseguido um bico desses pra não ter sumido da mídia.

Fernanda era a primeira pessoa depois de Abel a saber da minha carreira ‘paralela’. Não omiti detalhes.

-Promete que ninguém mais fica sabendo disso?

-Da minha boca ninguém ouve nada, amiga. Fica tranqüila que teu segredo vai ficar bem guardado.

Acabei assistindo a incrível performance aos 20 anos e percebi que se não tivesse vivido nada daquilo jamais aprenderia a valorizar meu biótipo (que fez um grande sucesso), o dinheiro, a liberdade, os momentos de prazer, os melhores amigos, o amor e suas arapucas.

Conheci meus limites e medos concretizados quando fui viver por conta própria. Não queria ser um peso morto na casa de meus tios. Não queria dever favores a ninguém. Muitos podem dizer que trilhei o caminho mais ‘fácil’, mas não é assim que vejo as coisas.

Quantas moças leriam o anúncio e visitariam o pombal?

Quantas não desistiriam logo na primeira cena picante?

Quantas deixariam a fama subir a cabeça e padeceriam ao vício?

Realmente tive, se assim posso dizer, bastante sorte, pois soube de muitas imitações de Judy sem sucesso. Eu mesma não pensei que me tornaria a deusa do sexo. Pensava apenas em fazer os filmes para poder continuar morando na pensão de D. Cotia e não abandonar os estudos. Pararia assim que conseguisse um estágio remunerado na minha área. Só não imaginei que as simples cenas da jovem Judy chamariam tanto a atenção do público e meu contrato seria renovado tão cedo.

Abandonei a carreira por livre e espontânea vontade. O amor que sentia por Abel me deixou um tanto egoísta e falando no diabo, ouvi uma buzina muito conhecida, mas desencanei instantaneamente. O que Abel estaria fazendo aqui?

-Fer, tem alguém buzinando aqui na frente. Vai ver quem é.

-Não estou esperando ninguém. Você ta?

-Não...

Fernanda espiou pela cortina e virou-se para mim.

-Laly, é ele.

-Ele quem.

-Como quem?O traste!

E era mesmo!

-Diz que eu não to, Fer. Diz que eu não to.

-Ele ta parado em frente ao carro.

-Vou me esconder, Fer. Não o deixe saber onde estou.

-Só me pergunto como ele descobriu o endereço.

-Mas descobriu...

Som: Fogo – Capital Inicial.

Iury está visitando Nilton e May. Mayra está lendo no quarto enquanto Nilton monopoliza a TV assistindo futebol e fofoca:

-Segundos fontes confiáveis, a gata vai passar 3 meses aqui.

-Licença?

-Exatamente!O stress ta virando epidemia.

-Hei primão, você tem alguma foto daquele dia?

-Tenho um álbum.

-Do Show de Talentos do nosso ano. Do teu casamento eu já vi tudo uma centena de vezes.

-Posso trazer tudo se quiser.

-Se Lalinha estiver, melhor ainda.

-Não sei se ela tá, mas deixe-me ver. Mayra é cheia de guardar cacareco como recordação.

Iury encontra grandes relíquias nos álbuns de Nilton e faz uma cópia gigante de uma foto em que está ao lado de Laly.

Som: Why don’t you and I – Santana & Nickelback.

Fernanda sai de casa para atender a Abel e se surpreende com o jornalista, pois não imaginava que voltaria a se sentir como quando tinha 15 anos e conheceu Mário.

-A Laly tem mesmo razão em se apaixonar por ele. – pensa

-A Laly não me disse que a miss era um avião. – Abel pensa

Abel se debruça no murinho da casa de Gilberto e cumprimenta Fernanda com um sorriso que a deixa completamente desconcertada:

-Boa tarde!Você deve ser Fernanda, certo?

-Sou Fernanda. Você deve ser Abel.

-Não imaginei que fosse tão linda.

-O cara é cafajeste incurável. – pensa – Mal chega a cidade para procurar Laly e já está flertando com a melhor amiga dela.

-E então, linda?Tem namorado?

-Não.

-Não me diga...

-Com tanto cafajeste por aí fazendo minhas amigas sofrerem, o melhor que faço é continuar solteiríssima.

-Esses cafajestes estão demais, não acha?

-A carapuça não serviu mesmo. – Fer pensa indignada

-Você estar solteira é algo inadmissível.

-Laly não tem mais nada a tratar com você.

-Acontece, minha flor, que quando ela foi embora, eu estava atolado de problemas lá na redação e não pude ter uma última conversa com ela, o que me entristeceu profundamente, já que Lalinha é muito sensível...

-No momento Laly não quer te ver.

-Tudo bem se ela não quiser me ver agora. Diga a ela que estou passando as férias aqui na cidade e podemos marcar uma horinha para tratar de uns assuntos em particular, de extrema importância para ambos, se é que me entende. Caso esteja solteira e curta um cara másculo, sexy, bom de bola e solteiro, claro, saiba que estou solteiro também. Isso, claro, se Lalinha não me quiser mais... Fernanda, certo?

-Fernanda. – a moça reforça o tom de voz

-Nos vemos qualquer dia desses.

-De preferência nunca mais. – pensa a amiga de Laly

Abel estende a mão para se despedir de Fernanda e ambos os corpos respondem quando as peles entram em contato.

-Foi um grande prazer conhecê-la, cara Fernanda.

-É só uma pena que eu não possa lhe dizer o mesmo. – pensa Fer

Som: Never can say goodbye – Jackson 5.

Gilberto e Cybele estão sentados ao lado do outro em frente ao carro do avô de Lílian e o apaixonante silêncio toma conta deles.

Gilberto coloca seus braços por entre os ombros de Cybele pensando que será repelido, mas ela deita a cabeça nos ombros dele.

-Fazia tempo que eu não me sentia assim. – Cybele confessa

-Eu também. – Gilberto concorda

-Você tem medo de mim?

-Medo?

-Você dá a entender que gosta de mim, mas ao mesmo tempo parece tão distante. Fico pensando se disse ou fiz algo que o magoou.

Gilberto afaga os cabelos de Cybele.

-Claro que não, Cybele. Imagina.

Cybele começa a fazer carinhos nas mãos de Gilberto e é correspondida.

-Sabe que as crianças estão desconfiando de nós dois?

-Essas crianças são danadinhas e ligeiras... – Gilberto é apanhado de surpresa

-Elas percebem o que temos medo de assumir.

Gilberto e Cybele se beijam apaixonadamente.

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

© 2011 Mania TV Web, AllRightsReserved.

Designed by ScreenWritersArena