19º
Capítulo – Iury e Aimée transam!
Som: Never knew love like this before - Stephanie
Mills.
Nilton tem um álbum
com muitas fotos de Naira, inclusive a oficial da turma, tirada especialmente
para a formatura. Deitado em seu leito, Nilton abraça a foto e suspira de amor
porque o selinho que deu em Naira foi como espécie de um primeiro beijo.
-Por você vale esperar
todo tempo do mundo, Nairinha do meu coração. Só peço que não tenha medo de mim
porque eu só quero fazê-la muito feliz.
Nilton embarca para
Curitiba no dia seguinte porque também prestará vestibular.
Naira se sente culpada
pelo selinho que deu em Nilton e passa a noite em claro, virando de um canto a
outro. Não consegue controlar os sentimentos, tampouco parar de pensar em
Nilton. Justo ele!
Mayra continua rezando
por Laly, mas dorme feliz porque torce muito para que Naira e Nilton fiquem
juntos em definitivo.
-Deus, ajude Naira e
Nilton a se entenderem. Eles formam um casal tão lindo e eu sei que ele tem
boas intenções com ela...
Pensando que a irmã
dormiu, Naira se levanta da cama, caminha até o banheiro de forma natural, se
tranca e desesperadamente escova os dentes diversas vezes para tentar tirar o ‘sabor do pecado’ de seus lábios, língua
e pensamentos.
-Eu pequei, Deus. Eu
não podia ter feito isso.
Embora não possa negar
que o coração acelerou quando Nilton segurou em sua mão, quando os lábios se
tocaram e ainda que tenha sido rápido para quem passou e viu a cena, para o
jovem casal o tempo parou exatamente naquele momento. Naira se sente culpada
pelas borboletas no estômago, pelos sonhos de amor que querem tomar lugar dos
planos de ser freira e viver sem os caprichos mundanos.
-Eu não posso deixar
que isso aconteça de novo. – lava o rosto com água gelada e evita se refletir
no espelho – Amanhã mesmo eu vou me internar no convento. Amanhã mesmo eu acabo
com esse sofrimento de uma vez por todas.
Som:
Olhos certos - Detonautas.
Milene, por sua vez,
planeja meticulosamente como dar o bote em Aimée e diz a si mesma antes de
dormir.
-Logo pela manhã
entrarei em ação e farei Aimée Gallardo se arrepender do dia em que nasceu. Nem
que isso me custe tempo, dinheiro e ódio, mas passo por cima de quem for para
ter Iury junto a mim...
Amado percebe que a
luz do quarto da filha está acesa e vai ver se ela precisa de alguma coisa.
-Ainda acordada, meu
anjinho?
-Estou sem sono,
papai.
Amado se senta na cama
da filha e a afaga.
-Quer colinho do
papai? Leite quente? Água? Chá?
-Não, obrigada, papai.
-Não quer nem o
colinho do papai?
Milene, aos olhos do
pai, ainda é a menininha que tinha pesadelos noturnos e corria para seus braços
com medo dos monstros invisíveis e imbatíveis. Amado, com Milene sentada
em seu colo, a afaga e sente-se feliz por enfim não ver a filha mais tomando
tantos remédios fortes.
-Fico muito satisfeito
em ver minha princesa se esforçando para não adoecer mais.
-Minha vida tem
sentido agora, pai.
-Sempre teve, Mili.
Você é que demorou um pouco para perceber.
-Terá muito mais
quando destruir Aimée e Laly. Aí sim eu poderei dizer que sou muito feliz... -
pensa Milene
Som:
Uma carta - LS Jack.
Aimée e Iury saem para
passear à noite, caminhar pela praia, tomar água de coco no calçadão. Um típico
programa a qualquer outra pessoa, sobretudo neste verão que se avizinha sem
grandes alardes.
Aimée sente-se plena
ao caminhar de mãos dadas com o namorado e de beija-lo em público sem qualquer
receio. Primeiramente os adolescentes param em frente a um coqueiro e se beijam
levemente, alterando com selinhos breves, pausados, molhados, convidativos.
Noite de maré baixa,
praia deserta. Aimée e Iury se sentam na areia para apreciar o mar e os beijos
retornam cada vez mais quentes alternados a ardentes carícias.
Aimée tem consciência
de que falta muito pouco para transar com Iury e não vê problema algum em dar
continuidade ao ato, até porque o deslumbre do rapaz valeria a vitória, toda e
qualquer tentativa, seria um bom motivo para tê-lo junto a si. Já Iury se sente
mais tranquilo ao dissipar toda recriminação, justo com uma garota por quem
nunca pensou que iria se interessar. Aimée já transou muitas vezes, mas para
Iury o momento é especial porque se trata de sua primeira experiência. Ao
contrário do que sugeriam, ele e Laly nunca chegaram a aprofundar os
amassos.
Iury poderia ter
perdido a virgindade com Laly e nunca se encorajou nem mesmo de levar a
cogitação adiante. Em poucos minutos se vê contra o corpo de Aimée, já suado,
enrubescido, implorando por amor, desejo ou apenas por um beijo a mais, por um
Iury cujo coração não lhe pertence apesar da proximidade.
-Não dá.
Melhor terminar por aqui.
-Algum problema, Iury?
-Não dá, Aimée. – Iury dá um tapinha na camisa para tirar os
grãos de areia. Já Aimée balança os cabelos e sorri, disfarçando o
descontentamento.
-E por que não, Iury?
Aimée acalma Iury o
bolinando em zonas erógenas e o beijando como se pudesse sugar alma e
pensamentos, pois sabe que uma recaída o devolverá aos braços de Laly, então
por que não ir mais fundo?
O que poderia perder? O que poderia acontecer?
Recobrando o fôlego,
Iury se senta na areia e Aimée, já muito excitada, o abraça pelas costas,
beijando pescoço e orelhas, percorrendo um grande caminho até chegar aos lábios
do namorado. Arrepios, calafrios, pelos eriçados. Implore, por favor. Nem mesmo
de joelhos precisa ser. Apenas um movimento labial, um piscar de olhos, um
brilho a mais. Apenas um sinal. Apenas dessa vez.
-Não sei se devo,
Aimée.
-A gente já chegou até
aqui...
-Eu não me sinto bem
fazendo isso.
-Está pensando em
Laly?
-Não quero apressar os
passos.
-Iury, eu já não sou
mais virgem. Se for esse o problema...
-Mas eu sou...
-Por isso mesmo, meu
amor. Quero que seja seu momento.
Iury já está sem
camiseta e Aimée sem regata. A ruiva, cuidadosamente, desabotoa a calça jeans
do amado e ele a corresponde com um longo e terno beijo. Jamais apaixonado,
talvez ardente, curioso, sedento pelo prazer que sempre lhe fora proibido,
negado.
-Confia em mim, Iury.
Só se arrependa daquilo que não fez. Não deixe a oportunidade passar. Pode ser
que nada disso se repita.
Iury parece
desconfortável para tirar o sutiã de Aimée, então ela mesma o faz enquanto ele
acaricia os biquinhos de ambos os seios com devoção a deusa mãe que o levará ao
mais profundo êxtase e Aimée o acaricia permitindo livre acesso ao seu corpo
sem não-me-toques, sem palavras desnecessárias, muito menos mentiras, nenhum
pensamento que interfira na grande vibração, na brisa marítima que refresca a
noite, mas não o vulcão de desejo que entra em erupção na areia fofinha, firme
como os seios e coxas de Aimée.
Os aflitos beiços de
Iury deslizam pelo corpo de Aimée, deslizando a barriga até desnudá-la por
completo, absorvendo o mel da vida, a porta do paraíso que o caminho da
felicidade indicou com tanta perfeição sem errar um traço, nem mesmo uma placa.
É bem-vindo, sempre. Não apenas um visitante encabulado. Um grande amigo, companheiro
o bastante para se sentir em casa. Confiante o suficiente para mergulhar na
própria inexperiência. Aimée suprime os gemidos e os quadris contorcidos
retratam a enorme satisfação. Sim, prossiga, não pare, não diga nada.
Enquanto beija e leva
Aimée ao profundo êxtase, Iury só consegue ver o rosto de Laly e imaginá-la no
lugar da namorada, o que o faz delirar completamente.
Iury esqueceu Lalinha ou está se enganando? E quanto a Gus, o que o
perverso vilão vai aprontar dessa vez?
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