terça-feira, 10 de abril de 2012

Confissões de Laly Cap 138 - ALERTA! (IMPERDÍVEL!)



Alerta! (IMPERDÍVEL!)

-É preciso enganar a presa com perfeição ou perco a causa. Sabe como muita gente padece ao drama feminino...

Emília sai da cafeteria sem o xineque porque perdeu o apetite.

-Ainda em fevereiro Pepo será totalmente meu. – Nilton celebra

-Seja lá o que for, Nilton não conseguirá tirar Pepo de Mayra. Para isso ele precisará passar por cima do MEU cadáver.

Som: Keep it turned on – Rick Astley.

Fernanda e Mayra se encontram com as crianças no intervalo.

-Muito puxado? – May abraça Pepo

-A Naira é meio chatinha. – reclama Pepo

-Meio? – Lílian o encara – Ela é muito chata...

-Fernanda arrumou um namorado... – Mayra provoca a amiga

-Sai pra lá, cafetina.

-A Fer gamou no Fuinha.

-Em quem? – Lílian pergunta – Já ta atacando os meninos, Fer? Vou contar pro vô, hein.

-Quero ver se daqui a 2 anos vai dizer isso.

-Nem penso em garotos. – Rafa está se aproximando – Eles são tão idiotas.

-E meninas são umas chatas. – retruca Pepo enquanto Rafa se esconde atrás de Lílian com as mãos para trás

-Bem, gente, não sei quanto a vocês, mas essas aulas me abriram o apetite, ainda mais com esse cheiro de calzone. Querem alguma coisa? – Fernanda pergunta

-Eu quero um refri. Aquele de cola com limão. – May avisa

-Eu quero tudo... – brinca Fernanda – Sou uma inconformada. – acena – Já volto.

May aproveita o intervalo para conversar com Pablo e as crianças ficam sozinhas.

-Esse ano vai ser barra. – reclama Yasmin – O dobro de dever de casa...

-Pelo menos não precisamos mais formar fila pra entrar e sair da sala, nem ficar com medo de usar caneta colorida. Ta aí uma coisa que eu adorei. – Bruna avisa

-Só odiei ficar na sala da ameba. – completa Lílian

-Nada é perfeito mesmo...

Por alguns segundos as meninas fazem silêncio. Rafael aproveita essa deixa e estoura o saquinho de pipoca salgada na cabeça de Lílian, que com o susto, berra e cai no chão. Bruna e Yasmin a ajudam a se levantar.

-Tudo bem, amiga?

-Esse demente aí... Não sabe nem brincar.

-Ficou muito assustadinha, sardenta? – Lílian o empurra

-Retardado. Isso não se faz.

-A sardentinha ta chorando.

-IDIOTA. – Lílian vai para o banheiro e as meninas a acompanham

-Ela se assustou mesmo... – Rafa ri alto

-Meninas são sensíveis demais... – Pepo cumprimenta Rafa com um high five

-E bora jogar... A piazada ta louca atrás da gente.

A explosão do guincho movimenta a cidade e os noticiários e mais uma vez Eleonora se decepciona com a inegável atuação de seu capanga.

-Palerma.

-Eu pensei que tinha conseguido.

-De pensar morreu um burro, não sabia?

Eleonora caminha pelo recinto enquanto o homem mascarado a acompanha e tenta se justificar.

-Você é um fracassado, zé mané, BURRO. – bate na mesa – BURRO! INCOMPETENTE! VOCÊ NÃO PRESTA PRA NADA... NÃO SABE FAZER NADA DIREITO, É TUDO COMO SEU NARIZ... – suspira – Quer mesmo morrer como um rato de esgoto não é mesmo? – berra intensamente – Quero os Gallardo mortos até a sexta-feira ou eu mesma tratarei de mata-los pessoalmente.

-Mas Leka.

-QUE? – estala os dedos – Leka é para os íntimos. Você, aliás, o que é? Até onde me lembro você não passa de um serviçal vagabundo que não vale nem mesmo os centavos que ganha. Você tem 4 dias para acabar com a raça dos Gallardo ou eu acabarei com a sua. – apanha o porta-lápis – E agora retire-se...

-Mas senhorita...

-RETIRE-SE... – Eleonora atira o porta-lápis e o mascarado só não é atingido porque sai do aposento a tempo – Esses capangas inúteis só servem pra dar prejuízo. – volta a se sentar para usar o pc – Gustavo tinha razão em não confiar em ninguém. Até a sombra, se tiver oportunidade, pode trair, mas de mim ninguém debocha. Enterrarei um por um...

Som: Já é – Lulu Santos

Sem muitas novidades, os dias se passam...

Apesar de ainda estar sendo ameaçado, Abel realmente está levando a sério a ideia de ingressar no mundo da política enquanto a perícia investiga a explosão do carro de Gilberto; as crianças e Fer com May tentam se adaptar a rotina escolar novamente.

-To odiando conjuntos... Essa droga de intersecção me deixa confusa. – Fernanda reclama – Amanhã eu não quero entrar no 1º horário.

-Nem pensar. – Gilberto ralha com a filha – Acha que eu estou desembolsando o tanto que estou para você jogar dinheiro no ralo faltando aula e brincando, é? Se eu contar para alguém que minha filha de 25 anos ainda depende de mim pra tudo, vão me chamar de louco. Por acaso é algum mal querer que você seja uma pessoa melhor através do estudo? Me contrarie, caso eu esteja errado.

-Nem sei por que voltei a estudar. Não dou para o negócio.

-To contigo, tia. – Lilian avisa

-Enquanto viverem debaixo deste teto, vocês terão de estudar sim senhoritas. Não vou criar parasita não.

Lílian, Yasmin, Rafa e Fernanda estão sentados em volta da mesa com livros e cadernos. Gilberto desliga o televisor para não atrapalhar os estudos. A campainha toca e Lílian se levanta para atender.

-Deve ser a Bruna. Ela marcou de estudar com a gente hoje.

Porém se surpreende ao ver 6 homens uniformizados.

-Boa tarde. – o ‘líder’ quebra o silêncio

-Bo-Boa tarde.

Gilberto vai até a porta e o homem se apresenta como chefe de uma empresa de vigilância e pede para vistoriar a residência.

-Concordo.

-Não iremos atrapalhar o estudo das crianças?

-De forma alguma. – Gilberto acena e conduz os homens pela casa – Me acompanhem...

-Que sinistro. – comenta Fernanda enquanto apaga mais um cálculo errado – Definitivamente, a matemática e eu não casamos.

-Mas com o Fuinha sim... – Lílian provoca a tia

-E você com o Rafa.

-Ah, com a ameba não. Com a ameba não. – Lílian faz beicinho e cruza os braços – Assim não vale.

-Quem fala o que quer, ouve o que não quer.

Som: Dove – Moony.

Flavio e eu éramos como dois adolescentes bobos de amor. Não por nada, mas algumas pessoas sentiam inveja da nossa ligação, julgando que estávamos juntos para combinar votos e falar mal dos outros. No entanto, mal sabiam eles que éramos ‘indiferentes’ as picuinhas. Havíamos nos encontrado de forma inusitada e tudo que importava era nosso amor.

Nós nunca sabíamos o que iria acontecer; se alguém entraria ou sairia. Tudo corria no mais absoluto sigilo e isso assegurava o sucesso da atração. Naquela tarde de sexta-feira a produção deixou uma urna com senha e cadeado na dispensa e o chefão (líder da semana) buscou e colocou na mesa de centro da sala onde estávamos todos tentando adivinhar do que se tratava.

-Será que tem dinheiro aí dentro? – perguntou a celebridade instantânea conhecida por uma frase imbecil

-Será pegadinha? – indagou sua colega

Teríamos de responder perguntas seguindo as pistas de datas importantes para a História. Acho que a edição poderia montar os melhores momentos da casa só com as pérolas dos confinados.

-Gente, eu to falando. A Revolução Francesa aconteceu em 15 de dezembro de 1939. – teimava o ator das pegadinhas – Será que vocês são burros ou se fazem?

-A tomada da Bastilha foi em 14 de julho de 1789. – me impus e testei a senha

-Ninguém acredita em mim nessa merda. 1700. Ta ferrada se a gente perder esse prêmio

-Vá estudar, cara. Não tenho tempo pra discutir com ignorante.

-Não fala comigo assim, ô putinha.

-Do que você chamou a Lalinha? – Flavio peitou o machão

-Que é, bicha louca?

-Do que você me chamou?

-BICHA LOUCA.

-Agora você vai ver quem é a bicha louca... – Flavio se prepara para socar o colega e isso eliminaria os dois, talvez até a mim

-FLAVIO. – puxei meu namorado pela regata e o afastei – Barraco não, pelo amor de Deus.

-Não vou deixar esse ignorante falar desse jeito com você.

-Nem ligo para o que pouca coisa fala.

Sozinha acertei todas as datas. A última era uma pegadinha e tanto.

-Dia D.

-29 de fevereiro. – respondeu um pagodeiro

-2ª Guerra Mundial, galera. – situei o povo

-Quando foi? – o mesmo ator de pegadinhas viveu em Marte, só podia

-06 de junho de 1944. – digitei a senha e o cadeado se quebrou

-E não é que a danada tava certa?

O prêmio era o direito de poder ler uma carta ou falar ao telefone por 5 minutos com algum parente. Surpreendi-me ao saber que Lílian me mandou um email e comecei a chorar na hora em que li seu nome no papel.

-Oi Lalinha! Que saudades, minha linda! Aqui todos estamos com saudades de você... – é como se Lílian estivesse conversando com Laly – Não perdemos o programa nenhum dia e acredite ou não, mas o Abel ta enciumado com o Flavio... – enxuguei as lágrimas e ri...

-Eita baixinho que não toma jeito.

Flavio me trouxe um copo de água com açúcar e os colegas de casa estavam todos sentados em volta do sofá como se eu estivesse com o mapa de um tesouro enterrado no jardim.

-Você precisa saber da nova ideia do Abel: ele quer ser prefeito. – Laly lê como se estivesse ouvindo a voz da própria Lílian – As aulas já voltaram e a Fernandoca voltou mesmo a estudar. Acho que ta gostando de um tal de Fuinha, um professor novo lá na escola...

-Essa Fer não tem jeito.

E todos queriam saber quem eram Fer, Fuinha, Gilberto, Lílian...

-Lílian é minha menina dos olhos, minha afilhadinha do coração. Me sinto tão mal por ter ido embora sem me despedir. Fer e May são minhas irmãs lindas e voltaram a estudar para vencerem na vida, depois de tanto serem esnobadas. Abel? – cocei a cabeça – Bem, Abel é... Abel é caso perdido...

Prefeito?

A única vez em que Abel se candidatou a algum cargo político foi para ser vereador em 2000, mas como único candidato de um partido inexpressivo e acho que a campanha dele não deu nada certo porque ele vestiu seu tradicional terno branco vestindo uma camiseta por baixo com seus dígitos em vermelho. Outro erro fatal: ele apontou para ser próprio paletó dizendo.

-VOTE NO BRANCO. – pulando no estúdio – SE QUER REVOLUÇÃO, VOTE NO BRANQUINHO, MINHA GENTE...

E o efeito surtiu negativamente, pois nem mesmo o zelador do prédio onde morávamos votou nele.

-Em 2002 eu tento pra presidente.

-Você sonha, né, Abel? Se não ganhou nem para vereador, vai conseguir ser presidente? – eu tentava desencorajá-lo

Abel, rindo, está assistindo ao reality na sala.

-Quero ver esse go go boy querer cantar de galo pra cima do prefeito.

-Menos, Abel. Bem menos. – brincam as crianças

-Vocês estão convivendo com o futuro prefeito. Sintam-se honradas.

Lílian se atira no sofá.

-Pelo menos hoje vai dar pra ficar até mais tarde. Não tem aula amanhã.

-Mas não até muito tarde. – Gilberto avisa antes de se despedir – Cuida das crianças, hein, Abel?

Gilberto e Cybele vão dormir e deixam as crianças sob os cuidados de Abel. Tudo vai muito bem até os cães começarem a uivar desesperadamente e o estranho cheiro de fios queimados chamar a atenção de todos.

-Chuveiro queimou de novo? – pergunta Rafael

-E por que eles não param de uivar? – Pepo pergunta

-Se o vô acordar, manda a gente pra cama. – Lílian se desespera – Psiu, Chiquinha. – com sinais – PARA.

Os cães uivam agoniados como se quisessem avisar que há algo anormal ocorrendo, até que Fernanda, chorando, desce as escadarias correndo e avisa.

-GENTE, A CASA TA PEGANDO FOGO...

E CONTINUA NA SEGUNDA-FEIRA...

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