sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Confissões de Laly Cap 19: Iury e Aimée transam!


19º Capítulo – Iury e Aimée transam!



Som: Never knew love like this before - Stephanie Mills.

Nilton tem um álbum com muitas fotos de Naira, inclusive a oficial da turma, tirada especialmente para a formatura. Deitado em seu leito, Nilton abraça a foto e suspira de amor porque o selinho que deu em Naira foi como espécie de um primeiro beijo.

-Por você vale esperar todo tempo do mundo, Nairinha do meu coração. Só peço que não tenha medo de mim porque eu só quero fazê-la muito feliz.

Nilton embarca para Curitiba no dia seguinte porque também prestará vestibular.

Naira se sente culpada pelo selinho que deu em Nilton e passa a noite em claro, virando de um canto a outro. Não consegue controlar os sentimentos, tampouco parar de pensar em Nilton. Justo ele!

Mayra continua rezando por Laly, mas dorme feliz porque torce muito para que Naira e Nilton fiquem juntos em definitivo.

-Deus, ajude Naira e Nilton a se entenderem. Eles formam um casal tão lindo e eu sei que ele tem boas intenções com ela...

Pensando que a irmã dormiu, Naira se levanta da cama, caminha até o banheiro de forma natural, se tranca e desesperadamente escova os dentes diversas vezes para tentar tirar o ‘sabor do pecado’ de seus lábios, língua e pensamentos.

-Eu pequei, Deus. Eu não podia ter feito isso.

Embora não possa negar que o coração acelerou quando Nilton segurou em sua mão, quando os lábios se tocaram e ainda que tenha sido rápido para quem passou e viu a cena, para o jovem casal o tempo parou exatamente naquele momento. Naira se sente culpada pelas borboletas no estômago, pelos sonhos de amor que querem tomar lugar dos planos de ser freira e viver sem os caprichos mundanos.

-Eu não posso deixar que isso aconteça de novo. – lava o rosto com água gelada e evita se refletir no espelho – Amanhã mesmo eu vou me internar no convento. Amanhã mesmo eu acabo com esse sofrimento de uma vez por todas.

Som: Olhos certos - Detonautas.

Milene, por sua vez, planeja meticulosamente como dar o bote em Aimée e diz a si mesma antes de dormir.

-Logo pela manhã entrarei em ação e farei Aimée Gallardo se arrepender do dia em que nasceu. Nem que isso me custe tempo, dinheiro e ódio, mas passo por cima de quem for para ter Iury junto a mim...

Amado percebe que a luz do quarto da filha está acesa e vai ver se ela precisa de alguma coisa.

-Ainda acordada, meu anjinho?
-Estou sem sono, papai.

Amado se senta na cama da filha e a afaga.

-Quer colinho do papai? Leite quente? Água? Chá?
-Não, obrigada, papai.
-Não quer nem o colinho do papai?

Milene, aos olhos do pai, ainda é a menininha que tinha pesadelos noturnos e corria para seus braços com medo dos monstros invisíveis e imbatíveis. Amado, com Milene sentada em seu colo, a afaga e sente-se feliz por enfim não ver a filha mais tomando tantos remédios fortes.

-Fico muito satisfeito em ver minha princesa se esforçando para não adoecer mais.
-Minha vida tem sentido agora, pai.
-Sempre teve, Mili. Você é que demorou um pouco para perceber.
-Terá muito mais quando destruir Aimée e Laly. Aí sim eu poderei dizer que sou muito feliz... - pensa Milene

Som: Uma carta - LS Jack.

Aimée e Iury saem para passear à noite, caminhar pela praia, tomar água de coco no calçadão. Um típico programa a qualquer outra pessoa, sobretudo neste verão que se avizinha sem grandes alardes.

Aimée sente-se plena ao caminhar de mãos dadas com o namorado e de beija-lo em público sem qualquer receio. Primeiramente os adolescentes param em frente a um coqueiro e se beijam levemente, alterando com selinhos breves, pausados, molhados, convidativos.

Noite de maré baixa, praia deserta. Aimée e Iury se sentam na areia para apreciar o mar e os beijos retornam cada vez mais quentes alternados a ardentes carícias.

Aimée tem consciência de que falta muito pouco para transar com Iury e não vê problema algum em dar continuidade ao ato, até porque o deslumbre do rapaz valeria a vitória, toda e qualquer tentativa, seria um bom motivo para tê-lo junto a si. Já Iury se sente mais tranquilo ao dissipar toda recriminação, justo com uma garota por quem nunca pensou que iria se interessar. Aimée já transou muitas vezes, mas para Iury o momento é especial porque se trata de sua primeira experiência. Ao contrário do que sugeriam, ele e Laly nunca chegaram a aprofundar os amassos. 

Iury poderia ter perdido a virgindade com Laly e nunca se encorajou nem mesmo de levar a cogitação adiante. Em poucos minutos se vê contra o corpo de Aimée, já suado, enrubescido, implorando por amor, desejo ou apenas por um beijo a mais, por um Iury cujo coração não lhe pertence apesar da proximidade.

-Não dá.

Melhor terminar por aqui.

-Algum problema, Iury?
-Não dá, Aimée.  – Iury dá um tapinha na camisa para tirar os grãos de areia. Já Aimée balança os cabelos e sorri, disfarçando o descontentamento.
-E por que não, Iury?

Aimée acalma Iury o bolinando em zonas erógenas e o beijando como se pudesse sugar alma e pensamentos, pois sabe que uma recaída o devolverá aos braços de Laly, então por que não ir mais fundo?

O que poderia perder? O que poderia acontecer?

Recobrando o fôlego, Iury se senta na areia e Aimée, já muito excitada, o abraça pelas costas, beijando pescoço e orelhas, percorrendo um grande caminho até chegar aos lábios do namorado. Arrepios, calafrios, pelos eriçados. Implore, por favor. Nem mesmo de joelhos precisa ser. Apenas um movimento labial, um piscar de olhos, um brilho a mais. Apenas um sinal. Apenas dessa vez.

-Não sei se devo, Aimée.
-A gente já chegou até aqui...
-Eu não me sinto bem fazendo isso.
-Está pensando em Laly?
-Não quero apressar os passos.
-Iury, eu já não sou mais virgem. Se for esse o problema...
-Mas eu sou...
-Por isso mesmo, meu amor. Quero que seja seu momento.

Iury já está sem camiseta e Aimée sem regata. A ruiva, cuidadosamente, desabotoa a calça jeans do amado e ele a corresponde com um longo e terno beijo. Jamais apaixonado, talvez ardente, curioso, sedento pelo prazer que sempre lhe fora proibido, negado.

-Confia em mim, Iury. Só se arrependa daquilo que não fez. Não deixe a oportunidade passar. Pode ser que nada disso se repita.

Iury parece desconfortável para tirar o sutiã de Aimée, então ela mesma o faz enquanto ele acaricia os biquinhos de ambos os seios com devoção a deusa mãe que o levará ao mais profundo êxtase e Aimée o acaricia permitindo livre acesso ao seu corpo sem não-me-toques, sem palavras desnecessárias, muito menos mentiras, nenhum pensamento que interfira na grande vibração, na brisa marítima que refresca a noite, mas não o vulcão de desejo que entra em erupção na areia fofinha, firme como os seios e coxas de Aimée.

Os aflitos beiços de Iury deslizam pelo corpo de Aimée, deslizando a barriga até desnudá-la por completo, absorvendo o mel da vida, a porta do paraíso que o caminho da felicidade indicou com tanta perfeição sem errar um traço, nem mesmo uma placa. É bem-vindo, sempre. Não apenas um visitante encabulado. Um grande amigo, companheiro o bastante para se sentir em casa. Confiante o suficiente para mergulhar na própria inexperiência. Aimée suprime os gemidos e os quadris contorcidos retratam a enorme satisfação. Sim, prossiga, não pare, não diga nada.

Enquanto beija e leva Aimée ao profundo êxtase, Iury só consegue ver o rosto de Laly e imaginá-la no lugar da namorada, o que o faz delirar completamente.

Iury esqueceu Lalinha ou está se enganando? E quanto a Gus, o que o perverso vilão vai aprontar dessa vez?

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