Gustavo tenta matar Edílson! (IMPERDÍVEL!)
-Por que não me contou antes?
-Ainda estamos nos conhecendo, Pablo.
-Você ainda ama Nilton?
-Julguei amar, mas estava com medo de ficar sozinha, de nunca encontrar alguém de verdade que gostasse de mim e pesava bastante o fator Pepo. Por meu filho eu suportaria viver um casamento de fachada para o resto da vida, tudo para meu filho ser feliz.
-Anularia sua vida a favor de seu filho?
-Pepo vem em primeiro lugar, Pablo. – May derrama uma lágrima – Eu sei o que vocês homens pensam sobre mulheres solteiras ou divorciadas que já tem filhos, mas ninguém entra em um relacionamento pensando que este vai ter fim. Sim, sabemos que tudo que tem vida um dia morre, porém nos esforçamos até o limite para exista o ‘felizes para sempre’. Infelizmente, quando não é mais possível continuar, a ruptura é lucrativa.
-E seu filho? Por que não está com ele?
Som: Will you still love me – Chicago.
Iury chega até uma conhecida rua onde há uma famosa pousada e estaciona o carro deixando que a melodia penetre em seus mais profundos pensamentos, sejam de amor ou não.
-Isso, definitivamente, não é amor. É só um pretexto para que o passado continue a nos atormentar, a nos fazer pensar que tudo era melhor antes, mas nós sabemos que não era e nunca foi. – a última frase ecoa em sua mente – Nunca foi.
Iury ainda pode ver Laly chorando a sua frente e soca o volante em represália por não tê-la abraçado, beijado, impedido que Gustavo a destruísse.
Desolado, o médico resolve procurar Lalinha no flat em que a jornalista estava hospedada desde que deixou a casa dos Gallardo, mas é informado de que Laly já partiu rumo a São Paulo.
Som: Coming around again – Carly Simon.
Abel, dentro do carro, liga o celular e vê quantas vezes Laly tentou entrar em contato desde as 18h00min, horário em que marcaram de se encontrar. Poderia contornar a situação enviando uma mensagem, mas como a própria Laly o assegurou, o silêncio já seria a resposta.
Som: You are – Lionel Richie.
Pablo surpreende May.
-Mayra, você não percebe que eu amo você?
-Eu também te amo, Pablo... – emocionada – Quer dizer, eu estou assustada. Tenho 25 anos e é a primeira vez que amo alguém de verdade, mas não quero envolve-lo em meus dilemas confusos, preocupa-lo com problemas que nem são seus.
-Agora são. Você é meu mundo. O que machucar a você fere a mim também.
Pablo e May se beijam e Mayra acaba se sentindo a vontade para permitir que Pablo a ame fisicamente também.
Dois corações apressados tilintando como apenas um. Mãos entrelaçadas e olhos fechados a vislumbrar o paraíso. Incomensurável prazer e uma noite adentro para satisfazer as exigências de jovens apaixonados e destinados a viver juntos para sempre.
Som: I don’t know (acoustic) –Erika.
A coordenação da revista optou em me afastar de minhas funções por mais 3 meses e eu, arriscando o pouco de chão que tinha, me demiti cedendo enfim as exigências da Toda Poderosa para entrar no reality show submundano.
12 pseudoartistas ficavam confinados por mais de 3 meses comendo, bebendo, dormindo e armando barraco por conta da emissora. A cada domingo saía um participante e o vencedor, sem muitas cerimônias, ganhava o cobiçado prêmio de r$500 mil.
Por eu ter substituído uma dançarina de axé que saiu nos tapas com uma colega, percebi que me olhavam com malícia por ali encarnar Judy e não Lalinha. Os homens, sobretudo. Presumiam que eu iria beber além da conta nas festinhas temáticas e sair pegando todo mundo, no entanto, provavelmente, eles se decepcionariam ao descobrir que Judy não passou de uma personagem que me ajudou a encarar todos os fantasmas que me impediriam de vencer.
10 anos depois, em circunstâncias totalmente diferentes, eu era a devassa novamente. Controversa e recatada, ouvindo a discografia completa de Madonna em meu discman, lendo a base de 2 livros por semana e sem mesmo proferir um palavrão ou qualquer frase de cunho sexual. Essa era Judy.
A repercussão de Judy no reality show...
-A Judy é muito idêntica a Laly. – Edilson coça a cabeça
-Você é retardado, homem? Judy É a Laly.
-É? – Edílson não parece convencido – Lalinha é Judy Pankekinha?
-Só você não sabia. – Eleonora ri diabolicamente
Na casa dos Gallardo...
-Parece que a cínica ta fazendo tipinho lá dentro, né? Já que foi demitida da revista precisa mesmo fazer um pé de meia. – comenta Fernanda
-Eu não acho. – discorda Cybele – Ela agia exatamente assim quando era sua amiga, Fernanda.
-Ela roubou o Abel de mim.
-E nesses dias todos o Abel te procurou alguma vez?
-Não... –retruca Fer, um pouco desolada
-Não me conformo que tenha jogado fora uma amizade de anos por causa de um maldito cafajeste.
-Ela quis assim... – Fernanda encerra a conversa
De volta ao lar de Edílson...
-Gustavo conseguiu um emprego em Pontal, mas vem passar esse fim de semana conosco.
-Todo fim de semana isso, Eleonora? – Edílson explode em fúria
-Gus precisa de nós.
-Eu preciso de você.
-Não seja infantil, Edílson.
-Você passa tempo demais com Gustavo. Faz meses que não sei o que é ter você por perto em um fim de semana. Se não está trabalhando, está com Gustavo.
-Não vai começar a discutir, né?
-Esse fim de semana eu quero que seja diferente.
-E será.
Quando Edílson sai para comprar alguns ingredientes para o jantar, Eleonora, raivosa, telefona para Gus:
-Esse velho é um pé no saco, viu? Agora deu de ficar dando crises de ciúmes.
-Mas desse fim de semana ele não passa.
-Já planejou tudo, Gus?
-Sim e você não me invente de andar para trás. O plano é sério e um erro, por menor que seja, pode acarretar em sérias consequências para ambos, então, cara Eleonora, pense bem porque depois de consumado o ato, você não pode mais voltar atrás.
Som: Já é – Lulu Santos.
Nesses últimos dias Gilberto recuperou-se bem e teve alta do hospital, adiando a demolição da casa para construir o novo lar dos Gallardo porque prioriza o perdão de Lílian acima de qualquer outro bem e a garota ainda continua muito abalada a ponto de não querer nem mesmo brincar com seus amigos.
Na cozinha da casa, Gilberto e Cybele já casados no civil e morando juntos, conversam enquanto tomam café.
-Eu não sei mais o que fazer para Lílian me perdoar, Cybele. Eu sei que errei muito em esconder o segredo dela por tanto tempo, mas já me arrependi, pedi perdão a Deus, a Iury e a ela também.
-Lílian precisa de mais um tempo.
-Darei todo tempo que for preciso, mas Lílian precisa compreender que se o fiz foi para seu próprio bem.
Lílian pensa muito em Laly, nos momentos em que pode conversar a sós com a protagonista e dos tantos conselhos que recebeu:
-Por que normalmente são as pessoas que mais amamos as que mais nos decepcionam?
-Porque julgamos que elas sejam perfeitas, então quando elas erram ou não são como esperamos, nos decepcionamos muito. Isso é fato, Lílian.
-Porque julgamos que elas sejam perfeitas, então quando elas erram ou não são como esperamos, nos decepcionamos muito. Isso é fato, Lílian.
Voltando a si, Lílian pensa no avô e no quanto ainda o ama. Gilberto bate na porta do dormitório.
-Lílian... – Lilian finge não ouvir – Lílian!
-Oi? – fala mais alto
-Que bom que acordou. – mexe o trinco – Bom dia, florzinha!
-Bom dia! – Lílian tenta parecer impassível
-Parece que acordou melhor hoje. – apalpando os lençóis desarrumados – Posso me sentar?
-Senta, ué.
-Eu quero conversar sério com você, Lilian.
-Acho que to com fome, vô. – Lílian tenta sair do quarto, mas Gilberto a impede
-Não vou tomar muito seu tempo, criança. – eles se sentam novamente – Pode ao menos fazer o favor de me ouvir? – Gilberto demonstra arrependimento – Não peço que me compreenda ou perdoe, mas me ouça...
Som: Missing – Mariana Kupfer.
Mayra está rezando na cozinha do salão em frente a seu altar onde estão a imagem de Jesus, Maria, José, Santo Expedito, São Francisco de Assis e as velas de 7 dias. De joelhos e com lágrimas nos olhos, a cabeleireira pede por justiça quanto à audiência que decidirá o destino do pequeno Pepo.
Som: One last breath – Creed.
Nilton é telespectador assíduo do reality show, unicamente para ver mulheres de biquíni tomando sol e, sobretudo Judy. Por Iury ser seu melhor amigo, eles sempre passeiam na orla.
-Rapaz, você perdeu um mulherão.
-Assim você me deixa enojado.
-Enojado por que? Eu mesmo nunca pensei que uma atriz pornô pudesse ser uma mulher tão sensível quanto Naira, Mayra... Bem, essa última não conta.
-Você falou de May...
-Foi hábito.
-Você não a esqueceu.
-Nem poderei. A filha da mãe me colocou na justiça pra roubar Pepo de mim.
-Vê se não falta. Com justiça não se brinca.
Som: Flores (acústico) – Titãs e Marisa Monte.
Eleonora convence Edílson a sair para pescar com Gus e mesmo odiando este tipo de programas, resolve viajar junto com os homens.
-É tão bom curtir a calmaria depois de uma estressante semana no trabalho, senhor Edílson. Espero que esteja pronto para pescar muito.
-Bem, faz um bom tempo que não me aventuro a pescar, mas pelo meu menino favorito eu posso tentar.
-E eu, Edílson? – dissimula – Também não pesco há tempos, mas nada como a prática, não?
-Pelo jeito hoje vou ficar sobrando aqui... – Eleonora atua de forma que Edilson até lamenta pela esposa
-Então da próxima vez você escolhe o programa. – Edilson consente
-Promessa é dívida.
Som: Yesterday once more – The Carpenters.
Lílian aceitou conversar com o avô.
-Eu não vou ser obrigada a morar com ele, vou?
-Não, querida. A decisão é sua. Independente do que optar, saiba que estarei sempre ao seu lado. Não se lembra de que eu te amo pra sempre?
-Eu também te amo pra sempre, vô.
Fernanda que está entrando para servir o café da manhã a Lilian não deixa de se emocionar ao ver avô e neta unidos novamente.
-Não estou incomodando, né? – brinca Fernanda colocando a bandeja em cima da escrivaninha de Lílian
-A menos que queira participar dos abraços coletivos. - avisa Lílian
-Pode ser. – Fernanda se acocora em frente a cama de Lílian e abraça as pessoas que mais ama em todo o mundo.
Som: Flores (acústico) – Titãs.
Gustavo escolheu um barco para pescar com Edilson. Os personagens estão pescando tranquilamente até Edílson dar um forte berro. Pescou um peixe de porte médio.
-PESQUEI, ELEONORA! PESQUEI.
Mas parece estar desacostumado a mexer com o anzol e se inclina um pouco para apanhar o peixe, sendo instantaneamente empurrado por Gustavo, caindo no rio. Por não ter prática com mergulho, implora por ajuda.
-SOCORRO... – tenta voltar à superfície, mas não consegue – SOCORRO, ELEONORA, GUS...
-EDÍLSON. – Eleonora berra
O barco virou.
-GUS? CADÊ VOCÊ? GUUUUS...
Desesperado, Edílson tenta mergulhar. Eleonora assiste a cena fingindo desespero. Gus, que fez aulas de natação por muitos anos, sabe como se portar em uma situação de risco, mas prefere tentar afogar Edílson...
EDÍLSON SOBREVIVERÁ?
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