Queda livre! (PENÚLTIMO CAPÍTULO!)
-LALINHA... – Lílian se senta no chão e tenta animar Lalinha – LALINHA!
Os berros de Lílian fazem com que os vigilantes invadam o banheiro.
-Não pode entrar. Homem não pode entrar em banheiro de mulher...
Um dos homens, educadamente, conduz Lílian para longe do banheiro e a menina está inconsolável.
-Quem pode ter feito mal pra Lalinha? Quem? Quem?
Abel, que estava indo ao camarim para entrevistar com exclusividade o ator principal da peça, vê Lílian chorando encolhida perto da porta de entrada do teatro e vai falar com ela.
-Que houve, leoazinha? Por que não está lá dentro?
-Machucaram a Laly.
-Quem fez isso? Como assim, criança?
Abel vê Laly sendo retirada do banheiro e tenta se aproximar, mas os homens o impedem. Sem outra saída, entra no anfiteatro e chama Fernanda, que se desespera ao ouvir a notícia, apesar de que Laly não está morta, mas desacordada apenas.
-Por favor, não deixe Lílian sozinha. Eu volto em breve...
Fernanda e Lílian se abraçam com força ao se encontrarem.
-Ela estava falando comigo, aí de repente, bum... caiu e ficou daquele jeito.
-Tinha mais alguém no banheiro?
-Uma faxineira... O banheiro tava vazio.
Abel marcou de se encontrar com o ator no camarim, mas ao abrir a porta é surpreendido por um golpe de Eleonora que o faz cair no chão.
-A ‘leoa’ já foi... Agora só falta o sagui...
Som: Missing – Mariana Kupfer.
May e Pablo estão felizes e juntos com Pepo e Emília fazem planos para o casamento.
- Eu sempre sonhei em casar ao ar livre e um domingo de manhã.
-Já pensou no casamento na praia? – Pepo sugere brincando
-Eu gosto da ideia do garoto. – Pablo concorda
-Posso chamar meus amigos pra festa?
-Pode sim, meu amor. Aliás, eu quero que Lílian seja dama de honra.
-Vocês se casarão antes ou depois que o bebê nascer? – pergunta Emília
-Eu queria casar antes porque amo o Pablo... – o casal dá um selinho – Mas por outro lado a cerimônia na igreja poderia ser depois do parto para poder emagrecer e usar o vestido que estou namorando. Não quero me ver gorda nas fotos...
-Você gorda, Mayra? Ta brincando, não ta?
-Gordo sou eu... – brinca Pepo
-Você não é gordo. É meu menino preferido. – Pepo sentado ao tapete ganha cafunés da mãe
-E vai ter um irmão ou uma irmã para lhe fazer companhia. Já que você é inteligente vai poder ensinar muitas coisas a ele ou ela. – Pablo acrescenta
-Quero que seja um menino. Assim eu vou ter com quem jogar bola e videogame.
Som de suspense...
Eleonora está observando Abel sentado em frente à penteadeira onde os atores se maquiam para entrar no palco. Eleonora, parada em frente à porta, saca de dentro da bolsa de mão um revolver. Abel, em guarda, se levanta imediatamente e gesticula ordenando que a mulher abaixe a arma e negocie civilizadamente.
-Não precisamos derramar sangue em prol de uma antiga rivalidade, Eleonora. Abaixa essa arma.
-Não dá mais um passo ou morre junto com a leoa.
-Eleonora, por favor. Se entregue a justiça. Não crie mais confusões.
-Minha rendição é a morte.
-Quantos inocentes você ainda vai machucar?
-Além de você, muitos outros. – faz menção de atirar
-Por favor, Eleonora. Abaixa essa arma. Eu sou uma pessoa civilizada, acredito que você também seja. Por que não guarda isso e se entrega a justiça sem precisar causar mais dor a ninguém. Raciocine comigo: você está ocasionando muito sofrimento tirando a vida de pessoas boas e destruindo os sonhos de famílias inteiras com seus malditos planos de vingança, esta que só vai lhe fazer afundar mais. Não sente remorso?
-Nem um pouco. Ainda acho que estou sendo muito benevolente com todos vocês. Eu deveria...
O ator que seria entrevistado abre a porta para entrar no camarim e Eleonora o atinge a queima-roupa. O homem cai morto na hora.
Som: Tudo de bom – Fernanda Porto.
Yasmin e Rafael estão em frente à janela esperando para ver o carro de Lalinha chegar com Lílian, mas até agora nenhum sinal das moças.
-Fernanda já não era pra ter chegado? – Yasmin pergunta ao irmão
-É... Ela disse que o ônibus da Lílian vinha de tarde...
Cybele, que preparou nuggets com peixe, para em frente à porta da cozinha.
-Está pronto. Venham comer...
As crianças preparam seus pratos e ligam a TV. Um plantão está no ar.
-Tragédia no teatro: ator é baleado a queima-roupa no camarim... – um repórter da Toda Poderosa se aglomera entre a multidão para mostrar o rabecão do IML chegando – A polícia procura o autor dos disparos...
-Ah que horror! – Cybele muda de canal – Quanta desgraça!
Som de suspense...
Um operador da Toda Poderosa distrai a pequena Lílian lhe mostrando como funciona a van e as transmissões ao vivo enquanto Fernanda e Abel seguem Eleonora.
O festival é suspenso. Muitas pessoas ainda chocadas com o incidente vão deixando o local enquanto polícia e IML fazem seus trabalhos.
Laly recobrou os sentidos após a pancada e está deitada em uma maca na enfermaria sob os cuidados de dois médicos.
-Você recebeu uma pancada muito forte. Sabe quem foi? – pergunta um médico
-Foi muito rápido... Eu... – só consegue pensar em Lílian – E Lílian? Cadê Lílian?
Eleonora, veloz, roubou uma viatura da polícia, o que está causando imenso terror e confusão no já movimentado trânsito de Curitiba. A megera rendeu Abel e Fernanda.
-Daqui ninguém sai vivo...
Eleonora está completamente fora de si, a ponto de disparar pela janela do motorista quem estiver a sua frente. Sua sorte é acertar uma placa de sinalização. Abel e Fernanda temem por suas vidas.
Som: Carolyna – Mel C...
Eu estava proibida de sair, mas o fiz enquanto muitos repórteres se preparavam para entrar ao vivo e ouvia as pessoas dizerem que Abel e Fernanda (a moça bonita) foram rendidos por Eleonora. Parecia até final de novela das 20h00min quando a vilã perde o pouco de senso que lhe restava e sai disposta a causar estragos.
Eleonora já era considerada uma bandida em fuga. Ser alvejada era um fim horrível, mas o mais adequado para que mais pessoas não sofressem.
Som de suspense...
Eleonora perde o controle da viatura e bate em um poste. A madrasta de Laly ainda armada ameaça matar Abel e Fernanda, entrando em um prédio comercial já vazio onde sobe com o elevador até o último andar sempre apontando o revolver na direção de ambas as cabeças.
-É muito bom que aproveitem o que lhes restou de vida... – Eleonora ri – O sagui ou a miss fracassada? Quem eu mato primeiro? Hmmm... Deixe-me ver... Hoje estou de bom humor, então estou inspiradíssima para massacrar...
A polícia cerca o local.
Laly, cansada, está recuperando o fôlego no primeiro andar porque entrou pela passagem da rua paralela ao edifício que abriga desde consultórios a salões de beleza.
Mesmo sendo inocente, a protagonista apanha outro elevador e sobe sem destino, apenas para se esconder da possível troca de tiros que possa vir a acontecer nos próximos minutos, já que os policiais resolveram invadir o prédio.
Pela tv quem acompanha está muito assustado, até porque pelo que os profissionais sensacionalistas descrevem, dá a entender que a situação é no mínimo gravíssima.
-Uma pessoa sozinha ocasionou tudo isso? – Pablo questiona – E em tão pouco tempo? Esse Abel Santiago ta precisando rezar...
Mayra resolve tomar um ar do lado de fora para não ver o plantão, até porque por ser bastante sensível, pode passar mal.
-Tem coisa que é melhor não ver mesmo... – Emília a faz companhia em frente à casa
-Eu acho que de desgraça já basta.
Iury acompanha o plantão e assim como todas as noites relembra com perfeição o instante em que perdeu o juízo e acabou matando Gustavo.
-Eu vou acabar com a vida de todos aqueles que cercarem Lalinha.
-Mas antes eu acabo com a sua.
-Até parece, caixoteiro. Até parece... Você nem sequer conseguiu prender sua mulher, quanto mais poderia tocar um dedo em mim. Eu os destruí uma vez e posso fazer de novo.
Eleonora estava chegando do mercado com algumas sacolas quando encontrou Iury e Gustavo brigando no chão e Iury estava levando a pior. Quando Iury reagiu, a madrasta de Laly se atirou em cima dele com uma sacola com a qual pretendia sufoca-lo. Iury a expulsou de cima de seu corpo com o cotovelo e Gustavo tentou estrangulá-lo com os próprios punhos.
Prestes a morrer, Iury percebeu que Eleonora deixou cair à tesoura que cortava o cabelo de Edílson e com a sacola crava o objeto várias vezes no coração de Gustavo. Eleonora fingiu-se de morta por infarto para escapar da fúria do médico.
Teria matado por instinto ou por amor?
Por amor realmente se mata ou se morre?
Deveria continuar vivendo assombrado pela culpa?
Som de suspense...
De forma até mesmo inexplicável, desde Laly até Eleonora estão no alto do prédio. A madrasta de Laly está sem saída, pois na rua a marcação é cerrada e dentro do edifício vários policiais à paisana esperam o momento certo de agir.
A tensão toma conta de todos, pois a psicopata com uma mão puxa os cabelos da enteada e a ameaça de atirá-la os 20 andares abaixo, o que deixa todos apreensivos. Chorando, Laly implora.
-Por que não acabamos logo com isso? Você poderia ter resolvido todos os seus problemas sem ter causado todo esse transtorno. Veja só quantas pessoas estão envolvidas nisso por conta dessa sua inveja destruidora. Você fez minha mãe sofrer, oprimiu meu pai, me machucou de todas as formas possíveis e imagináveis, aliou-se a Gustavo para praticar o mal, arruinou a família Gallardo e continua fazendo estragos por onde passa, então por que não me elimina de uma vez porque se for para perder mais pessoas que amo, não sei se quero viver.
Som: Vision of love – Mariah Carey.
Naira está no Mercado esperando sua vez de ser atendida no caixa, mas a fila está muito grande porque houve uma pane nos computadores, o que atrasa todo o procedimento. Ainda assim, demorará a ser atendida.
-Acho que se depender da vontade dessas atendentes, não saio daqui é nunca.
E quando está desistindo das compras, esbarra novamente em Flavio.
-Me... Me desculpe... – Naira não esconde o sorriso
-Imagine. O desastrado fui eu...
-Hoje o mercado ta que ta, hein?
-Pelo jeito vão nos distribuir colchonetes para dormirmos aqui.
-Tem senso de humor... – eles riem
-Eu estou na frente. Não quer meu lugar?
--Que isso... Imagina...
-As damas sempre vêm por primeiro. – Flavio cede seu lugar a Naira que continua sorrindo mesmo depois que Flavio vai embora
Som de suspense...
-Eu não estou aguentando mais isso... – Laly olha para baixo já se conformando com seu fim
-Você manda...
Eleonora finge que vai jogar Laly, mas desiste no último instante e a empurra na calçada. Novamente a madrasta de Lalinha saca a arma para liquidar Fernanda e Abel, o que faz os policiais invadirem o local e mirarem suas armas contra a vilã, que faz menção de atirar, mas se desequilibra e cai, morrendo na hora.
Os departamentos de jornalismo não poderiam estar mais satisfeitos com tantas notícias, mas a mais surpreendente que o falecimento de Eleonora vem mesmo de Guaratuba.
-Assassino de Figueira Antares se entrega a polícia no início da madrugada...
MAIS FORTES EMOÇÕES AGUARDAM POR VOCÊ NO ÚLTIMO E IMPERDÍVEL CAPÍTULO DE CONFISSÕES DE LALY.
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