quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Confissões de Laly Cap 38: Iury transa com Milene! (BOMBA!)



38º capítulo – Iury transa com Milene! (BOMBA!)

Pelo fato de 01 de janeiro ter caído num dia útil, logo no dia 02 as atividades tanto no litoral quanto em Curitiba voltam ao normal.

Laly continua sofrendo por ver Dorminhoco e Fuinha brigados e ambos estão apaixonados por ela, o que dificulta mais ainda a situação da moça.

-Ser bonita às vezes é problema. - Tia Conceição comenta enquanto varre a calçada do lar onde mora com Abílio e os filhos

Som: Meu primeiro amor – Wanessa.

Mayra e Fernanda sofreram com a ressaca, foram punidas pelos progenitores, mas já foram liberadas do castigo, então aproveitam a calmaria dos primeiros dias do ano jogando conversa fora sentadas na areia da praia.

-Se eu te contar esse babado, você cai dura.
-Transou com o Mário?
-Se eu falar isso, ele termina comigo.
-O que é, então?
-Iury ainda ama a Laly.
-E como sabe? Falou com ele?
-E você acha pouco chorar na virada do ano?
-Ele chorou?
-Eu o vi chorando escondido em um canto pra ninguém ver. Ah se a megera sabe...
-Deveria saber...

Som: Ordinary world (acoustic) – Duran Duran.

Passei a noite toda chorando. Que belo modo de começar o ano!

Após um farto almoço em família, Dani e eu fomos encontrar os meninos. Para Dorminhoco, estávamos juntos, tanto que ele fez questão de me cumprimentar com um beijo.

-Oi Lalinha. O que você teve ontem?
-Uma dor de cabeça, mas já estou melhor. – respondi
-Mesmo?
-Sim, Dorminhoco. Não foi nada demais.
-Tem certeza?
-Você já ta enchendo o saco com essas perguntas, cara. Ela já não te respondeu? – Fuinha ergueu a voz com o irmão
-E você fica na tua, boca de lata. Não pedi tua opinião.
-Melhor ser um boca de lata do que um bêbado.
-Pelo menos eu tenho competência pra pegar mulher e você não.

Fuinha, ofendido, voltou para casa. Daniela e Everton não se pronunciaram, mas assim como eu, estavam constrangidos.

-Esse Fuinha é um chato... – retrucou Dorminhoco tentando me abraçar e eu me afastando para dar a entender que foi só uma ficada

Gostaria de ter a frieza do Iury e fingir que estava de boa, ficando com outro, contudo, simplesmente não sei enganar.

Dorminhoco beijava bastante bem, até porque era experiente. Não fazia o tipinho cavalheiro nem na aparência. Era branco, gostava da barba mal feita e era cabeludo, falava tanta gíria que eu ficava tonta. Dorminhoco integrava o estilo que meu pai certamente repudiaria.

Fuinha usava óculos fundo de garrafa, era tão tímido que gaguejava pra falar comigo e mal me olhava nos olhos. Para ele a vida consistia em estudar. Os poucos programas que fazia era porque Dorminhoco o arrastava.

Fuinha segurava vela e colecionava foras. Por não ter a mesma autoconfiança do irmão, vivia a sombra dele.

Som: Olhos certos – Detonautas.

Iury continua ministrando aulas de surf a Milene e eles vão adquirindo certa intimidade.

Milene faz de tudo para que Iury a toque, pois seu maior interesse está subentendido e ela, diante dele, finge que não.

-Se continuar assim, até o final do verão você me supera.

-Bobagem, Iury. O surfista aqui é você, meu bem...

Deitados na areia da praia, Iury e Milene vão se aproximando cada vez mais e a libido da adolescente vai ficando cada vez mais incontrolável à medida que os beijos vão ficando mais longos e ardentes.

-Iury...
-Milene, não dá... – Iury se senta na areia para recuperar o fôlego
-Não dá por quê? – Milene tenta fingir descontentamento
-Eu não me sentiria digno fazendo isso.
-Você será o primeiro. – mente o acariciando
-Eu sei disso, mas acho que você é muito nova pra isso, Milene. Não ta pronta.
-E como você sabe?
-Seu corpo ainda não ta formado e você ainda não ta madura pra assumir esse tipo de responsabilidade, meu amor. Primeira transa é um marco muito importante. Não dá pra ser um ato impensado.
-E se eu disser que quero que seja com você e tem de ser agora. – Milene beija Iury
-Você ta mesmo pronta?
-Eu te amo demais, Iury. Não quero esperar nem mais um dia... – pensa – Que patético! Só você e meu pai acreditam que eu sou virgem...

Som: Time after time – Cindy Lauper.

Fernanda não conversa com o namorado desde a virada do ano, mas quando está caminhando sozinha pelo calçadão, o encontra em uma barraca de coco verde e o aborda.

-Ei sumido... – assobia – Esqueceu-se de mim?
-Fernanda?
-Ah ta... Pensei que ia passar reto...
-Não...
-Não, é? Sumiu quando eu mais precisei...
-Fernanda, entenda...
-Eu sei... – irônica – O filhinho do pastor não pode ser visto enchendo a cara com a ímpia porque será condenado a chama eterna. Não sei como você suporta levar duas vidas tão distintas. Não tem medo de um dia ser flagrado?
-Te garanto que sou esperto o bastante pra não deixar isso acontecer.
-Torço por você.

Som: Head over Heels – Tears for Fears.

Iury sabe que terá problemas caso leve essa relação a sério, mas o desejo de se vingar de Laly torna-se tão grande que em menos de meia hora o surfista está entrando na casa de Milene e a carregando no colo para possuí-la.

Ao se deitarem na cama, Iury e Milene se beijam profundamente enquanto se despem debaixo do cobertor e Iury a penetra alternando a tensão com beijos e carícias para deixar a namorada mais segura na relação, sem saber que a prima de Laly perdeu a virgindade muito antes do que se supõe.

Milene é cínica a ponto de fingir a dor do rompimento do hímen como se fosse uma inexperiente, embora sua vontade seja rir na cara do namorado.

 -Agora você é todinho MEU, Iury. Agora Lalinha não tem vez... Aliás, isso a princesinha não fez, não é mesmo? – pensa a psicopata

Quando o ato sexual chega ao fim, Iury e Milene dão um último beijo e ela o abraça.

-Foi a melhor tarde da minha vida. – mente Milene
-A minha também. Espero que tudo tenha sido como você queria.
-Foi muito melhor do que eu queria. – encena – Mas eu ainda quero mais que isso...

Som: Uma carta – LS Jack.

Aimée continua deprimida porque Iury nem sequer deu sinal de vida. Fernanda, preocupada com a irmã, resolve falar sério com ela.

-Até quando vai ficar aí chorando pelo traste?
-Ele é o amor da minha vida, Fer. Entende isso.
-Se ele fosse digno do seu amor não faria o que ta fazendo. Eu se fosse você já tinha mandado esse cara pastar faz tempo. – Fer se senta ao lado de Aimée no sofá
-Fala isso só porque o filho do pastor só falta lamber o chão que você pisa.
-Falo isso, irmã, porque quero seu bem. Não gosto de ver minha ruivinha linda esparramada nesse sofá deixando de viver a juventude por causa de garotos. Você sabe que merece coisa melhor e vai conseguir. – as irmãs se abraçam

Som: Ordinary world (acoustic) – Duran Duran.

O clima entre os irmãos Dorminhoco e Fuinha estava tenso. Ambos mal trocavam uma palavra!

Me senti muito culpada por estar separando Dorminhoco e Fuinha. Não era minha intenção em momento algum. Deus sabe disso.

Dorminhoco dava a entender que queria namorar comigo, no entanto Fuinha também queria e estava enraivecido por não ter os atributos do oponente, já que em sua cabeça isso faria com que eu me apaixonasse por ele.

De qualquer forma, o tempo estava acabando e eu teria de voltar para meu verdadeiro lar. Era estranho, mas eu me sentia feliz por isso, mesmo sabendo que quando chegasse lá a dor e todos os problemas estariam me aguardando.

Vim a Curitiba para me divertir e estava destruindo a amizade de dois irmãos. Não sabia como terminar essa história sem nenhum coração sair magoado.

Dani me aconselhou a não ceder aos encantos do Dorminhoco porque ele não era muito confiável e por me conhecer sabia que o Fuinha não fazia meu tipo. Tia Conceição achava que eu deveria esperar um tempo e conversar com o Iury, pois me dizia que beijar uma pessoa para esquecer outra é sofrer duas vezes.

Tio Abílio me achava nova demais pra estar tão encucada com dilemas e paixonites, porém sempre me garantiu que o amor verdadeiro suporta todas as adversidades e termina bem, também pudera, ele e a Tia Conceição eram o casal mais próspero que eu tive a oportunidade de conhecer.

Túlio, irmão caçula da Dani, tinha só 8 aninhos, então não entendia quase nada do que estava acontecendo na casa. Ele era a alegria de todos nós.

Eu embarcaria de volta para minha cidade no domingo à tarde e desde o ano novo nada mais tinha graça. Eu vivia tentando fugir do Dorminhoco e do Fuinha e sabia que estava só piorando tudo, até que no sábado a Dani e o Everton propuseram-se a fazer um piquenique de despedida para mim no Parque Barigui onde ganhei muitas lembranças dos meus amigos os quais não mencionei muito, mas foram de suma importância para que conseguisse me desligar do inferno que vivia antes de viajar.

Todos compramos filmes de 36 poses e registramos todos os últimos momentos juntos. Sabíamos que a partir do vestibular nossas vidas mudariam para sempre, pois cada um de nós pretendia seguir uma área e viveríamos nossos sonhos, refaríamos nossos círculos de amizade e nos esqueceríamos.

Por mais que prometamos que vamos nos falar pra sempre, estamos mentindo! Depois de certo tempo nós naturalmente nos afastamos. É inevitável!

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