segunda-feira, 30 de abril de 2012

Confissões de Laly Cap 152 - O vale-tudo entre Eleonora e Laly! (IMPERDÍVEL!)



O vale-tudo entre Eleonora e Laly! (IMPERDÍVEL!)

Abel estava se expondo duplamente ao ridículo. Primeiro por beber como um rinoceronte e segundo por se arriscar a cantar.

-Eu deveria ter motivos para sorrir.

Ia começar o espetáculo...

-Isso não vai terminar bem, Fernanda. – Fuinha parece aflito

-E você acha que eu não sei disso?

-Vocês podem me explicar o que ta acontecendo? – Laly pergunta

-Se você não entende, nós muito menos...

A música que Abel escolheu foi Nos bares da cidade – Rick & Renner e mesmo o canção já tendo começado, continua falando.

-Todos vocês tem motivos para sorrir ou para beber?

Abel não consegue nem mais se equilibrar.

-Garçom ela saiu de vez

Da minha vida

E agora eu busco uma saída

Laly sai do estabelecimento. Flavio deixa os drinks em cima do balcão para acompanhar a performance do bêbado fanfarrão.

-Garçom se eu ficar

Muito chato

E der algum vexame

Pegue toda a minha

Cerveja e derrame

Abel está tão grogue que canta lendo e faz o povo rir. Fernanda e Fuinha tentam se aproximar do palquinho onde Abel está pagando mico para tirá-lo de lá. O jornalista é a piada da vez.

-Desce daí, Abel. – sussurra Fernanda – Ta pagando mico.

-Me deixem... To a fim de cantar e é isso que vou fazer...

-Abel, sai daí. Não pega bem para um diretor de jornalismo dar vexame por aí. – aconselha Fuinha tentando abraçar Abel, que se solta e continua caminhando com dificuldade – Vem com a gente, Abel. É sério.

-Eu sou apenas um qualquer

Bebendo por mulher

Nos Bares da Cidade...

Flavio solidário a Fernanda e Fuinha auxilia os amigos a tirar Abel do palco.

-Você bebeu demais por hoje. Chega! – Fernanda dá uma bronca em Abel – Que chato! Vai acordar com uma dor de cabeça daquelas...

-Não me importo.

-Claro que se importa.

-Esse cara bebeu além da conta, né? – Flavio se inteira do assunto

-Além da conta é pouco. – esclarece Fuinha, indo pagar a conta enquanto Flavio e Fernanda conduzem Abel até o carro

Laly está parada em frente ao automóvel quando vê Abel saindo carregado do barzinho.

-Tava demorando...

 Quem entra no local não deixa de observar Abel cambaleando e cantando alto sem ritmo nenhum enquanto Fernanda e Flavio tentam acalmar o amigo.

- Derrama cerveja derrama

Derrama a tristeza

Do meu coração

Que essa angustia

É uma bebida

Misturada batida

Com a solidão

-Chega, Abel! Por hoje deu. – Fernanda repreende o amigo

Abel reconhece Laly e tenta abraça-la, mas para não causar mais mal estar, Flavio e Fernanda conduzem Abel até o veículo do jornalista. Quem irá dirigir é Fernanda.

-Você não dirige nem por um minuto, ainda mais nesse estado.

-Eu posso dirigir. To muito bem, isso sim...

Som: Every man must have a dream – Liverpool Express.

Iury está sentado em um banco próximo à capela. Mayra, que saiu para tomar um ar, encontra o amigo sozinho e se senta ao lado dele para fazer companhia.

Por ser muito afetuosa com quem ama, May coloca os braços em volta dos ombros de Iury e resolve conversar com ele.

-Nilton era seu único amigo, não?

-Perdi o melhor amigo que tive na vida. – Iury resmunga

-É triste ter de fingir que está bem.

-Até parece que você sabe...

-Claro que sei!

-Sabe sim... – Iury finge estar interessado no assunto, mas May insiste

-Sei e por isso mesmo quero estar ao seu lado, meu amigo.

-Você não é minha amiga.

-Você talvez não me considere amiga, mas eu sim e saiba que amigos de verdade não precisam estar 100% grudados. O importante é que se amem e se ajudem, independente do que acontecer. – suspira – Não queria que nos encontrássemos em circunstâncias tão dolorosas. O que dirá Pepo? Pobrezinho, está sofrendo tanto e eu sei que por mais que tente consolá-lo com palavras acabo sempre retornando ao início, sem nem sequer ter o que dizer e o que é pior: nunca vou poder trazer Nilton de volta...

-Nilton tentando acertar errou ainda mais. – Iury dá o assunto como encerrado

-Eu sei que você ta precisando desabafar, Iury.

-Eu estou bem. Só quero ficar sozinho.

-Ninguém aguenta suportar todo peso do mundo sozinho. Todo mundo precisa ser amparado de vez em quando.

Laly disse o mesmo meses antes. Ainda não aceita a ideia de perder Laly para Abel e entender que o tempo não volta.

-As coisas não estão sendo fáceis pra você, meu amigo. Perdas, rejeições, calúnias, solidão. Você é muito corajoso por estar suportando tudo isso sozinho... Eu te admiro por isso...

-Como se eu fosse digno de admiração.

-Todos nós precisamos nos sentir amados.

Mayra teme estar falando demais e faz silêncio. Iury a fita por longos segundos e quando a abraça, chora muito. Era tudo que May precisava saber.

-Pronto, Iury. Não precisa ter medo. É bom que coloque pra fora o que está sentindo. Chore, pode chorar... Vai fazer bem...

Iury chora como se com suas lágrimas solicitasse toda ajuda do mundo e sabe que está sozinho. Completamente só.

Pela manhã, ao som de One last breath – Creed, Nilton recebe a extrema-unção do padre e pouco mais de 11h00min, amigos, parentes e conhecidos caminham seguindo o cortejo fúnebre até o tumulo do primo de Iury, amparado por Mayra e Pablo. Pepo chora abraçado a avó.

Naira reconhece Flavio e acaba sorrindo de forma involuntária, vendo sua alegria se desfazer ao perceber que o rapaz já tem namorada, no caso, Laly.

-Eu sabia. Eu sabia que um cara como ele não estaria dando sopa por aí... – pensa – Eu devo estar enlouquecendo, Deus. Acabei de perder meu primeiro amor, mas não consigo parar de pensar em outra pessoa. Isso é normal?

Assim que a terra é jogada por cima do caixão de Nilton, as pessoas, aos poucos, caminham rumo à saída do cemitério. Apenas os mais chegados da família permanecem.

Naira tem uma crise de choro e vai abraçar Emília. Pepo se senta em frente ao túmulo do pai e Mayra o faz companhia. Pablo, que por lei deveria ir embora, se senta ao lado de mãe e filho.

-May, você se importaria se eu tivesse uma conversa com Pepo?

-De forma alguma. – May se levanta e deixa Pepo e Pablo a sós

Inicialmente Pablo sente medo de conversar com Pepo, mas mesmo assim toma coragem.

-Você já demonstra ser um grande homem.

-Que bobagem! Sou só um menino.

-Sabe, pequeno Pepo, eu também perdi o pai muito cedo. Não te direi que é fácil superar porque estaria o enganando, mas te digo uma coisa... – pousa o braço no ombro do menino – Na sua idade eu não era tão forte como você é. Eu não suportaria tudo como você está conseguindo.

-Somos diferentes.

-Queria que fôssemos amigos, mas não precisamos forçar isso.

-Queria meu pai de volta.

-Eu também não queria que nada disso tivesse acontecido. Não queria ver ninguém sofrer, mas quero te confiar um segredo.

-Um segredo?

- Se formos amigos, guardaremos alguns. Pode ser?

Não muito longe dali, Laly, May e Fernanda conversam.

-Quanto sofrimento para o pequeno Pepo... – comenta Fernanda

-É tão triste ver uma criança cheia de vida resumida a um olhar triste e poucas palavras. Queria meu antigo Pepo de volta. – May choraminga

-O Pepo antigo não volta, infelizmente, mas esse novo Pepo é com certeza um garoto muito forte, pronto para a vida adulta, ainda que falte algum tempo pra isso. – Laly consola a amiga – Infelizmente não tem idade pra se começar a apanhar da vida...

Eleonora, cínica, porta um enorme ramo de flores e vestida de preto, se dirige até as personagens chorando com tanta convicção que poderia até se jurar que ela era parente de algum falecido daquele dia.

-Que deu nessa doida? – pergunta Fernanda – Se Eleonora não estivesse morta, juraria que é a megera cuspida e escarrada.

Eleonora, limpando as lágrimas com um lenço branco, acena para Laly, May e Fer.

-Vocês sabem, por acaso, onde fica o túmulo de Gilberto Gallardo?

-O que você quer com meu pai? – Fernanda indaga

-Soube que ele morreu...

-Você o matou, não é mesmo? – Laly é direta ao assunto

-Acham que eu seria capaz disso?

-Você foi capaz de muita coisa.

-E posso continuar sendo. – joga as flores no gramado – Eu deveria ter feito coisa pior. Me agradeçam por ter sido benevolente nesse caso... Mais gente deveria ter ido junto para o inferno junto com ele.

-Olha o respeito, hein, desgraçada. – Fernanda empurra Eleonora – É bom ter modos pra falar do meu pai ou vai ter problemas com a gente...

-Ora se não é a miss fracassada.

-Você ta me irritando, mulher. Melhor dar meia-volta se não quiser se arrepender.

-Me arrepender do que, ex-miss? Você é quem deveria se arrepender...

-Essa mulherzinha ta pedindo pra apanhar.

-Melhor não... – adverte May – Briga aqui não...

-Ei, miss... – Eleonora ironiza – E aí, miss? Muitas abordagens na rua? Nada, né? Que triste... Foi miss e ninguém nem sabe quem é você... Quem se lembra de você? – debocha assobiando para o zelador – Ei, ei... Sabe quem foi a Miss Brasil 1996?

O homem balança os ombros dizendo não saber.

-Viu só, baranguinha... Ninguém sabe quem você é.

-É bom não mexer com minha amiga se não quiser parar na cadeia e com a cara inchada... – Laly peita Eleonora que a empurra

-Deixa essa atrevida comigo. - Fernanda dá uma bofetada em Eleonora, que revida

-Gente... – May coloca as mãos na cabeça em sinal de desespero – Não traz bom agouro brigar em cemitério...

Eleonora se recompõe dos tapas que levou de Fernanda, que ameaça.

-E vai levar mais se não sair daqui, sua cara de pau.

-Daqui vocês não saem. – Eleonora intimida as moças

-Ah não? Sabe que é um ótimo momento para acertarmos nossas continhas, querida amiga? – Laly cerca Eleonora

-Pensei que tivesse ido para o inferno junto com o anão atrevido.

-Mais uma vez a terrorista fracassada errou o alvo. Que novidade! Me conte outra coisa... – Laly gargalha alto para perturbar Eleonora – E ainda xinga os outros de fracassados. Não dá uma dentro, ferra com os próprios comparsas e quer falar de fracasso. Que ironia.

Eleonora desfere uma forte bofetada em Lalinha, fazendo com que May e Fernanda também partam para cima da megera. A briga só se encerra quando Pablo corre até o local separar as moças, sobretudo May, que vai falar com Pepo. Laly e Eleonora ainda continuam trocando xingamentos e puxões de cabelo.

-Eu acabo com a tua raça, fracassada imunda. – berra Eleonora

-Repete... Repete... – Lalinha berra com mais força

-Solteirona fracassada.

-Acaba com ela, Lalinha. Acaba com essa desgraçada... – Fernanda provoca Eleonora

Assim que tira May da briga, Pablo tenta separar Laly de Eleonora, mas mesmo assim persistem as provocações.

-Só apanhei porque você estava com reforços.

-Apanharia de qualquer forma... – debocha Laly mostrando a língua para Eleonora

-Isso não fica assim!

-To morrendo de medo. – Laly faz voz abobada e Fernanda ri muito

-Isso não vai ficar assim...

Eleonora deixa o cemitério com o cabelo todo bagunçado, a roupa rasgada e prometendo uma revanche.

-E se provocar, tem mais. – Laly avisa

-O que você fez pro meu pai vai ter volta. – Fernanda berra

Pepo, mesmo triste, não deixa de se impressionar com a briga.

-Vocês brigaram bonito.

-Briga não é uma coisa bonita, Pepo. – May corta o barato do filho – Mas nesse caso a pessoa em questão ainda merecia mais, mas a justiça divina se encarrega disso...

Som: Como tudo deve ser – Charlie Brown Jr. (narração de Lílian Gallardo)

Hoje o dia foi chato. Rick faltou aula. Foi um dia meio estranho. Sabe quando por mais que o céu esteja azul, um professor mala tenha faltado e seus amigos estejam ali, algo falta, algo não está em seu devido lugar?

Eu não estava prestando a mínima atenção às aulas. O lugar do Rick estava vazio e essa ausência ali na carteira me incomodava. Se qualquer outro faltasse, eu não dava a mínima, porém aquilo estava acontecendo e justo com o Rick. Mesmo sendo um baita folgado, não era de faltar aula. Isso significa alguma coisa ou é bobagem da minha cabeça?

Sem Rick, Pato e Pipa estavam desanimados, quase nem conversavam. Nosso grupo estava desfalcado e os garotos preferiram jogar futebol. A única vantagem poder conversar mais a vontade com Cândida.

-É verdade que você vai mesmo embora daqui?

-Ainda não ta muito certo...

-Tomara que não.

-Por quê?

-Você é legal. Vai fazer falta.

-Você também.

-Promete que não vai ficar braba se eu te fizer essa pergunta.

-Depende do que é.

Lá vinha bomba...

-Rick mandou me perguntar uma coisa.

-Boa ou ruim?

-Eu diria que é boa...

-Então fala logo que eu fiquei interessada.

-Você tem namorado?

-Eu? Claro que não! Só tenho 10 anos...

-Eu não sei se o Rick já te disse, mas ele ta a fim de ficar com você.

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