quinta-feira, 12 de abril de 2012

Confissões de Laly Cap 140 - Nilton foge com Pepo! (BOMBA!)



Nilton foge com Pepo! (IMPERDÍVEL!)

-Pablo?

-Sou o último a saber?

-Estamos sobrando por aqui... - Emília recolhe as crianças para não ouvirem a conversa do casal.

-Então é verdade que eu serei papai?

-Fantasia das crianças, Pablo. Ainda...

-Não é a primeira vez que você passa mal, meu amor. – Pablo se aproxima de May

Mayra desmaiou duas vezes na semana enquanto estava no colégio e uma delas foi durante a aula de Pablo, no dia anterior.

-Ta tudo bem com você, May?

-Claro que sim, meu bem.

-Tem certeza?

-Mas é claro, Pablo. Por que mentiria?

Pablo abraça May e beija a barriga inexistente da namorada.

-Se for verdade eu serei o homem mais feliz do mundo.

-Ju-jura? – May não disfarça a emoção

-Por que chora, meu amor? Ser o pai de um filho seu é muito mais que uma honra, é tudo que eu sempre quis.

Lílian e Pepo espiam a conversa.

-Pepo ainda não está pronto para isso. Malmente aceitou o divórcio.

-Vamos dar um tempo ao garoto, Mayra. Ele aceitará e nós seremos uma família feliz.

-Temo que isso dificulte a reaproximação com Nilton, justo agora que ele está amolecendo um pouco...

E Pepo, saltitando, conta à Naira e Nilton que May será mamãe, ainda que a cabeleireira não tenha feito nenhum exame concreto para confirmar a gestação.

-Sabia que eu vou ter irmãozinho?

-Naira, você ta grávida e não me contou?

-Eu não, Nilton. Só depois que casarmos.

-Não, não é a Naira, paiê. A mamãe.

-Mayra está grávida?

-Sim e do Pablito.

-Então o plano já é dado como certo. – pensa Nilton enquanto se alimenta – May já assumiu a gravidez?

-Ta negando, mas vive enjoada. – garante Pepo, sorrindo – Queria que fosse outro menino pra jogar bola comigo.

-May sempre sonhou em ter uma menina.

-Mas eu nunca quis ter mais filhos. Um já incomoda o bastante.

-Eu incomodo, pai?

Naira entreolha Nilton pedindo que ele retire o que disse.

-Seu pai está apenas exemplificando.

Som de suspense...

Eleonora surta e quebra todo o seu escritório, atirando contra a parede tudo que vier pela frente.

-IMPRESTÁVEIS, VAGABUNDOS, INÚTEIS, SEM NOÇÃO...

 Sem pensar duas vezes, ou melhor, sem sequer pensar, Eleonora vai até a terceira gaveta de sua mesa, tira de dentro um revolver calibre 38, muitas balas, as preenche, coloca dentro de sua bolsa de mão e sai.

-Hoje vou abater minhas pedras no caminho pessoalmente. Eu sei que sozinha sou muito melhor.

Som: Keep it turned – Rick Astley.

Os Gallardo vão dormir em uma pousada até encontrarem uma casa alugada onde possam morar enquanto o verdadeiro lar da família é reconstruído. Gilberto é recebido com honras de herói por todos e Lílian sentada em seu colo no sofá da sala, o enche de beijos no rosto.

-Você é meu herói, vô.

-E você é minha princesa.

-Mas sabe vô, to muito triste.

-Por quê?

-Porque perdi tudo que tinha.

-Você perdeu coisas que podem ser recuperadas. Tudo de melhor que há em você está do lado de dentro onde incêndio nenhum pode apagar. Apegue-se aos bons sentimentos porque são eles que irão com você até o fim.

-E as fotos?

-Tiraremos muitas outras.

-Digo as fotos da mamãe, da vovó, dos meus aniversários?

-Esses momentos não saem do coração, portanto apesar de dizer que também lamento muito por perdê-las, sei que tudo que vivi está gravado em mim e é isso que importa...

-E é bom que estejam prontos para tirar muitas fotos... – Abel surpreende avô e neta com uma foto espontânea

-E pra tomar um café esperto. – Fernanda, vestindo um avental, avisa

-Pelo cheirinho esse café ta ótimo. Aprendeu como se faz. – Gilberto se levanta do sofá e Lílian faz o mesmo

Yasmin e Rafa não estão presentes porque foram à praia, mas Lílian não sentiu vontade de acompanha-los.

Som de suspense...

Eleonora encontra seu comparsa tomando chimarrão em sua cabana e o surpreende com cinco tiros certeiros no coração. O homem morre na hora.

Eleonora, sem nenhuma compaixão, derruba o capanga no chão, o chuta, cospe em seu rosto, atira mais algumas vezes contra a cabeça do falecido e rindo, quando a munição acaba, beija a arma.

-Inúteis são abatidos. O mundo melhora muito sem a presença de vocês. Na primeira vez o aviso; na segunda a ameaça e na terceira, a morte. – sussurra diabolicamente – Nos encontramos no inferno, parasita. – acena – Tchau, tchau, verme. Até mais!

Sem muitas novidades, é segunda-feira novamente...

Nilton, que foi levar Pepo até o colégio, encontra Mayra parada em frente ao portão esperando por Fernanda e a cumprimenta.

-Parabéns, futura mamãe.

-Bem, acho que houve um engano.

-Fico feliz que esteja bem com Pablo.

-Não tanto quanto você e Naira.

-Não seja boba, Mayra. Eu sei que você e o galego estão firmes e fortes. Então quer dizer que Pepo terá um irmão?

-Não tem nada comprovado ainda, mas...

-Tudo está se ajeitando. – tira de dentro de sua pasta de trabalho duas folhas de papel

-O que são essas folhas?

-Um comum acordo.

Emília está no carro esperando para ver Pepo entrar, espia a conversa e se lembra da confissão de Nilton ao advogado e teme por Mayra.

-Não te custa nada assinar. Nem vou tirar seu tempo. – olha as horas – Não entrará atrasada.

-Tem uma caneta?

Nilton tira uma caneta do bolso da camisa e entrega a May que coloca a pasta por cima das folhas e as assina.

-Tudo pelo bem estar do Pepo. – Nilton sorri com o canto do lábio

-Que assim seja! – May o abraça e encontra Pepo – Pepo, meu amor.

-Oi mãe. – eles se abraçam

-Aproveite muito bem seus últimos minutos ao lado de Pepo.

Fernanda, saltitando, chega com Lílian.

-Olá gente! – Fer acena

Lílian está um pouco mal humorada por ter de acordar cedo, mas logo cumprimenta Pepo com um high five.

-E aí, bisão? Pronto pra ganhar um irmãozinho? – provoca

-Você tem inveja porque nunca vai ter um irmão... – Pepo mostra a língua

-Grande droga! Sabia que você vai ser deixado de lado quando esse irmão nascer?

-Não vou não.

-Isso sempre acontece...

-Tinha de ser a sardenta invejosa.

-Invejoso é você. Eu tenho todo amor do meu vô só pra mim porque sou a caçula e você vai ser deixado de lado porque o bebê vai se tornar o centro das atenções.

-Vamos entrar, Lílian. – Fernanda chama a sobrinha que mostra a língua para Pepo

Mayra entra na escola junto com Fernanda.

-Já iam entrando sem mim?

-Se o vô não acordasse a Fernanda, nem à aula ela iria. – Lílian dedura a tia

-Bonito, hein, dona moça? – Fuinha está chegando ao colégio – Muito bonito...

-Viu, professor, tua mulherzinha tava querendo faltar aula...

-Lílian! – Fernanda está envergonhada

-Cuida dessa aluna, hein? Ela gosta de faltar aula.

-Garanto que depois das minhas aulas você vai amar a escola...

Enquanto isso, Pepo entra no carro com Nilton. Emília acompanha tudo no automóvel de trás e, angustiada, vai atrás de Mayra.

-Filha, filha... – cutuca May pelo cangote

-Que houve, mãe? Ta pálida!

-E você também deveria estar...

-Falando assim até parece que aconteceu outra tragédia.

-E realmente acabou de acontecer.

Alguns alunos apressados esbarram em May e Emília e saem resmungando.

-Seja rápida, mãezinha. O sinal bate daqui a pouco.

-Nilton raptou Pepo.

-Loucura, mãe. Agora mesmo nós assinamos um comum acordo pelo bem estar do nosso filho. Está assistindo muita novela, manhê. Nilton mudou, agora é outra pessoa...

-Mudou pra pior.

-Vamos entrar e ver que Pepo está na sala de aula com os outros coleguinhas, assim você para de ver coisa onde não tem...

E quando elas vão procurar Pepo, os próprios coleguinhas do garoto dizem que ele sequer pisou no pátio. Algo está mesmo errado.

Som: Carolyna – Mel C.

Contos de fadas existem. Sem purpurinas e varinhas de condão. As palavras possuem um intenso poder. Determinamos passado, presente e futuro com apenas simples palavras.

Simples? Eu não sei se é exatamente o melhor adjetivo a ser utilizado porque os pequenos fazem barulho, estrago, se fazem notar. Os pequenos é que devem ser observados. Os pequenos podem ser grandes, muito grandes.

Às vezes eu não acreditava que aquele cara lindo me amava. Não era só essa beleza padronizada, mas o conjunto inteiro.

-Sabia que você é a mulher mais bonita que eu já vi?

-Também não precisa mentir, né, Flavio?

-Eu to falando sério.

Conhecia e amava cada centímetro de mim. Podia – e posso – não ser exatamente a mulher mais bonita do mundo, mas tenho noção do meu valor, da minha importância e tento aprender com minhas imperfeições ao invés de permitir que pequenas falhas tirem à harmonia do conjunto.

Você pode não ser bonita para todos, mas fique certa de que você será o mundo de alguém, será perfeita aos olhos desse alguém, então não tenha medo de ser o que é porque é essa a beleza de ser você.

Fernanda se achava gorda demais mesmo não sendo. Mayra se achava baixinha demais e era complexada por conta disso, pois queria ter 1,70 de altura, peitão, bundão, parar quarteirão, mesmo que tivesse um rosto lindo, harmonioso e aparentasse ter no máximo uns 20 anos.

-Quando você chegar aos 50, vai agradecer o presente que Deus te deu.

Abel, por exemplo, é muito baixinho e pode não ser exatamente o galã da Toda Poderosa, mas faz o tipo de alguém, apesar de ser honesta e dizer que não fazia o meu. O engraçado é que quando o olhei pela primeira vez a atração foi inevitável, incontrolável e ele se tornou um vício ocupando libido, pensamentos, paixões, sonhos. Ele se tornou meu mundo.

Minhas colegas o acharam muito feio, porém eu o achava maravilhoso. Ninguém tem idéia do que é contemplar aquele sorriso logo ao amanhecer e chegar ao ponto de amar a voz dele e me acostumar com o excesso de gesticulação, adorar cada detalhe do seu rosto, o modo como caminha e se impõe perante os grandões...

Espere aí! Eu quero te odiar, seu cafajeste... Você me enganou, me fez de otária por seis anos e eu ainda estou aqui relembrando do quanto te amava, justamente quando deveria te enterrar dentro de mim... Agora é a vez de Flavio, de um novo amor. Vivendo de passado não se chega a lugar algum.

Som: Angel – Jon Secada.

-Você deveria ler antes de assinar.

-Pensei que Nilton estivesse sendo honesto.

-Se pensasse mais não teria perdido seu filho.

-Não fala assim, manhê. Desse jeito você me assusta.

-E é bom que se assuste pra ver se reage um pouco e para de ser boba, acreditar demais nas pessoas.

-É, mãe, eu acredito na bondade das pessoas sim. Isso é um defeito?

-Acontece que nem todos merecem, Mayra. Nem todos.

Mayra passa na casa de Nilton e nada encontra. Já Pepo, no carro com todos os seus pertences, questiona o pai.

-Pra onde estamos indo?

-Para um lugar onde seremos muito felizes.

-Mamãe e Naira irão com a gente?

-Não, não irão. – Nilton já está impaciente – E chega de perguntas.

-Nem o Bolinha vai?

-Ninguém. – Nilton reforça a voz e Pepo se encolhe no banco do carro

-Faz o favor de colocar esse cinto aí. Se pararmos em uma blitz, estou ferrado.

Desesperadas, Emília e Mayra sacam as intenções de Nilton e acionam a polícia, que resolve cercar as estradas para impedir a passagem do primo de Iury. A repercussão do caso só ocorre porque Abel se intrometeu.

-O menino voltará, Mayra. Fique tranquila. O Toda Poderosa News tem a obrigação de interceder nas causas de nossos telespectadores.

Abel só não entra em plantão porque o departamento de jornalismo do canal julga o fato como irrelevante, mas mesmo assim o jornalista aguarda notícias.

Nilton está chegando à estrada que dá acesso a BR 277 em direção a Curitiba.

- Pai, aqueles carros são da polícia?

-Está me chamando de criminoso? Por que a polícia nos perseguiria? Não somos bandidos.

-Eu sei, mas estão atrás da gente.

-Estão cumprindo suas funções.

-Estão encostando na gente.

Nilton pensa que o filho está devaneando, até que quando pelo vidro retrovisor percebe que várias viaturas da polícia o estão perseguindo, resolve pisar com força no acelerador, o que os policiais compreendem como fuga.

-Paiê, ta muito rápido.

-Cala a boca e não se mexe aí nesse banco.

Os policiais também aceleram para seguir Nilton que não consegue frear a tempo para evitar que colidisse com um caminhão.

E CONTINUA...

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